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Crescimento Económico - NotaPositiva

O teu país

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Adriana Martins

Escola

Escola Júlio Dantas

Crescimento Económico

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Resumo do trabalho

Resumo/Apontamentos escolares sobre Crescimento Económico, realizado no âmbito da disciplina de Economia (12º ano)...


Crescimento Económico → Corresponde a aumentos regulares do produto, do rendimento, do investimento e do trabalho – é uma visão quantitativa na medida em que se baseia apenas em números

Desenvolvimento → verifica-se quando o crescimento económico tem efeitos de arrastamento sobre outros domínios (social, demográfico, cultural…), sendo uma visão qualitativa. Há desenvolvimento quando a riqueza é bem distribuída pela população 8haendo equidade) e posta ao serviço da mesma, garantindo o seu bem-estar, saúde, segurnaça, educação, qualidade de vida e igualdade de oportunidades, promovendo, desta forma, qualidade de vida e riqueza da população.

Para haver desenvolvimento tem de haver alterações em alguns domínios, nomeadamente:

  • Demográfico: aumento da população, aumento da população jovem.
  • Económico: aumento da produção, diversificação dos bens e serviços, aumento do comércio, maior circulação de capitais, mais investimento.
  • Técnico: industrialização de regiões predominantemente rurais.
  • Social: construção de escolas, hospitais e outros serviços públicos.
  • Cultural: dinamização cultural (mais cinemas, bibliotecas…), sociedade informada.
  • Político: desenvolvimento e dinamização do poder local.

Indicadores Simples

1. Económicos:

  • PIB per capita
  • Repartição sectorial da população activa
  • Estrutura do produto
  • Consumo de aço e energia/habitante
  • Indicador do comércio externo

2. Demográficos

  • Taxa de natalidade
  • Taxa de mortalidade
  • Taxa de mortalidade infantil
  • Taxa de mortalidade de menores de 5 anos
  • EMV à nascença
  • Taxa de emigração

3. Socioculturais

  • Taxa de alfabetização
  • Nº alunos/professor
  • Nº anos de escolaridade obrigatória
  • Nº médicos/habitante
  • Nº televisores/habitante
  • Nº automóveis/habitante
  • Vitaminas/habitante
  • Nº utilizadores de internet/habitante

4. Político-sociais

  • Estabilidade das instituições
  • Descentralização
  • Democracia política
  • Cumprimento dos DH
  • Equidade do género

Indicadores compostos → são indicadores que nos dão uma noção mais concreta e completa do desenvolvimento de um país. Surgiram da necessidade de compreender melhor a situação de cada país e abarcam informações não só de natureza económica como também de outras naturezas.

Os indicadores simples, por si só, podem distorcer a realidade, pelo que deveremos recorrer a um conjunto alargado de indicadores para podermos, de facto, ter uma perspectiva mais completa da situação económica e social dos diferentes países.

IDH → é o Índice de Desenvolvimento Humano e, este indicador, dá-nos uma ideia mais precisa da situação económica, social e cultural de um país. O IDH inclui os seguintes indicadores:

  • PIB per capita em d. P.P.C.: estabelece-se um cabaz e vê-se, em cada país, o que se pode comprar com essa quantidade de dinheiro.
  • EMV à nascença
  • Escolaridade combinada:
    • Taxa de alfabetização
    • Escolaridade combinada

Limitações do IDH → o IDH apresenta limitações na medida em que, por se tratar de um valor médio, pode ocultar grandes disparidades existentes no país. As disparidades do IDH por rendimento entre pobres e ricos, nos países de rendimento mais elevado, são menores, em parte porque os diferenciais de rendimento se traduzem de forma menos enfática em diferenças na esperança de vida e nos resultados do ensino básico.

Limitações do PIB per capita → O PIB per capita, por se tratar de um valor médio, oculta as desigualdades existentes na repartição da riqueza pela população e pelas regiões. O aumento do Produto de um país pode não traduzir, de facto, mais desenvolvimento, pois esse aumento pode apenas beneficiar algumas classes sociais mais altas, agravando o desnível entre os rendimento mais elevados e os mais baixos e, ao mesmo tempo, aumentando o PIB per capita de um país.

Também, o PIB per capita não contabiliza a economia paralela que, em Portugal, representa 20%, deste modo, 20% da economia portuguesa não é contabilizada no PIB.

O PIB não tem em conta as externalidades, isto é, os efeitos decorrentes dos feitos económicos que tem consequências negativas ou positivas para uma população. Assim, não revela situações que possam indicar desenvolvimento ou mau desenvolvimento.

IDG → o IDG é como o IDH, mas ajustado ao género, permitindo, dentro dos valores do IDH, saber se há diferenças entre o homem e a mulher. Assim, o IDG corrige o IDH de acordo com desigual posição e participação da mulher na vida política, cultural, social e económica do seu país. Tem os seguintes indicadores:

  • EMV à nascença (H/M)
  • Rendimentos (H/M)
  • Nível de conhecimentos:
    • Taxa de escolarização (H/M)
    • Taxa de alfabetização (H/M)

IPH → Existem dois tipos de IPH na medida em que se ajustam ao tipo de desenvolvimento de um país. Quanto mais desenvolvido for um país, mais diferente a noção de pobreza vai ser, relativamente a um país subdesenvolvido. Assim, se para um país subdesenvolvido, viver até aos 40 anos significa ter uma vida longa e saudável, para um país desenvolvido isso pode significar ter uma vida curta e pouco saudável.

IPH 1:

  • Vida Longa e saudável: probabilidade de não viver até aos 40 anos
  • Nível de conhecimento: taxa de alfabetização dos adultos
  • Nível de vida digno: percentagem sem acesso à água melhorada e percentagem de crianças de baixo peso.

IPH 2:

  • Vida longa e saudável: probabilidade de não viver até aos 60 anos
  • Nível de conhecimentos: taxa de analfabetismo funcional
  • Nível de vida digno: percentagem de população a viver abaixo do limiar da pobreza
  • Exclusão social: taxa de desemprego de longa duração.

IEG:

  • Participação da mulher na vida política: rácio de assentos parlamentares (F/M)
  • Participação da mulher na vida económica: rácio de cargos superiores de gestão (F/M)
  • Diferença entre os rendimentos dos homens e das mulheres.

Curva de Lorenz → Diagrama que representa, por classes percentuais, o rendimento que cabe a cada grupo da população, permitindo avaliar a desigualdade existente entre as diferentes categorias de indivíduos.

Índice de Gini → Varia entre 1 e 0, em que 0 indica a igualdade total.

Indicadores culturais → Conseguimos saber o grau de desenvolvimento de um povo através dos indicadores culturais. Um povo culto, informado, civilizado e educado vai levar a que haja bons políticos (boas decisões politicas), o que vai levar a que haja boas decisões e consequente desenvolvimento económico, pessoal e cultural, fazendo melhorar o nível de vida da sociedade. Utiliza os seguintes indicadores:

  • Emprego cultural em relação ao total de empregos
  • Número de entradas anuais no cinema/habitante
  • Despesas culturais em relação ao total de despesas das famílias.

IRT → O IRT é composto por vários indicadores compostos que, por sua vez, são constituídos por indicadores simples que nos dão uma panorâmica muito completa do nível de tecnologia do país. Assim, permite-nos avaliar o desempenho dos países na criação e difusão tecnológica através desses indicadores simples, como o número de patentes concedidas e os royalties, número de utilizadores de internet e telemóvel, a exportação de bens de média e alta tecnologia, consumo de electricidade por habitante, anos médios de escolaridade…

Factores do crescimento económico

1. Aumento dos mercados → O crescimento económico baseia-se no aumento da produção. Para haver aumento da produção é necessário um aumento do consumo de bens produzidos (aumento do mercado). Antigamente, produzia-se para auto-consumo ou para vender no mercado local, o essencial era consumir localmente e haviam poucas trocas. Ao longo do tempo, com a Revolução Industrial e com a Revolução dos Transportes, os mercados começaram a expandir, com os produtos a circular muito mais facilmente, aumentando o comércio entre países.

Factores que permitiram a revolução industrial:

Aumento do mercado através do comércio externo → com o aumento da capacidade de carga dos transportes, aumentaram as trocas. Deste modo, as empresas começaram a fabricar não só para o mercado interno como também para o mercado externo, aumentando a produção.

Aumento dos transportes → a introdução da máquina a vapor levou ao aumento do uso dos transportes e da produção (exportações).

Inovações aplicadas à indústria → O melhoramento das máquinas fez com que houvesse um desenvolvimento na indústria que, por sua vez, influenciou os mercados.

Aumento da actividade bancária → a actividade bancária, antigamente, não podia ser praticada cobrando juros, devido à imposição por parte da igreja católica, então, quem exercia esta prática eram os judeus. Esta actividade bancária, mais tarde, alastrou-se para os protestantes e, finalmente, para os católicos. Quando começaram a exercer a actividade bancária, começou-se a investir, promovendo o investimento na indústria.

Novos valores, liberdade de iniciativa e juros → apareceram novos valores, novas formas de ver a vida: desenvolveu-se o espírito capitalista. Os grandes industriais surgiram nesta altura, pois a mdo era muito barata, o que permitia muito lucro. Não havia muita concorrência e eram eles que controlavam preços e qualidade, fazendo surgir grandes monopólios e poderosas organizações financeiras. Apareceu, também, a liberdade de iniciativa: nos países capitalistas, qualquer pessoa podia montar qualquer negócio, não havia quase restrições nenhumas.

Crise nos EUA:

Começou a haver um excesso de produção nos EUA, o que gerou uma crise de produção, uma vez que as empresas não conseguiam escoar os produtos, pelo que viam-se obrigadas a baixar os preços, perdendo muito dinheiro e fazendo com que muitas fábricas tivessem de fechar. Isto gerou um grande desemprego, pelo que as possas não podiam comprar, fazendo com que as empresas fechassem.

Na 2ªGGM os EUA produziam para os aliados, enriquecendo. Porém, a UE perdeu dinheiro e já não podia comprar, pelo que os EUA ejectaram o plano Marshall, ajudando a Europa e ganhando com isso ao salvar a indústria.

BOOM da economia do pós-guerra:

O petróleo é muito maleável, leve e de grande poder e, na altura, era muito barato, ao passo que o carvão era muito pesado. Esta substituição permitiu a utilização e fabrico de máquinas mais pequenas, sofisticadas e modernas.

Crescente liberalização das trocas no comércio, originando a especialização e a consequente DIT.

Um organismo mundial passou a controlar o valor da moeda, ao invés de ser o Estado, estabilizando a moeda.

Nos países onde a indústria foi não foi destruída devido à guerra, continuaram a utilizar as velhas máquinas. Nos países onde a indústria foi destruída devido à guerra, tiveram de “partir do zero”, com máquinas mais sofisticadas, produzindo mais, compensado os gastos.

A guerra trouxe muitos armamentos novos (bomba atómica, aviões a jacto…). Assim, houve um grande progresso que veio a desenvolver a indústria do pós-guerra.

Integração económica → é o processo que leva à aproximação económica entre países, em que se vão eliminando as barreiras à livre circulação e se vão estabelecendo relações de cooperação entre os países que constam nesse processo.

NPI → são os países que se industrializaram recentemente, tendo-se industrializado com tecnologia moderna e eficaz, ao passo que os outros países tendem a manter as máquinas velhas. O Japão expandiu a sua indústria para Hong Kong, Taiwan e Coreia do Sul (NPI da 1ª geração). Estes, por sua vez, expandiram para os países à sua volta, como a China, a Índia e a Tailândia (NPI da 2ª geração).

BRIC → países em grande ascensão, devido ao grande crescimento económico e à grande dimensão populacional (estes 4 países concentram 40% da população). Estes aumentam o seu PIB, mais ou menos, 8% por ano, vendo, passados 10 anos, a sua produção aumentada. É constituído pelo Brasil, Índia, China e Rússia.

Globalização → tem-se intensificado através da crescente abertura dos mercados ao exterior (como estratégia do desenvolvimento económico), estabelecendo-se ligações entre empresas e mercados. Estas empresas que contribuem para a globalização (as transnacionais) fomentam a deslocalização de muitas das suas indústrias para outros países onde a mdo é mais barata, criando desemprego no seu país de origem. A globalização é inevitável, porém, devemos é tentar corrigir algumas coisas através nos nossos comportamento, promovendo:

  • Maior regulação dos mercados
  • Respeito pelos direitos da população
  • Apoios institucionais.

Investimento de capital físico e humano

Investimento em capital físico → é feito através da aquisição ou melhoramento de bens de equipamento e matérias-primas. Este investimento vai permitir manter ou melhorar a eficácia e a produtividade, pelo que é preciso ir-se sempre investindo, caso contrário os produtos deixam de ser competitivos e a produção diminui. Deste modo, o investimento promove o crescimento económico e, consequentemente, o desenvolvimento.

Podemos avaliar a importância de um certo investimento através do multiplicador de investimento, que nos permite verificar se vamos ter um aumento dos lucros derivado das vendas/produção.

É também de salientar que os investimentos devem ser feitos pelos privados, uma vez que é o dinheiro deles que é posto em causa no caso de alguma coisa correr mal, pelo que gerem melhor a empresa. Se for o Estado a investir, são os contribuintes que pagam os prejuízos, pelo que não há tanta preocupação com a boa gestão.

Investimento em capital humano → Porém, não interessa apenas haver boas máquinas, é também necessário haver pessoas competentes a trabalhar com elas, pois, por exemplo, um médico incompetente só vai prejudicar as pessoas. Deste modo, é também fundamental um investimento em capital humano: as empresas precisam de pessoas cultas, capazes de se adaptar, competentes e com bom nível de conhecimento, para exercerem bem a sua profissão, se adaptarem a diferentes empregos, aumentarem a produtividade e para poderem aplicar o seu conhecimento na inovação empresarial.

Inovação na gestão → Um bom investimento em capital humano poderá traduzir-se num investimento físico derivado da pesquisa/investigação e consequentes inovações. Deste investimento físico se seguirá um aumento da produtividade e crescimento da produção e consequente crescimento económico. Tudo isto, por sua vez, tem origem na inovação na gestão/capacidade empresarial.

Quando um investimento em capital humano é feito através da educação/formação do mesmo, esse investimento, poderá traduzir-se no aparecimento de novas formas de gestão e em investigação e desenvolvimento (I&D, que, por sua vez, poderá ser teórico ou seguido por uma aplicação prática), promovendo, deste modo, mais uma vez, o crescimento económico.

Velha economia:

  • Mercados estáveis e nacionais
  • A produção baseava-se no capital e no trabalho
  • Adquiriam-se vantagens comparativas através dos baixos custos e das economias de escala.
  • Tirava-se a formação num curso e depois entrava-se numa empresa para passar lá a vida, tendo esta uma organização hierarquizada.

Nova economia:

  • Os mercados são instáveis e globalizados
  • A empresa valoriza mais o conhecimento e a inovação
  • Adquirem-se vantagens comparativas através das inovações, melhor qualidade e baixo preço.
  • As pessoas vão-se formando ao longo da vida, sendo o seu emprego muito precário.
  • As empresas organizam-se em rede.

Países que aplicam o conhecimento: UE, EUA e Canadá, Oceânia e Japão.s



326 Visualizações 19/09/2019