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Trabalho escolar sobre a Eutanásia, realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (10º ano).
A Eutanásia pode ser entendida por “Suicídio Assistido” ou “Morte Voluntária”, pois é a morte de uma pessoa, tendo esta tomado tal decisão conscientemente para acabar com a dor/sofrimento por que passa ou por se encontrar sem qualidade de vida ou em fase terminal.
Trata-se de uma escolha consciente e informada que reflecte o fim de uma vida em que quem morre não perde o poder de ser digno até ao fim.
Este tema já vem a ser debatido desde há muitos séculos atrás, contudo continua a ser controverso e chocante, uma vez que interfere com determinados princípios tais como éticos, religiosos, jurídicos, etc...
A palavra "EUTANÁSIA" é composta de duas palavras gregas - "eu" e "thanatos" - e significa, literalmente, "uma boa morte". Na actualidade, entende-se geralmente que "eutanásia" significa provocar uma boa morte - "morte misericordiosa", em que uma pessoa acaba com a vida de outra para benefício desta. Este entendimento da palavra realça duas importantes características dos actos de eutanásia. Primeiro, que a eutanásia implica tirar deliberadamente a vida a uma pessoa; e, em segundo lugar, que a vida é tirada para benefício da pessoa a quem essa vida pertence ― normalmente porque sofre de uma doença terminal ou incurável. Isto distingue a eutanásia da maior parte das outras formas de retirar a vida.
Entre muitos filósofos, um exemplo é um grande filósofo alemão do século XVIII, Emmanuel Kant que dizia: "o homem não pode ter poder para dispor da sua vida". No entanto, na actualidade a eutanásia goza de um grande apoio popular e do apoio de muitos filósofos contemporâneos.
Aqueles que defenderam a admissibilidade moral da eutanásia apresentaram como principais razões a seu favor a misericórdia para com pacientes que sofrem de doenças para as quais não há esperança e que provocam grande sofrimento.
A decisão de morrer deve ser a decisão voluntária e reflectida de um paciente informado; tem de existir sofrimento físico ou mental considerado insuportável por aquele que sofre, não havendo outra solução razoável para melhorar a situação.
Como tal eu concordo e apoio a prática da Eutanásia, claro que com alguma cautela e só em situações verdadeiramente complicadas em que o paciente está totalmente consciente do acto que irá praticar, que está decidido a acabar com o seu sofrimento de uma maneira letal, pois não tem perspectivas de vida…
A distanásia (do grego “dis”, mal, algo mal feito, e “thánatos”, morte) é etimologicamente o contrário da eutanásia. Consiste em atrasar o mais possível o momento da morte usando todos os meios, proporcionados ou não, ainda que não haja esperança alguma de cura, e ainda que isso signifique infligir ao moribundo sofrimentos adicionais e que, obviamente, não conseguirão afastar a inevitável morte, mas apenas atrasá-la umas horas ou uns dias em condições deploráveis para o doente. Tecnologias médicas poderosas permitem aos médicos manter a vida de muitos pacientes que, apenas há uma década ou duas atrás, teriam morrido porque os meios para impedir a morte não existiam.
. 62,6% - tem posições favoráveis à prática da eutanásia em Portugal
. 54,1 % - diz que a "eutanásia é um acto aceitável dentro de certos limites"
. 8,5% - aceita a eutanásia sem limite
. 35,3% - opina que a "eutanásia é um acto condenável em qualquer situação"
Portanto, a maioria das pessoas inquiridas concorda com a prática da eutanásia embora a maior parte tenha referido que deve haver restrições à aplicação e uma análise profunda das consequências aplicadas a cada caso.
Ramón Sampedro era um espanhol, tetraplégico desde os 26 anos, que solicitou à justiça espanhola o direito de morrer, por não mais suportar viver. Ramón Sampedro permaneceu tetraplégico por 29 anos. A sua luta judicial demorou cinco anos. O direito à eutanásia activa voluntária não lhe foi concedido, pois a lei espanhola caracterizaria este tipo de acção como homicídio. Com o auxílio de amigos planejou a sua morte de maneira a não incriminar sua família ou seus amigos. Em Novembro de 1997, mudou-se de sua cidade, Porto do Son/Galícia-Espanha, para La Coruña, 30 km distante. Tinha a assistência diária de seus amigos, pois não era capaz de realizar qualquer actividade devido a tetraplegia. No dia 15 de Janeiro de 1998 foi encontrado morto, de manhã, por uma das amigas que o auxiliava. A autópsia indicou que a sua morte foi causada por ingestão de cianeto. Ele gravou em vídeo os seus últimos minutos de vida. Nesta fita fica evidente que os amigos colaboraram colocando o copo com um canudo ao alcance da sua boca, porém fica igualmente documentado que foi ele quem fez a acção de colocar o canudo na boca e sugar o conteúdo do copo. A repercussão do caso foi mundial, tendo tido destaque na imprensa como morte assistida.
A amiga de Ramón Sampedro foi incriminada pela polícia como sendo a responsável pelo homicídio. Um movimento internacional de pessoas enviou cartas "confessando o mesmo crime". A justiça, alegando impossibilidade de levantar todas as evidências, acabou por arquivar o processo.
Tempos mais tarde, publicou-se um filme, internacionalmente conhecido com esta história, chamado “Mar Adentro” do realizador Alejandro Amenábar, protagonizado por Javier Bardem.