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Construção da Passarola - Memorial do Convento - NotaPositiva

O teu país

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Sofia Meireles

Escola

Escola Secundária de Paços de Ferreira

Construção da Passarola – Memorial do Convento

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Resumo do trabalho

Trabalho sobre a construção da passarola do livro Memorial do Convento de José Saramago, realizado no âmbito da disciplina de Português (12º ano).


Construção da Passarola

Um sonho a concretizar:

. “…o homem, primeiro tropeça, depois anda, depois corre, um dia voará.” (pág. 64)

. “…faremos como as aves, que tanto estão no céu como na terra…” (pág. 65)

. “…e quando tudo estiver armado e concordante entre si, voarei.” (pág.68)

Simbologia na Obra:

. Elo de ligação entre o céu e a terra;

. Pelo seu movimento ascensional, representa metaforicamente a alma que ascende aos céus;

. Representa a libertação do espírito e a passagem para um outro estado de existência.

Materiais principais:

. Bolas âmbar (que serão atraídas pelo sol); . Éter (atraído pelo âmbar);

. Íman (atraído pelo éter).

O éter seria substituído pelas vontades dos Homens

“Equipa” na construção da Passarola

Padre Bartolomeu Lourenço – O Voador

. Possui um vasto conhecimento cientifico;

. Conta com o apoio do Rei para a construção da Passarola;

. Vai à Holanda procurar saber como obter o éter, que acredita ser o elemento fundamental para a máquina voar.

Baltasar – Sete Sóis

. Conhecimento empírico e manual;

. Apesar de maneta da mão esquerda aceita ajudar o Padre na construção da Passarola;

. Graças ao seu esforço físico, a Passarola foi construída.

Blimunda – Sete Luas

. Conhecimento mítico/ sobrenatural;

. Graças aos seus poderes, vê os defeitos da máquina para que Baltasar os corrija;

. Recolhe as vontades para que a máquina possa voar;

. Fica doente, mas a música de Scarlatti cura-a.

Domenico Scarlatti

. Músico italiano professor da Infanta D. Maria Bárbara;

. Representa a arte aliada ao sonho;

. É ele que cura Blimunda através da sua música e possibilita o voo da passarola.

Construção da Passarola

Etapas de construção:

. “…queres vir tu ajudar-me, perguntou (…) se Deus é maneta e fez o universo, este homem sem mão pode atar a vela e o arame que hão-de voar” (pág. 68/69)*

. Blimunda, em jejum, inspecciona a máquina observando os seus defeitos para que Baltasar pudesse corrigi-los;

. Padre Bartolomeu viaja para a Holanda, afim de descobrir o segredo do éter, e como poder obtê-lo.

Quando regressa, procura por Blimunda e Baltasar em Mafra para lhes revelar o segredo do éter:

.  “…mas o éter antes de subir aos ares para ser o onde as estrelas se suspendem e o ar que Deus respira, vive dentro dos homens e das mulheres (...) o éter compõe-se da vontade dos vivos(…) quando vires que a nuvem vai sair de dentro delas aproximas o frasco aberto, a vontade entrará nele…”*

O Padre parte para Coimbra para se formar e ordena o regresso do casal a Lisboa afim de construírem a máquina;

Sete-Sóis e Sete-Luas encontram a máquina em mau estado e decidem, trabalhando em conjunto, reconstruí-la;

Passou o Inverno e vai passando a Primavera: Padre vai fazendo visitas à quinta, Blimunda recolheu trinta vontades e a máquina está a tomar forma.

Regressa o Padre Bartolomeu, doutor em cânones e morando agora no Terreiro do Paço;

Ao assistir à aula de cravo da Infanta Dona Maria Bárbara, a convite do Rei, Padre Bartolomeu conhece Domenico Scarlatti com quem trava amizade e muita confiança, levando-o à quinta para que visse a máquina.

Domenico depara-se com uma “…ave gigantesca, de asas abertas, cauda em leque, pescoço comprido, a cabeça em tosco…” e aliando o sonho à arte pede autorização para visitar mais vezes a máquina: “trarei para cá um cravo e tocarei para eles e para a passarola, talvez a minha música possa conciliar-se com esse misterioso elemento”, (referindo-se às vontades);

A recolha das Vontades

Padre alerta Blimunda que uma doença vinda de uma nau do Brasil atacou Lisboa e que esta seria a altura ideal para recolher vontades, uma vez que na procissão do Corpo de Deus Blimunda estava “cega” e até agora não tinha mais de cem vontades;

Blimunda aceitou o pedido do Padre e parte em busca das vontades;

Num mês, Blimunda recolheu mil vontades, andando portanto sempre em jejum;

No fim da epidemia, as duas mil vontades já estavam dentro do frasco;

No entanto, Blimunda “…caiu doente. Não tinha dores, febre não sentia, apenas uma extrema magreza, uma palidez profunda que lhe tornava transparente a pele. Jazia na enxerga, de olhos sempre fechados…”

Sabendo do estado de saúde de Blimunda, Scarlatti foi visitá-la, e numa das visitas começou a tocar no cravo;

Com a música, Blimunda soltou um suspiro e algumas lágrimas. Nessa noite, Scarlatti tocou toda a noite e durante a semana seguinte visitava a quinta e tocava por algumas horas;

Blimunda foi ficando melhor, até que recuperou totalmente.

O dia do Voo

Padre Bartolomeu andava ansioso com o dia de experimentar a máquina voadora. Esse dia antecipou-se devido à perseguição do Santo Oficio;

Assim, retiraram-se as telhas da quinta de São Sebastião da Pedreira onde dormiram seis anos Sete-Sóis e Sete-Luas, o sol iluminou as esferas de âmbar e a Passarola pôde finalmente voar.



343 Visualizações 05/01/2020