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Trabalho sobre a influência do meio extra-celular no comportamento das células, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (10º ano)...
Relatório de Biologia
Entender a influência da concentração do meio extracelular no comportamento das células.
Com a finalidade de nos permitir observar a importância que o meio extracelular tem no comportamento das células, a professora de Biologia e Geologia propôs a realização de duas actividades experimentais.
Sabemos que as moléculas movimentam-se do meio onde a sua concentração é mais alta – meio hipertónico – para onde a sua concentração é menos elevada – meio hipotónico – até que ambas as concentrações se equilibrem, obtendo-se assim um meio isotónico. Quando isto acontece, ocorre uma difusão simples, que é um transporte passivo e vai a favor do gradiente de concentração. No entanto, a água tende a passar através da membrana plasmática do meio hipotónico para o hipertónico, de modo a diluir o meio mais concentrado, obtendo assim dois meios isotónicos. A este movimento exclusivo da água, chamamos osmose. Na consequência dos movimentos osmóticos, a célula pode:
Primeira actividade
Segunda Actividade
Primeira actividade
Segunda actividade
Primeira actividade
Observei que no meio de montagem aquoso, as células estavam muito cheias, bem como de uma tonalidade clara. Já na montagem com NaCl, as células pareciam mais pequenas e de certa forma “mirradas”, e estavam bastante mais escuras, comparativamente às da primeira preparação. Tinham também uma maior concentração e os organelos encontravam-se muito mais juntos uns aos outros.
Na página seguinte encontra-se o registo da observação efectuada.
Segunda actividade
Após uma semana, ao observarmos as passas e as uvas, vimos que:
Copo com água |
Copo com água salgada |
|
Uva | Inchou parcialmente | Mirrou e ficou mole |
Passa | Manteve-se igual | Inchou e ficou mais clara |
Água | Manteve o mesmo nível mas, no entanto, criou bolor e ficou turva | Diminuiu um pouco |
Primeira actividade
Quanto à primeira actividade, observei que na preparação com H2O, as células das folhas do lírio-roxo estavam túrgidas, ao passo que as na preparação de H2O+NaCl, se encontravam plasmolisadas. Isto acontece devido à diferença de concentração do meio, uma vez que a preparação de H2O+NaCl é mais concentrada que a célula, a água, por osmose, tende a passar para o meio extracelular. Já no primeiro caso, acontece o oposto, devido à água ser menos concentrada relativamente ao interior da célula. O que se observou foi o que era esperado, portanto foi uma experiência bem sucedida.
Segunda actividade
EM H2O
Quanto à passa que estava no copo com água, vimos que ela se manteve igual, o que não era suposto ter acontecido, uma vez que o meio aquoso era hipotónico em relação a esta. Por osmose, a passa deveria ter inchado. Já no caso da uva, esta inchou, mas foi muito pouco, logo, as concentrações do meio e das células da uva estavam isotónicas uma em relação à outra.
O meio manteve o mesmo nível mas criou algum bolor e a água ficou turva, o que permite concluir que houve difusão de algumas substâncias da uva ou da passa para o meio, que permitiram o desenvolvimento de matéria orgânica para gerar o bolor e turvar a água.
EM H2O+NaCl
Nesta actividade, observamos que a uva mirrou e ficou mole, isto porque o meio onde se encontrava era hipertónico em relação a ela, o que fez com que a água que se encontrava dentro da célula sofresse osmose. Já a passa ficou muito mais clara e inchou, porque o meio era hipotónico em relação a ela. Não ocorreu lise celular porque as células da passa não são células animais.
O meio diminuiu um pouco, mas não turvou, o que diz que se houve difusão de substâncias das células da passa ou da uva para o meio, não foram significativas.
Através destas actividades práticas, concluímos claramente a importância da concentração do meio extracelular no comportamento da célula. Observámos o aspecto de células túrgidas e plasmolisadas, e entendemos os fenómenos transmembranares como a osmose e a difusão simples de modo que penso que este tipo de actividades é uma boa forma de aprender, porque visualizar os acontecimentos é sempre diferente que ler a teoria.
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