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Trabalho sobre a Imagética Feminina na Poesia de Cesário Verde, realizado no âmbito da disciplina de Português (11º ano).
Na poesia de Cesário, a imagem da mulher burguesa surge como crítica social, utilizada no contexto da caracterização da cidade, por oposição ao campo.
Tal como a cidade se associa à fatalidade, à morte, à destruição, também a mulher citadina é considerada frígida, dominadora, capaz de humilhar. É uma mulher fatal, que conduz o amante a uma posição de submissão. Em contraste, surge a mulher do campo, mulher frágil, dócil que desperta no poeta o desejo de a proteger.
Sendo assim, ele apresenta:
A mulher demónio é altiva, aristocrática e “frígida”, que atrai/fascina o sujeito poético, provocando-lhe o desejo de humilhação.
É o tipo citadino artificial, que surge associada à cidade servindo para retratar os valores decadentes e a violência social. Esta mulher surge na poesia de Cesário incorporando um valor erótico que simultaneamente desperta o desejo e arrasta para a morte conduzindo a um erotismo da humilhação.
Cesário dá-nos um retrato da mulher citadina aliado à artificialidade e à opressão social da cidade, que o estonteia e fascina, o hipnotiza e o trata com indiferença.
A mulher anjo desperta no sujeito poético o desejo de a proteger e estimar.
É frágil, terna, ingénua, despretensiosa, pura, natural, saudável e encarna qualidades inerentes ao campo, sendo capaz de proporcionar um amor puro.
Cesário adequa este tipo de mulher à vida campestre que o faz solidarizar com o sexo feminino. Esta suscita um efeito regenerador, provocando também sentimentos de pena e até de abjecção no poeta.
Podemos destacar a referência à imagética feminina nos poemas: