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Eutanásia - NotaPositiva

O teu país

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Laura Ribeiro

Escola

Escola E.B. 2,3 /S de Vilar Formoso

Eutanásia

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Resumo do trabalho

Trabalho escolar sobre a Eutanásia, realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (10º ano).


Eutanásia

A Eutanásia pode ser entendida por “Suicídio Assistido” ou “Morte Voluntária”, pois é a morte de uma pessoa, tendo esta tomado tal decisão conscientemente para acabar com a dor/sofrimento por que passa ou por se encontrar sem qualidade de vida ou em fase terminal.

Trata-se de uma escolha consciente e informada que reflecte o fim de uma vida em que quem morre não perde o poder de ser digno até ao fim.

Este tema já vem a ser debatido desde há muitos séculos atrás, contudo continua a ser controverso e chocante, uma vez que interfere com determinados princípios tais como éticos, religiosos, jurídicos, etc...

A palavra "EUTANÁSIA" é composta de duas palavras gregas - "eu" e "thanatos" - e significa, literalmente, "uma boa morte". Na actualidade, entende-se geralmente que "eutanásia" significa provocar uma boa morte - "morte misericordiosa", em que uma pessoa acaba com a vida de outra para benefício desta. Este entendimento da palavra realça duas importantes características dos actos de eutanásia. Primeiro, que a eutanásia implica tirar deliberadamente a vida a uma pessoa; e, em segundo lugar, que a vida é tirada para benefício da pessoa a quem essa vida pertence ― normalmente porque sofre de uma doença terminal ou incurável. Isto distingue a eutanásia da maior parte das outras formas de retirar a vida.

Entre muitos filósofos, um exemplo é um grande filósofo alemão do século XVIII, Emmanuel Kant que dizia: "o homem não pode ter poder para dispor da sua vida". No entanto, na actualidade a eutanásia goza de um grande apoio popular e do apoio de muitos filósofos contemporâneos.

Aqueles que defenderam a admissibilidade moral da eutanásia apresentaram como principais razões a seu favor a misericórdia para com pacientes que sofrem de doenças para as quais não há esperança e que provocam grande sofrimento.

A decisão de morrer deve ser a decisão voluntária e reflectida de um paciente informado; tem de existir sofrimento físico ou mental considerado insuportável por aquele que sofre, não havendo outra solução razoável para melhorar a situação.

Como tal eu concordo e apoio a prática da Eutanásia, claro que com alguma cautela e só em situações verdadeiramente complicadas em que o paciente está totalmente consciente do acto que irá praticar, que está decidido a acabar com o seu sofrimento de uma maneira letal, pois não tem perspectivas de vida…

Distanásia:

A distanásia (do grego “dis”, mal, algo mal feito, e “thánatos”, morte) é etimologicamente o contrário da eutanásia. Consiste em atrasar o mais possível o momento da morte usando todos os meios, proporcionados ou não, ainda que não haja esperança alguma de cura, e ainda que isso signifique infligir ao moribundo sofrimentos adicionais e que, obviamente, não conseguirão afastar a inevitável morte, mas apenas atrasá-la umas horas ou uns dias em condições deploráveis para o doente. Tecnologias médicas poderosas permitem aos médicos manter a vida de muitos pacientes que, apenas há uma década ou duas atrás, teriam morrido porque os meios para impedir a morte não existiam.

Em Portugal

. 62,6% - tem posições favoráveis à prática da eutanásia em Portugal

. 54,1 % - diz que a "eutanásia é um acto aceitável dentro de certos limites"

. 8,5% - aceita a eutanásia sem limite

. 35,3% - opina que a "eutanásia é um acto condenável em qualquer situação"

Portanto, a maioria das pessoas inquiridas concorda com a prática da eutanásia embora a maior parte tenha referido que deve haver restrições à aplicação e uma análise profunda das consequências aplicadas a cada caso.

Outros argumentos a favor e contra a Eutanásia

Argumentos a favor:

  • A Eutanásia é um modo de fugir ao sofrimento aquando da falta de qualidade de vida e em fase terminal.
  • Morrer de uma forma pouco dolorosa é significado de morte digna.
  • Cada pessoa tem autonomia para decidir por si próprio, estando na base da escolha pela prática ou não da eutanásia.
  • A eutanásia não apoia nem defende a morte em si, apenas faz uma reflexão de uma morte mais suave e menos dolorosa que algumas pessoas optam por ter, em vez de viver uma morte lenta e sofrida.
  • O indivíduo ao escolher a prática da eutanásia tem de ter consciência do que está a fazer, havendo consequentemente a impossibilidade do arrependimento. É preciso analisar os diversos elementos sociais que o rodeiam, incluindo também componentes biológicas, familiares e económicas.

Argumentos contra:

  • A Eutanásia é tida como uma usurpação do direito à vida humana, vida essa que foi criada por Deus e é esse Deus o único que pode tirar a vida a alguém. “A Igreja, apesar de estar consciente dos motivos que levam a um doente a pedir para morrer, defende acima de tudo o carácter sagrado da vida.”
  • Os médicos consideram a vida algo sagrado, portanto da perspectiva da ética médica, é considerada homicídio.
  • Cabe ao médico, assistir o paciente, fornecendo-lhe todo e qualquer meio necessário à sua subsistência.
  • Pode-se verificar a existência de muitos casos em que os indivíduos estão desenganados pela Medicina tradicional e depois, procurando outras alternativas conseguem-se curar.
  • “Nunca é lícito matar o outro: ainda que ele o quisesse, mesmo se ele o pedisse (…) nem é lícito sequer quando o doente já não estivesse em condições de sobreviver” (Santo Agostinho in Epístola).

Mar Adentro - Uma grande história…

Ramón Sampedro era um espanhol, tetraplégico desde os 26 anos, que solicitou à justiça espanhola o direito de morrer, por não mais suportar viver. Ramón Sampedro permaneceu tetraplégico por 29 anos. A sua luta judicial demorou cinco anos. O direito à eutanásia activa voluntária não lhe foi concedido, pois a lei espanhola caracterizaria este tipo de acção como homicídio. Com o auxílio de amigos planejou a sua morte de maneira a não incriminar sua família ou seus amigos. Em Novembro de 1997, mudou-se de sua cidade, Porto do Son/Galícia-Espanha, para La Coruña, 30 km distante. Tinha a assistência diária de seus amigos, pois não era capaz de realizar qualquer actividade devido a tetraplegia. No dia 15 de Janeiro de 1998 foi encontrado morto, de manhã, por uma das amigas que o auxiliava. A autópsia indicou que a sua morte foi causada por ingestão de cianeto. Ele gravou em vídeo os seus últimos minutos de vida. Nesta fita fica evidente que os amigos colaboraram colocando o copo com um canudo ao alcance da sua boca, porém fica igualmente documentado que foi ele quem fez a acção de colocar o canudo na boca e sugar o conteúdo do copo. A repercussão do caso foi mundial, tendo tido destaque na imprensa como morte assistida.

A amiga de Ramón Sampedro foi incriminada pela polícia como sendo a responsável pelo homicídio. Um movimento internacional de pessoas enviou cartas "confessando o mesmo crime". A justiça, alegando impossibilidade de levantar todas as evidências, acabou por arquivar o processo.

Tempos mais tarde, publicou-se um filme, internacionalmente conhecido com esta história, chamado “Mar Adentro” do realizador Alejandro Amenábar, protagonizado por Javier Bardem.

Bibliografia

  • http://jornal.publico.pt/publico/2002/04/22/Publica/TM01CX04.html
  • http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://4.bp.blogspot.com/_VP04U1scQm8/SJ_5NKHy3AI/AAAAAAAABdA/ WghXray54Pg/s400/Eutan%C3%A1sia.jpg&imgrefurl=http://blogabsolutamentenormal.blogspot.com/2009/03/ nazismo-e-eutanasia.html&usg=__t51gc3gEzIe6B38Um2GLc7z2VCM=&h=277&w=400&sz= 32&hl=pt-PT&start=3&tbnid=h1ZuHRFRW4einM:&tbnh=86&tbnw=124&prev=/images%3Fq%3Deutanasia%26gbv%3D2%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DG
  • http://2.bp.blogspot.com/_1NKVWEua1d4/SOeLMQ6rBoI/AAAAAAAAAPs/ mLIRONrDKzg/s320/eutanasia%255B1%255D.jpg
  • https://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/filosofia/ filosofia_trabalhos/eutanasia.htm
  • http://eutanasiaedistanasia.blogspot.com/2006/02/argumentos-favor-da-eutansia.html



252 Visualizações 07/12/2019