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Immanuel Kant - NotaPositiva

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Immanuel Kant

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Resumo do trabalho

Trabalho sobre vida e obra de Immanuel Kant, filósofo alemão que viveu no séc. XVIII, realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (10º ano).


Introdução

Com este trabalho pretendo dar a conhecer a vida e obra de Immanuel Kant, um filósofo alemão que viveu no séc. XVIII e marcou a história pela sua teoria do idealismo transcendental e pelo seu estudo sobre a filosofia moral que será também, apresentada e desenvolvida ao longo deste documento.kant

Vida de Immanuel Kant

Immanuel Kant nasceu a 22 de Abril de 1724 em Königsberg, Alemanha. Fisicamente, foi um homem com apenas 1,57m, de pele muito clara e olhos azuis. Tanto a sua infância como a sua vida foram sempre bastante orientadas pelo rigor e a disciplina segundo os exemplos pietistas – pietismo define-se por um movimento do século XVII que se rege pela experiência do crente com Deus, na sua condição de pecador e no caminho para a sua salvação. Daí resultou uma pessoa metódica, com uma rotina inteiramente controlada e organizada e alguém que se limitou ao espaço conhecido visto que Kant nunca viajou para além da Alemanha.

Ao longo da sua vida profissional, Kant desempenhou funções na educação como professor secundário de Geografia, professor universitário de Ciências Sociais, professor catedrático da Universidade de Königsberg e na literatura como escritor pois escreveu inúmeras obras sobre os temas que mais despertavam o seu interesse: epistemologia (área da filosofia que se debruça sobre a ciência), metafísica (estudo do para além da realidade) e ética (análise da ação justa).

Kant, na sua obra e perspetiva de vida, foi muito influenciado:

  • pelo Iluminismo – ou Era da Razão que foi a época da história ocidental, com centro em França, que ficou conhecida pelo encontro da luz da razão e pela ambição pelo conhecimento;
  • pelo Renascimento – época de valorização do Homem em que o Homem se começa a aperceber das suas capacidades;
  • pela Revolução Francesa - conjunto de acontecimentos que resultaram na abolição e substituição da monarquia francesa por uma república democrática radical;
  • por Jean Jacques Rousseau – um filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço.

Kant faleceu na mesma localidade onde nasceu a 12 de Abril de 1804 com 79 anos de idade.

Obra de Immanuel Kant

Immanuel Kant escreveu inúmeras obras sobre os assuntos do seu interesse como dito anteriormente. Na área da epistemologia, as obras a salientar são: “A Crítica da Razão Pura” que publicou em 1781 onde alega que o ser humano tem o “poder” de à nascença já possuir diversos conhecimentos, ou seja, defende os juízos a priori do ser humano pois este tem um dado adquirido que é o entendimento, também nesta obra, Kant aborda o tema da metafísica, explicando que a nossa mente não tem a capacidade de imaginar uma ideia fora do tempo e do espaço. Outra obra que Kant publicou sobre o saber e a procura do conhecimento por parte do ser humano foi um texto produzido para um jornal intitulado “O que é o Iluminismo?”. Na área da ética, Kant escreveu três obras bastante importantes: “Fundamentação da Metafísica dos Costumes” em 1785, “A Critica da Razão Prática” em 1788 e “Crítica do Julgamento” em 1790. Nestes livros Immanuel Kant defende e esclarece a filosofia moral kantiana que será abordada e aprofundada mais à frente.

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Obra “A Crítica da Razão Pura”

A Filosofia Moral de Kant

Um dos interesses de Kant era a ética como referido anteriormente. Neste campo Kant enriqueceu a área das teorias éticas ao aprofundar o saber sobre moral e a ação humana, arranjando formas para justificas as ações. O estudo de Kant incidiu sobre as éticas deontológicas que se definem por justificar uma ação e classificá-la como correta ou incorreta através da intenção do sujeito que a levou a cabo e do cumprimento do dever e da boa vontade, ignorando aspetos como os meios utilizados ou os fins que daí resultaram.

Primeiramente, acho importante, termos em atenção o que Kant efetivamente disse e escreveu sobre a sua teoria ética no livro “Fundamentação da Metafísica dos Costumes”, explorando e explicando esse conteúdo numa segunda fase.

"Faça de maneira que a máxima da tua vontade possa ser o tempo todo princípio de uma lei geral."

"Age de modo que consideres a humanidade tanto na tua pessoa quanto na de qualquer outro, e sempre como objetivo, nunca como simples meio."

Estas duas declarações tornam-se formulações do imperativo categórico criado também por Kant que, juntamente com o imperativo hipotético, determinam a ação, são como mandamentos que nos ajudam a proceder (no caso do imperativo categórico) ou nos dão a conhecer o que é necessário fazer para alcançar determinada ação (no caso do imperativo hipotético). As citações acima transcritas são, portanto, a primeira formulação do imperativo categórico e a segunda formulação do imperativo categórico, respetivamente, sendo que a primeira indica-nos que cada ação tem que servir de exemplo para o resto do mundo e para qualquer época e a segunda recomenda que cada ação deve ter o outro sempre como um fim e nunca como um meio. No entanto, Kant não se apoia apenas nas formulações do imperativo categórico para determinar a validez de uma ação. Kant dá total importância ao dever e à boa vontade que deriva exclusivamente da razão e está subordinada ao dever que segundo ele, devem estar na base de qualquer ação. O respeito pelo dever e cumprimento das regras e normas morais é bastante importante para classificar uma ação pois só assim somos unicamente guiados pela razão e intenção pura. Com isto somos conduzidos para moralidade/imoralidade e legalidade/ilegalidade de uma ação em que Kant classificou as ações em três categorias: ações contrárias ao dever, ações conformes ao dever e ações pelo dever. As ações contrárias ao dever caracterizam-se por não respeitarem nem as normais morais nem as normais legais, logo são imorais e ilegais. As ações conformes ao dever são ações que cumprem as normais legais mas não são orientadas exclusivamente pelas normais morais, são portanto, ações legais mas sem valor moral. Temos também as ações pelo dever que são realizadas com o único objetivo de cumprir as normas morais, sendo ações legais e morais.

Em suma, podemos esquematizar todas estas condições que resultam numa ação moralmente válida com a seguinte figura:

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Esquematização das condições que resultam numa ação moralmente boa por Kant

Crítica de Kant às Teorias Teleológicas

Sendo Kant um indivíduo que se governa pelo dever, pela intenção pura e pela razão, Kant não dá a mínima importância às consequências da ação pois se a intenção foi boa então toda a acção foi boa, segundo Kant. Por esta ordem de ideias, aspetos como as consequências da ação, o prazer ou a felicidade não fazem sentido na teoria kantiana.

Immanuel Kant não encontra sentido nas teorias teleológicas nos seguintes pontos:

  • a teleologia só faz sentido quando se trata num todo pois visto que ela só dá importância ao resultado final, as partes individuais são insignificantes, do ponto de vista teleológico. Algo que Kant contesta pois a intenção, o dever e a boa vontade ocupam uma parte fundamental na ação.
  • a teleologia reúne os conceitos de liberdade e determinação quando se foca na determinação para atingir um certo fim e se tem a liberdade para o fazer. Kant discorda afirmando que a única finalidade que importa é a do conhecimento como propósito final da natureza.
  • a teleologia apresenta uma contradição nas suas declarações quando afirma que todas as coisas naturais foram produzidas por leis meramente mecânicas e posteriormente, diz que não é possível serem produzidas coisas materiais por leis mecânicas. Kant, por outro lado, defende o comportamento humano e a compreensão da realidade, conceitos que reúnem o mecanismo universal da natureza com o princípio teleológico da natureza sempre tomando o carácter transcendente como princípio purificador.
  • a teleologia, quando se debruça sobre o tema de Deus defende “a existência de Deus com base na ordem deste mundo, na harmonia do cosmos” e “a existência de Deus fundamentada na passagem do movimento à causa do movimento e do contingente ao necessário”. Já Kant defende que Deus resulta “por meio da finalidade da natureza” e tem a “ideia de que o mundo é um signo ou código do mundo invisível e, em último termo, (Deus é) o criador do mundo visível”.

Conclusão

Na minha opinião, o cumprimento do dever, a intenção pura e a boa vontade que Kant defendeu, não são suficientes para justificar uma ação nos dias de hoje. Dou uma grande importância também, para além desses aspectos, às circunstâncias próprias de cada situação e de cada sujeito.

Em suma, pode concluir-se que Immanuel Kant foi um homem que marcou a história da Filosofia introduzindo uma nova abordagem ao dever e à ação humana. A sua vida teve como ponto fulcral a ambição pelo conhecimento e a satisfação intelectual, objectivos pelos quais lutou dedicando-se inteiramente a eles.

Webgrafia

Para a realização deste trabalho, para além dos conhecimentos adquiridos nas aulas de Filosofia, recorri também aos seguintes sítios na Internet:

  • https://knoow.net/ciencsociaishuman/filosofia/immanuel-kant-filosofo/
  • http://afilosofia.no.sapo.pt/10EticasMillKant.htm
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kant#Filosofia_Moral
  • http://pt.wikiquote.org/wiki/Immanuel_Kant
  • http://criticanarede.com/vidadekant.html
  • http://www.filoinfo.bem-vindo.net/filosofia/modules/lexico/entry.php? entryID=584



324 Visualizações 16/08/2019