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Texto argumentativo sobre o desemprego em Portugal, realizado no âmbito da disciplina de Português do 11º ano de escolaridade...
Como é do conhecimento público, geralmente divulgado por meios da comunicação social, o desemprego em Portugal está a atingir proporções incontroláveis e inaceitáveis.
Esta situação atinge desde os operários fabris, professores, recém-licenciados, trabalhadores de meia-idade, tanto o sector privado como o publico são afectados, e chegamos, mesmo ao cúmulo, caros leitores, de “despedir” mulheres grávidas no nosso país. E qual a resposta do nosso Governo aos apelos dos nossos trabalhadores? O silêncio, nada mais inconveniente e doloroso silêncio.
São 500 mil, não são mil nem dois mil, são 500 mil desempregados, a quem o nosso Estado continua a ceder subsídios de desemprego, ignorando, ou parecendo ignorar, a necessidade de criar e inovar postos de trabalho.
Antes das eleições legislativas, o nosso actual Primeiro-ministro, Eng. José Sócrates, garantiu aos Portugueses a forte aposta governamental na tecnologia e inovação no nosso quotidiano. Todavia, amigos leitores, em que medida esta promessa serve de reforço a esta situação? Poderão tirar as vossas conclusões, olhando para os 500 mil que se agrupam nas manifestações, contra encerramentos de indústrias têxteis e outras, exigindo indemnizações ou exigindo mesmo os seus salários em atraso.
A minha questão coloca-se a si caro leitor e também às “ grandes “ influências, neste país de influências e favores – Será necessária a intervenção da União Europeia neste problema social e sobretudo nacional?
Martin Luther King disse ‘ I have a dream…’ – será que em cada um dos Portugueses também há? Será que Portugal ainda tem sonhos?
Eu e você temos, e queremos um Portugal melhor e internacionalmente reconhecido, não só pelas suas dificuldades mas pela sua rápida (supostamente) intervenção e resolução destes temas.
Mas não podemos ficar eternamente à espera que o nosso Governo se debruce sobre este perene problema.
Os Portugueses vão continuar a fazer “bolinhas” à volta dos anúncios nos jornais, a marcar entrevistas, e a escutar um “ NÃO!” pelo telemóvel.
Só continuaremos a alimentar ilusões…