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Trabalho escolar sobre a Energia Eólica (o que é, como funciona, energia eólica em Portugal), realizado no âmbito da disciplina de Geografia (10º ano).
A energia eólica é a energia que resulta do vento. O Vento é uma forma de energia solar. Tem origem no desigual aquecimento da atmosfera pelo sol, associado às irregularidades da superfície terrestre e ao movimento de rotação da Terra. O regime dos ventos é influenciado pela forma do solo, pelos planos de água e pelo coberto vegetal.
A energia eólica tem sido aproveitada desde a antiguidade para mover os barcos impulsionados por velas ou para fazer funcionar a engrenagem de moinhos. Nos moinhos de vento a energia eólica era transformada em energia mecânica, utilizada na moagem de grãos ou para bombear água. Hoje é usada para gerar electricidade
As turbinas eólicas têm pás que são postas em movimento pela acção da passagem do vento sobre elas. Esse movimento alimenta um gerador eléctrico que produz a electricidade. As turbinas eólicas de hoje são de dois tipos: de eixo horizontal, como os antigos moinhos e de eixo vertical. Estas últimas têm uma forma parecida com um batedor de claras de ovo e são conhecidas por "Darrieus", o cientista francês que as inventou.
A electricidade por eles produzida é incorporada na rede eléctrica e distribuída aos consumidores da mesma forma que a produzida nas centrais térmicas convencionais.
A energia produzida por qualquer aerogerador aumenta substancialmente com a velocidade do vento. Por isso os aerogeradores são instalados nas zonas em zonas ventosas. Como a velocidade do vento é afectada pelo relevo do solo, e aumenta com a altura acima do solo, as turbinas são montadas em torres muito altas.
Todos os aerogeradores, independentemente da sua dimensão, são constituídos pelos seguintes componentes: o rotor (a parte que roda por acção do vento e onde se fixam as pás), o gerador eléctrico, um sistema de controlo da velocidade e a torre. Os aerogeradores possuem também um sistema de segurança que em caso de avaria de algum componente impede o movimento das pás.
esquema com as principais partes de uma turbina eólica
Em Portugal, devido à sua situação geográfica e geomorfologia, apenas nas montanhas a velocidade e a regularidade do vento é susceptível de aproveitamento energético.
A maior parte dos locais com essas características situam-se a norte do rio Tejo, e a sul junto à Costa Vicentina e Ponta de Sagres, sendo raros na extensa planície alentejana.
A maior parte dos parques eólicos instalados em Portugal encontra-se na metade norte do País.
Os locais mais ventosos costumam encontrar-se nas zonas costeiras e no cume dos montes. Sendo a costa portuguesa densamente povoada, os parques eólicos em Portugal têm vindo a ser construídos em zonas mais interiores, mas montanhosas, para maximizar o recurso eólico.
Outros parques, menos numerosos, foram instalados em zonas costeiras pouco povoadas, como é o caso da costa alentejana.
Ao contrário, o interior da grande planície alentejana representa uma zona com potencial eólico muito reduzido.
A primeira central eólica portuguesa surgiu em 1986 em Porto Santo, na Madeira.
Em 1988 foi construído o parque eólico de Santa Maria nos Açores.
Parque eólico de Sines – o primeiro a ser construído em Portugal continental, 1992
Parque eólico de Fonte da Mesa em Viseu, construído em 1996
No mapa que se segue podem ver-se os parques eólicos existentes em Portugal até 2008
Portugal é um país pobre quanto à disponibilidade das fontes de energia mais vulgares, as chamadas fontes não-renováveis uma vez que não dispõe de poços de petróleo, minas de carvão ou depósitos de gás.
No entanto, no que respeita as fontes de energia renováveis o país tem um enorme potencial que pode e deve ser explorado, quer para reduzir a dependência energética externa quer para preservar o ambiente no sentido de não aumentar demasiado, ou até de reduzir, o consumo de energias que acarretam emissões de gases com efeito de estufa - previsto no protocolo de Quioto – de forma a combater as alterações climáticas.
A implementação de um enquadramento legislativo específico e firme para fontes de energia renováveis a partir de 2002 tem permitido um crescimento muito rápido da energia eólica, para atingir cerca de 3000MW instalados no início de 2009, ou seja o necessário para produzir 10% da electricidade consumida em Portugal.
No quadro que se segue pode ver-se o crescimento da energia eólica desde 2009 e a previsão para os próximos anos:
Segundo uma notícia publicada a 3 de Fevereiro deste ano no JN,« Portugal ocupa o sexto lugar na Europa e o nono a nível mundial de potência instalada de energia eólica, com 3.535 megawatts (MW), segundo a Associação Europeia da Energia Eólica.
A Alemanha e a Espanha lideram a potência instalada europeia, com 25.104 e 19.149 MW, sendo o total da União Europeia de 74,767 MW, ainda segundo as estatísticas da Associação Europeia da Energia Eólica (EWEA, na sigla inglesa), relativas a 2009.
A nível mundial, os 3.535 MW de potência cumulativa portuguesa representam 2,2 por cento do total, numa tabela liderada pelos Estados Unidos (35.159 MW, 22,3%), seguidos pela China (25.777 MW, 16,3%).
(…)
Em relação à evolução de 2008 para 2009, Portugal aumentou em 673 MW (1,8%) a sua potência, estando no último lugar na tabela dos 10 que mais investiram na produção de energia eólica.
Segundo o Portal das Energias Renováveis, a energia eólica representa 13 por cento do total do consumo energético português e as previsões apontam para que a potência instalada cresça 65 por cento nos próximos quatro anos.»
As energias renováveis são uma grande aposta de Portugal para o futuro
De acordo com uma notícia publicada no site www.agenciafinanceira.iol.pt o secretário de estado da Energia Carlos Zorrinho, no final de 2020 as energias renováveis poderão mesmo representar 1,7% do PIB (produto interno Bruto) e o investimento neste sector poderá significar a criação de 121 mil postos de trabalho, em dez anos.
As atenções do governo estão viradas especialmente para a energia eólica, já que prevê aumentar a potência deste tipo de energia em 400 megawatts, através de um investimento de 400 milhões de euros.
Vantagens
Desvantagens
Podemos concluir então que a energia eólica é uma grande aposta para o futuro ainda que neste momento seja necessário um grande investimento para o seu desenvolvimento.
Apesar das desvantagens, os benefícios que representa são muito grandes: diminui a poluição e a dependência energética dos combustíveis fósseis (petróleo, gás e o carvão).
Portugal apresenta todas as condições favoráveis à implementação e desenvolvimento deste tipo de energia e esta pode ser uma rentável actividade económica pois Portugal pode, para além de satisfazer as necessidades internas, exporta-la à semelhança do que faz a Dinamarca.
Este trabalho permitiu-nos adquirir um conhecimento maior acerca deste tipo de energia e da sua situação relativamente ao nosso país e dos benefícios que a sua exploração pode representar para a nossa economia e para o ambiente.