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Trabalho escolar sobre a Dessacralização do mundo e a perda de sentido, realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (10º ano).
Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Filosofia e o nosso tema de trabalho é a Dessacralização do Mundo e a perda de sentido. Este trabalho consiste em abordar alguns conceitos que nos respondem a várias questões que foram aparecendo ao longo do trabalho.
Ao longo do trabalho vamos dar a entender o que é o sagrado e alguns autores que falam sobre este tema. Vamos também falar sobre a dessacralização, porque é que o homem recorre menos vezes ao sagrado e também vamos falar sobre algumas religiões de todo o mundo.
O nosso tema de trabalho é a Dessacralização do Mundo e a perda de sentido. O nosso objectivo geral é conseguir explicar o que é o conceito de dessacralização e também conseguir perceber as várias razões para que algumas pessoas, nomeadamente os jovens, tenham deixado de acreditar no “Deus” da sua religião .
Temos como objectivo específico em saber o que é o sagrado, colocamos várias questões como por exemplo: “o que é o sagrado? “, e nomeadamente surgiram logo outras como: “ o que é o sentido da vida?”, “ se as pessoas deixaram de acreditar em Deus, vão passar a acreditar em quê?”. Foram surgindo inumeras perguntas, ás quais tentamos arranjar as devidas respostas.
O trabalho sobre a Dessacralização do mundo e a perda dos sentidos aborda várias questões da religião, mais especificamente, “sobre o que é o sagrado?”, “o que é o sentido da vida?”, “porque é que o homem deixa de acreditar no sagrado, e passa a acreditar em quê ?”, “porque é que o homem sente a necessidade da existência de vida?”, “ porque é que o sagrado já não é suficiente?”.
O nosso grupo ao debater sobre este assunto chegou a variadíssimas conclusões.
Cada vez mais há uma diminuição significativa por parte da população mais jovem quanto a igreja, pois cada vez há mais desenvolvimento na parte científica e a população já não precisa tanto de se voltar para a igreja porque não tem tantos receios nem tantos medos pois a ciência já descodificou vários deles. E achamos que a igreja ficou um bocado de “lado” pois já não é prioridade para muita gente fazer parte da vida cristã.
Sobre o sentido da vida, muitos de nos como é normal questionamo-nos sobre várias coisas, por exemplo “porque é que nascemos?” essas questões devem-se ao simples facto de que o Homem, em geral, ser um ser frágil, débil que apenas nota a sua fraqueza quando atravessa momentos de dor. Mas o ser humano é o único animal dotado de inteligência pelo que consegue passar por estes momentos de reflexão. O condicionante que leva o Homem a questionar o sentido da existência é o de não criar objectivos e ao concretizá-los, o faça sentir-se bem consigo próprio. A procura pelo sentido da vida tem de partir da vontade própria do Homem, as coisas têm de fazer sentido ao próprio indivíduo e não aos outros. Esta procura pelo sentido da vida faz com que cada um seja uma pessoa diferente.
Para Roger Caillois, o sagrado surge como uma categoria da sensibilidade sobre a qual repousa a atitude religiosa, a que lhe dá o seu carácter específico, a que impõe ao fiel um sentimento de respeito particular, que previne a sua fé contra o espírito de exame, a subtrai à discussão, a coloca fora e para além da razão. Para Caillois, a atitude do crente face à sua fé exige o mesmo tipo de abnegação e o mesmo compromisso incondicional que encontramos num patriota de renegar a sua pátria ou mesmo o revolucionário que é incapaz de trair a sua revolução.
Como é que o homem se relaciona com o sagrado?
Consideremos a resposta de Mircea Eliade:
“ O homem toma conhecimento do sagrado porque este se manifesta, se mostra, como qualquer coisa de absolutamente diferente do profano. A fim de indicarmos o acto da manifestação do sagrado propusemos o termo hierofonia. Este termo é cómodo, porque não implica qualquer precisão suplementar: exprime apenas o que está implicado no seu conteúdo etimológico, a saber, que algo de sagrado nos é mostrado.
Poderia dizer-se que a história das religiões – é constituída por um número considerável de hierofonias, pelas manifestações das realidades sagradas. A partir da mais elementar hierofonia – por exemplo, a manifestação do sagrado num objecto qualquer, uma pedra ou uma árvore – até à hierofonia suprema que é, para o cristão, a encarnação de Deus em Jesus Cristo, não existe uma solução de continuidade.
Encontramo-nos diante do mesmo acto misterioso: a manifestação de algo ‘de ordem diferente’ – de uma realidade que não pertence ao nosso mundo – em objectos que fazem parte integrante do nosso mundo ‘natural’,’profano’”.
Em síntese, diríamos que o reconhecimento do sagrado e do mistério é o núcleo comum fundamental de todas as experiências religiosas. Todas elas admitem algo de transcendente, isto é, algo que supera o ser mundano, algo de santo, que provoca respeito e consideração, algo de tremendo e fascinante.
O homem de hoje sente-se mais culto, menos impotente, mais protegido. E é preciso reconhecer que esta tendência em contar com o sagrado para suprir as deficiências racionais, técnicas ou sociais, embora tenha sido um dos componentes mais fortes da religião, foi igualmente uma das razões porque alguns autores a acusaram de entorpecimento do desenvolvimento cultural e social dos humanos.
Vários autores, ao longo da História da Filosofia, foram bastantes críticos da experiência religiosa e puseram em causa o seu valor. Este tema levar-nos-ia a grandes desenvolvimentos. Aqui deixaremos apenas uma breve nota relativa a alguns autores.
- Cristianismo
- Islamismo
- Budaismo
- Hinduismo
- Hebraismo
O cristianismo é uma religião monoteísta que está centrada principalmente na vida e nos acontecimentos de Jesus Cristo, ou seja, os crentes acreditam numa só divindade. A fé cristã acredita essencialmente que Jesus é Filho de Deus e que veio à Terra para libertar os seres humanos do pecado.
O Cristianismo diferencia-se das restantes religiões por anunciar a salvação pela mediação redentora de Cristo. Para a maioria dos cristãos, Jesus, é um ser humano, completamente divino. O cristianismo também é baseado em valores morais de Jesus, entre os quais o amor a Deus e ao próximo. Os cristãos acreditam que Jesus é a salvação e julgam que precisam de cumprir certas obras para obter a salvação e a vida eterna.
A “visão” que os cristãos têm sobre a vida depois da morte é, de uma maneira geral, a crença no céu e no inferno. Os cristãos acreditam que depois da morte, as pessoas vão para o céu ou inferno conforme os pecados que cometem em vida.
A religião islamita é monoteísta e surgiu na Península Arábica no século VII baseada nos ensinamentos religiosos do profeta Maomé e numa escritura sagrada, o Alcorão. Os muçulmanos acham que o Islão surgiu desde a criação do homem, ou seja, desde Adão, sendo este o primeiro profeta de vários. A mensagem do islamismo caracteriza-se pela sua simplicidade: para atingir a salvação, basta acreditar num único Deus, rezar cinco vezes por dia voltado para Meca, submeter-se ao jejum anual no mês do Ramadão, pagar dádivas rituais e efectuar, se possível, uma peregrinação à cidade de Meca. O islamismo é visto pelos seus aderentes como um modo de vida que inclui instruções que se relacionam com todos os aspectos da actividade humana, sejam eles políticos, sociais, financeiros, legais, militares ou interpessoais.
O budismo formou-se no Nordeste da Índia num período em que existiam várias alterações económicas, sociais e políticas nesta região do mundo. Esta religião baseia-se nos valores morais de Siddhartha Gautama ou Buda histórico. Hoje o budismo encontra-se em quase todos os países do mundo e conta com cerca de 376 milhões de seguidores. Para seguir a religião budista há que respeitar certos ensinamentos básicos como evitar fazer o mal, fazer sempre o bem e cultivar a própria mente. A moral budista é baseada nos princípios de preservação da vida e moderação, ou seja, o treino mental foca a moralidade, a concentração meditativa e a sabedoria.
O hinduísmo é uma tradição religiosa que se originou no continente asiático, mais nomeadamente na Índia.
Os hindus acreditam num espírito supremo cósmico, que é adorado de muitas formas, representado por divindades individuais. O hinduísmo é centrado sobre uma variedade de práticas que são vistos como meios de ajudar o indivíduo a experimentar a divindade que está em todas as partes, e realizar a verdadeira natureza de seu Ser.
A teologia hinduísta se fundamenta no culto aos avatares (manifestações corporais) da divindade suprema, Brahma. Particular destaque é dado à Trimurti - uma trindade constituída por Brahma, Shiva e Vishnu. Tradicionalmente o culto directo aos membros da Trimurti é relativamente raro - em vez disso, costumam-se cultuar avatares mais específicos e mais próximos da realidade cultural e psicológica dos praticantes, como por exemplo Krishna, avatar de Vishnu.
Os hindus prestam culto a cerca de 330 mil divindades diferentes.
Os hebreus são um povo nómada de origem semita, como os árabes. Por volta do séc. XVIII a.C., deslocaram-se da Mesopotâmia (Médio Oriente) para o Egipto, onde viveram sujeitos ao rígido sistema de economia centralizada do Reino Egípcio. Entre 1250 e 1200 a.C., conseguiram escapar ao domínio egípcio, emigrando para a Palestina, terra que, segundo a tradição, Deus teria concedido como domínio aos hebreus.
Os hebreus consideram-se, na verdade, o povo eleito de Deus, e a Palestina o sinal verdadeiro da sua aliança com Deus. Essa é mesmo a característica do Hebraísmo: basear-se não num profeta ou num salvador, mas num povo e na terra que Deus lhe prometeu.
A religião hebraica está marcada por um claro monoteísmo e em constante contraste e polémica contra as crenças de outras populações circundantes de Canaã, que envolvem o culto de vários deuses.
Falar de dessacralização é o mesmo que falar de secularização , este tema designava-se inicialmente no contexto cultural europeu , a transferência para a posse e a administração do estado de certos bens ou instituições de educação ou beneficiência até então pertencentes a igreja. Esta expressão
A dessacralização não é um fenómeno exclusivo da cultura ocidental onde o Cristianismo e o Catolicismo são as religiões dominantes. Todas as grandes religiões do mundo se vêem hoje confrontadas com o desafio da nova mentalidade secular.
No passado, predominou uma imagem falsa e deturpada de Deus, que não respeitava suficientemente a sua transcendência. Por outras palavras: a experiência religiosa dos humanos colocava Deus ao mesmo nível que causas secundárias. Deus era responsável pelas doenças como um vulgar micróbio; curava as doenças como o médico mais reputado; garantia as boas colheitas tal como as melhores e mais seleccionadas sementes… Em tal mentalidade, que ainda hoje encontramos em camadas cuja fé parece menos adulta, a mistura do campo científico e do campo religioso é por de mais evidente.
A ciência e a técnica com os seus progressos tiraram ou tiram sentido à religião?
Numa obra de Paul Davies, recentemente publicada lemos a certa altura:
“ Durante a maior parte da história da humanidade, homens e mulheres voltaram-se para a religião para encontrar orientação e também respostas para as questões fundamentais da existência. Como apareceu o universo e como irá acabar? Qual é a origem da vida e da humanidade? Só nos séculos mais recentes começou a ciência a dar o seu contributo para a resolução destas questões.
As questões daí resultantes estão bem documentadas. Desde a origem com Galileu, Copérnico e Newton, passando por Darwin e Einstein, até à idade dos computadores e alta tecnologia, a ciência moderna tem lançado uma luz fria e ameaçadora sobre muitas crenças religiosas profundamente enraizadas. Por isso tem aumentado o sentimento de que a ciência e a religião são intrinsecamente incompatíveis e antagonistas. É uma crença encorajada pela história. As tentativas iniciais feitas pela Igreja para deter a avalanche dos avanços científicos deixaram uma forte suspeita contra a religião, na comunidade científica. Por seu lado, os cientistas demoliram uma grande parte das crenças religiosas muito acarinhadas, e vieram a ser considerados por muitos como demolidores da fé.”
Serão a ciência e a religião incompatíveis? Serão os cientistas os demolidores das crenças da fé?
Porque as ciências e tecnologias alteram as nossas vidas, fornecendo ajuda preciosa em tantos e variados sectores, não poderemos nós dispensar os serviços da religião que cada vez parece ter menos para nos oferecer em termos de resposta aos problemas sociais e individuais?
Paul Davies reconhece ainda esta invasão que a ciência fez da nossa vida, reconhece os seus méritos; no entanto, considera que a religião continua indispensável e fundamental, uma vez que ela procura um sentido profundo para a vida.
- http://www.dicionarioinformal.com.br/buscar.php?palavra=dessacraliza%E7%E3o
-http://www.slideshare.net/blogduestudante/dessacralizao-do-mundo-office-2003-presentation
- http://criarmundos.do.sapo.pt/Mitologia/pesquisareligiomito001.html
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismo
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Isl%C3%A3
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Budismo
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Hindu%C3%ADsmo
- “Do vivido ao pensado”, de J. Neves, págs. 210 – 217.
Este trabalho foi muito útil para adquirir conhecimentos e consolidar os nossos conhecimentos sobre a religião (dessacralização do mundo e perda de sentido) e deu-nos um conhecimento mais pormenorizado acerca deste tema.
Foi possível constatar que a igreja está cada vez mais esquecida pela população e que os jovens já não se interessam pela religião como as pessoas de antigamente. Apesar disso, ainda existe um grande número de pessoas a recorrer a uma força superior e exterior a si, "Deus". Mas agora com o avanço da ciência reparamos que ela nos responde às mais variadíssimas questões impostas pela sociedade.