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Mar Manhã - Contrato de Leitura - NotaPositiva

O teu país

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Inês Salgado

Escola

[Escola não identificada]

Mar Manhã – Contrato de Leitura

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Resumo do trabalho

Análise do poema "Mar, manhã" de Fernando Pessoa, realizado no âmbito da disciplina de Português (12º ano).


Contrato de Leitura

O nosso poema chama-se Mar. Manhã, escrito em 1909 por Fernando Pessoa (ortónimo). Foi escrito antes da criação dos heterónimos e é um dos primeiros poemas da colectânea “O cancioneiro”. É, também, um dos primeiros do poeta que trata o tema da sensação e descreve-nos uma imagem, coisa que não é característico do poeta.

Passemos então à leitura do poema em questão. (ler o poema).

Antes de tudo queríamos que olhassem para o título: “Mar. Manhã”. Como podem ver são duas palavras, separadas por um ponto final. Isto faz com que o título tenha outro efeito. Se se juntasse com uma conjunção, um dos substantivos teria menos importância que o outro, e assim atribuímos-lhes o mesmo valor.

Como podem ver ao longo do poema temos a associação de ambas as palavras do título, como por exemplo logo no verso 2 em que ele diz “cheia de sol a onda do mar”. Este verso é como se a onda do mar contivesse a manhã, os raios do sol, ou seja a luz reflectida na água.

E, em “Arfando à brisa da manhã” (v. 8), ou seja o bar baloiçando ao amanhecer.

E, também, no verso 16 onde esta escrito “o oceano ébrio de arrebol”, é como se o oceano estivesse embebido no amanhecer, na luz clara, ambos se confundem um no outro.

Ainda, quando ele se refere ao oceano como “unido e vasto e interminável/ no são sossego azul do sol.” (v.v. 13/14), referindo se ao local onde o mar toca o céu, a linha do horizonte.

Além desta intersecção entre estes dois espaços, notamos que ao longo de todo o poema, através de expressões, palavras e recursos estilísticos, este nos transmite impressões causadas pelo movimento do mar.

Temos como exemplos:

  • A palavra suavemente;
  • “Pausadamente se balança”;
  • “Desce como a descansar”;
  • “Tão lenta e longa”;
  • “O glauco seio que adormece/ Arfando”;
  • “Como uma cobra que em serenas/ Dobras se alongue a colear”;
  • “Arfa com um mover-se estável”

Todos estes versos e palavras transmitem-nos uma impressão visual de uma progressão suave, coleante, lenta e arrastada das ondas do mar, de todo este cenário. Descrevem-nos uma paisagem tranquila.

E aqui, está a palavra-chave das primeiras 4 estrofes: descrição. O sujeito lírico descreve nos através dos sentidos um quadro, duma paisagem marinha ao amanhecer. Uma imagem serena e natural.

Já na última estrofe, temos o efeito que essa imagem provoca no sujeito lírico.

É como se o quadro descrito não deixasse marcas emotivas no “eu”, houvesse um anulamento das sensações. Como diz em “E a minha sensação é nula/ quer de prazer quer de pesar…”. A imagem nem lhe traz sensações positivas, nem negativas.

Nos versos “Ébria de alheia a mim ondula/ Na onda lúcida do mar”, percebemos que as suas sensações estão distantes dele.

Ele sabe que para sentir realmente uma sensação, teria que se separar do pensamento, pois ele não sente, ele finge que sente, pois tudo é intelectualizado. Aliás no último verso ele até diz “onda lúcida do mar”, sendo lúcida sinónimo de racional, ou seja, há uma expressão racional do sentir.

Vemos, então, no poema a dicotomia sentir/pensar e um pouco da temática do fingimento poético e da temática marinha.

Passamos às características estilísticas do poema.

O poema está escrito todo no Presente do Indicativo, para nos descrever uma paisagem, como os sentimentos produzidos no sujeito lírico.

Temos variadíssimos recursos estilísticos, como:

Aliteração: “Suavemente grande avança (…) Pausadamente se balança” e em “Como uma cobra que em serenas/ Dobras se alongue a colear”;

Comparação:  “Tão lenta e longa que parece de uma criança de Titã” e “Parece ser um ente apenas” e “Como uma cobra (…)”.

Meronímia: “O glauco seio q adormece”

Adjectivação e dupla adjectivação: “Suavemente grande (…)”, “No são sossego azul do sol”, “O oceano ébrio (…)” e “Na onda lúcida do mar.”

Antítese: “Quer de prazer quer de pesar…”

Passemos então à análise formal.

Agora passamos à imagem. Nós escolhemos uma imagem de Helena Vieira da Silva, chamada Ariane.

É uma tela pintada a óleo e é arte abstracta. As cores da imagem são principalmente as cores frias (tons de azul) e o branco, mas também se encontram traços pretos e algum tom amarelado.

Esta imagem dá-nos a impressão que está a ser iluminada, que lhe está a incidir um feixe de luz.

E se repararmos bem a imagem cria a ilusão de uma terceira dimensão, através do uso de linhas e figuras geométricas que cria uma diferente perspectiva.

Seleccionámos esta imagem, pois relacionámos com o tema do nosso poema. O azul caracteriza o mar e a sua luminosidade a luz da manhã.



256 Visualizações 13/10/2019