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Ética e Desporto - NotaPositiva

O teu país

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Tomás Brandão

Escola

[Escola não identificada]

Ética e Desporto

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Resumo do trabalho

Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Educação Física (11º ano) e dedicado à temática da Ética no Desporto...


CONCEITO DE DESPORTO

Desporto é uma actividade física sujeita a determinados regulamentos e que geralmente visa a competição entre praticantes.

VALOR SOCIAL DO DESPORTO

Também podemos definir desporto como um fenómeno sociocultural, que envolve a prática voluntária de actividade predominantemente física competitiva com finalidade recreativa ou profissional, ou predominantemente física não competitiva com finalidade de lazer, contribuindo para a formação, desenvolvimento ou aprimoramento físico, intelectual e psicológico dos seus praticantes e espectadores.

“ÉTICA”

Do grego “ethiké” ou do latim “ethica” (ciência relativa aos costumes), ética é o domínio da filosofia que tem por objectivo o juízo de apreciação que distingue o bem e o mal, o comportamento correcto e o incorrecto. Os princípios éticos constituem-se enquanto directrizes, pelas quais o homem rege o seu comportamento, tendo em vista uma filosofia moral dignificante. Os códigos de ética são dificilmente separáveis da deontologia profissional, pelo que não é pouco frequente os termos ética e deontologia serem utilizados indiferentemente.

“FAIR PLAY”

O Fair Play significa muito mais do que o simples respeitar das regras; engloba as noções de amizade, de respeito pelo outro, e do espírito desportivo, representa um modo de pensar, e não simplesmente um comportamento. O conceito abrange a problemática da luta contra a batota, a arte de usar a astúcia dentro do respeito das regras, o doping, a violência (tanto física como verbal), a desigualdade de oportunidades, a comercialização excessiva e a corrupção.

O fair play é um conceito positivo. O Código considera o desporto como uma actividade sociocultural que enriquece a sociedade e a amizade entre as nações, desde que seja praticado lealmente. O desporto é também considerado como uma actividade que, se for exercida de maneira leal, permite ao indivíduo conhecer-se melhor, exprimir-se e realizar-se; desenvolver-se plenamente, adquirir uma arte e demonstrar as suas capacidades; o desporto permite uma interacção social, é fonte de prazer e proporciona bem-estar e saúde. O desporto, com o seu vasto leque de clubes e de voluntários, oferece a ocasião de envolver-se e de tomar responsabilidades na sociedade. Além disso, o envolvimento responsável em certas actividades pode contribuir para o desenvolvimento da sensibilidade para com o meio ambiente.

 “ESPIRITO DESPORTIVO”

Espírito desportivo é, em primeiro lugar e acima de tudo, observar estritamente todas as regras. É procurar nunca cometer deliberadamente uma falta.

Ter espírito desportivo é respeitar o árbitro. A presença a do árbitro ou do júri revela-se essencial de todas as competições. O árbitro tem um papel difícil a desempenhar. Ele merece inteiramente o respeito de todos, aceitar todas as decisões do árbitro sem pôr em causa a sua integridade, reconhecer com dignidade a superioridade do adversário na derrota, aceitar a vitória com modéstia e sem ridicularizar o seu adversário, saber reconhecer a boa actuação e os bons desempenhos do seu adversário, querer competir na igualdade com um oponente. É contar apenas com o seu talento e habilidade para tentar obter a vitória, recusar ganhar através de meios ilegais e violentos, desportivo é manter a dignidade em todas as circunstâncias. É demonstrar que temos domínio sobre nós mesmos. É recusar que a violência física ou verbal tome conta de nós.

Doping

Doping bioquímico ou simplesmente doping é a utilização de substâncias proibidas no desporto, por promoverem o aumento ilícito do rendimento do atleta, humano ou animal. Essas perigosas substâncias fazem com que os atletas tenham um melhor rendimento físico no desporto, provendo-lhes vantagens competitivas desleais, pois desiguais, em relação aos demais que delas não se utilizam.

As substâncias pertencentes as seguintes classes farmacológicas:

  • Estimulantes: pseudoefedrina, efedrina, anfetamina, etc.
  • Narcóticos: morfina, codeína, propoxifeno, etc.
  • Agentes anabólicos: testosterona, nandrolone, estanozolol, etc.
  • Diuréticos: hidroclorotiazínicos, furosemide, etc.
  • Betabloqueadores: propranolol, atenolol, etc.
  • Hormônios peptídeos e análogos: Hormônio do crescimento, eritropoetina, corticotropina.

Combate ao doping: Os vencedores das provas individuais e alguns atletas de equipas colectivas, escolhidos a sorte, são obrigados a conceder uma amostra de urina para se proceder ao exame da mesma (exame antidoping). A lei também permite a convocação de outros atletas sob suspeita.

O material colhido é separado em dois frascos (prova e contraprova), numerado e encaminhado para o laboratório de análises.

No laboratório, dois aparelhos - cromatógrafo e espectrômetro - O resultado é enviado ao presidente do Comité Anti-doping do Comité Olímpico Internacional (COI).

O presidente do Comité Anti-Doping é o único que tem a lista que relaciona os números de cada amostra aos nomes dos atletas. No caso de algum resultado positivo, ele encaminha ao laboratório o pedido para que a contraprova seja analisada.

Todo o processo se repete. Se a contraprova confirmar o resultado positivo, o nome do atleta será divulgado pelo próprio réu de julgamento, que também providencia as punições imediatas.

Um caso famoso de Doping foi a do jogador de futebol argentino Maradona, que no meio da copa do mundo de futebol de 1994 (sediada nos EUA) foi retirado por Doping. Ele jogava sobre o efeito de uma substância chamada efedrina que melhora os reflexos e diminui a fadiga.

Tipos de Doping:

Beta bloqueadores:

Os beta bloqueadores são remédios que baixam a pressão sanguínea. Actuam no sistema cardiovascular, diminuindo o número de batimentos do coração. Ajudam em categorias que exigem precisão, como o arco e flecha e o tiro.

Diuréticos

Os diuréticos são usados pouco antes das provas para desidratar o organismo e diminuir o peso dos atletas. Atletas de boxe, luta, judo e halterofilismo podem usar a substância para actuarem em categorias de peso inferior ao seu.

Estimulantes

Os estimulantes agem directamente no sistema nervoso, estimulando a atleta. A cafeína é o exemplo mais comum. Os velocistas de atletismo conseguiram melhorar seus tempos com esse tipo de substância. Porém, a FIFA passou permitir a cafeína, retirando-a das substâncias ilegais em 2007.

Injecção de sangue

Alguns atletas injectam até um litro de sangue pouco antes da competição. A transfusão aumenta a quantidade de glóbulos vermelhos, melhorando a capacidade de circulação de oxigénio entre as células até 5%.

Narcóticos

Os narcóticos são usados para combater dores moderadas e agudas. A maior parte tem efeitos colaterais, incluindo transtornos respiratórios em proporção à dose e risco de dependência química.

Esferóides anabolizantes

Geralmente são usados por via oral ou através de injecção. Alguns usuários fazem abuso de preparações farmacêuticas disponíveis para uso veterinário.

Uso dos esferóides anabolizantes

Por indicação médica são usados no tratamento de doenças como por exemplo da anemia, hipogonadismo e angioedema hereditário, por exemplo.

O uso ilícito por atletas, frequentadores de academias ou pessoas de baixa estatura é feito na crença de que essas drogas:

  • Aumentam a massa muscular;
  • Aumentam a agressividade;
  • Diminuem o tempo de recuperação entre os exercícios intensos;
  • Melhoram a aparência.

No entanto, o uso abusivo leva a efeitos colaterais graves. É claro que muitos atletas usam essas substâncias sem estarem cientes dos efeitos colaterais, mas a grande maioria tem consciência dos mesmos e as utilizam mesmo assim, em ciclos com dosagem bastante regulada.

Curiosidades:

  • Para usar a cafeína como estimulantes, o atleta teria que tomar num curto espaço de tempo 36 copos de café.
  • Nas olimpíadas de Barcelona em 1992, foram feitos 1850 testes de urina.
  • A nadadora da ex-Alemanha Oriental Kristiane Knacke, medalha de bronze nos 100 metros mariposa, levou oito anos para perder quinze quilos de musculatura gerada por anabolizantes. Sua filha, nascida dois anos depois que ela deixou as piscinas, apresenta graves problemas hormonais.
  • O halterofilista russo Kaarlo Kangasniemi, medalha de ouro, na Olimpíada de 1968, sofreu um grave acidente. Ao erguer uma barra de 160 quilos, um dos músculos de suas costas, inchado pelo uso de anabolizantes, rompeu pelo uso dos alteres. A barra caiu sobre sua nuca, quebrou uma das vértebras e ele ficou paralisado pelo resto da vida.

O Papel dos Atletas, Treinadores, Dirigentes, Árbitros na preservação da Ética e do Fair Play

Todos os intervenientes nas competições desportivas (desde os jogadores até aos árbitros) devem não só demonstrar Fair Play como incentivar outros a faze-lo, pois estes são muitas vezes representantes dos seus países e além do mais são também para muitos jovens ídolos.



341 Visualizações 23/09/2019