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Memorial do Convento - NotaPositiva

O teu país

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Sara Silva Pereira

Escola

Escola Secundária D. Sancho I

País

Portugal

Memorial do Convento

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Resumo do trabalho

Resumo/Apontamentos sobre a obra de Saramago "Memorial do Convento", realizado no âmbito da disciplina de Português (12º ano).


Resumo do Livro

Autor: José Saramago

Título: Memorial do Convento

Tempo da História: século XVIII, reinado de D. João V, o Magnânimo

João V - Vaidade e Megalomania - Construção do Convento de Mafra como Réplica da Basílica de S. Pedro

Trilogia necessária para sobreviver a um regime déspota como o do século XVIII:

  1. AMOR (Blimunda e Baltasar)
  2. SONHO (Padre Bartolomeu de Gusmão)
  3. MÚSICA (Domenico Scarlatti)

Macroespaços:

  1. Lisboa
  2. Mafra

O CASAL REAL

  • Casamento = contrato entre duas casas reais europeias
  • Carácter obrigatório - falta de afectos e sentimentos
  • Falta de intimidade

A apresentação do casal real assenta na ridicularização e humanização do mesmo.

CRÍTICA SOCIAL INICIAL

  •  o ócio, a infantilidade e a desocupação do rei – legos
  •  o exagero de pessoal – vestir e despir o rei, momento do encontro noturno
  •  sobrevalorização do material estrangeiro – a cama da rainha

CAPÍTULO III

  • Descrição de Lisboa física e anímica
  • Denúncia da religião balofa e virada para o exterior

“Porque a cidade é imunda, alcatifada de excrementos, de lixo, …, de lama mesmo quando não chove…”

“Lisboa cheira mal, cheira a podridão…”

“… o mal é dos corpos, que a alma, essa, é perfumada.”

A procissão:

“Deus não tem nada que ver com isto, é tudo coisa de fornicação.” -Povo promíscuo, animal

“É a mulher livre uma vez por ano,…, a mulher entre duas igrejas, foi a encontrar-se com um homem…” - as classes altas

  • Hipocrisia religiosa
  • Falta de índole e moral
  • Hipocrisia no casamento

CAPÍTULO IV - apresentação de Baltasar

Ficou inválido (maneta) no exército, na Guerra de Sucessão de Espanha, e mandaram-no de volta para Portugal, sem nada.

Em Évora:

  • paga o que deve - Homem honesto e consciente
  • Angaria dinheiro para o resto da viagem

PADRE BARTOLOMEU DE GUSMÃO

  • Faz a ligação entre a classe alta e a classe baixa porque se dá com a corte e com o rei (assiste inclusive à aula de música da infanta Maria Bárbara), mas também é grande amigo de Baltasar e Blimunda.

Capítulo XIV – A aula da infanta

No fim da aula, o padre deixa-se ficar na sala e observa Domenico Scarlatti – o professor – a tocar. Ele improvisa, dedilha o cravo e deixa correr a música. Esta criação, sinónimo de liberdade e imaginação, provoca no Padre Bartolomeu um culminar de emoções e sentimentos – sofre uma fuga no espaço.

Depois, o padre leva Scarlatti até à passarola, com cautela, e convida-o a juntar-se ao grupo que constrói o engenho: ele, Blimunda e Baltasar. O papel do músico seria tocar cravo enquanto eles trabalhavam.

Entretanto, apresenta-lhe Blimunda e Baltasar.

Caracterização de Blimunda:

  • bonita
  • esbelta
  • alta
  • cabelos cor de mel
  • olhos enigmáticos

Simbolismo do cesto de cerejas: Blimunda chega com cerejas nas orelhas para encantar Baltasar e oferece-lhe um cesto cheio. O cesto simboliza o amor: ela oferece-lhe o seu amor, o seu coração e a vontade de se por bela para o amado reflecte a veracidade dos seus sentimentos.

A PESTE

Depois da chegada de uma nau vinda do Brasil à Ericeira, Lisboa é assolada por um surto de cólera e febre amarela. Com as imundas condições de vida da cidade, rapidamente se tornam epidemias catastróficas. Então, o padre Bartolomeu lembra-se que seria uma boa oportunidade de recolher as 2000 vontades necessárias para a passarola voar.

Blimunda parte para Lisboa com Baltasar e cumpre a missão.  Entretanto adoece.

A DOENÇA DE BLIMUNDA

Blimunda adoece no seguimento das provações que passou em Lisboa. Para conseguir recolher as vontades dos moribundos, a força de viver, precisou de palmilhar imensas ruas, em jejum, no meio da doença e da sujidade. Ficou debilitada. No entanto, nem o padre que se sente culpado pela doença dela, nem Baltasar a deixam sozinha por um momento e, todas as tardes, Scarlatti toca para ela.

Capítulo XVI – O medo, a fuga, o sonho

O padre Bartolomeu sabe que anda a ser vigiado pela Inquisição. Por isso, confessa a Blimunda que tem medo do St. Ofício. Este medo torna-se, com o passar do tempo, um obsessão. O padre muda comportamentos, torna-se inquieto, alterado, nervoso.

“O Santo Ofício anda à minha procura. Querem prender-me.”

A passarola surge como o melhor meio para fugir. É a realização do sonho que permite ao padre fugir à sociedade castradora da época.

Assim, a passarola voa com Blimunda, Baltasar e o padre. Mas, repentinamente, o vento pára e eles são obrigados a fazer uma aterragem atribulada na Serra do Montejunto. Desesperado, o padre tenta atear fogo à máquina, mas é impedido pelo casal amigo. Então, decide fugir.

“Sumiu-se. Foi-se embora e não o tornaremos a ver.”

Um tempo mais tarde, Scarlatti procura Blimunda e Baltasar e informa-os que o padre morreu louco em Espanha.

Capítulo XIX – A EPOPEIA DA PEDRA

Este capítulo é dedicado à glorificação de todos os que trabalharam no convento durante tantos anos. Serve também para criticar o rei e os pensamentos da época.

POVO = CONSTRUTORES = HERÓIS

Simbologia dos nomes: o narrador encontra um nome próprio para cada letra do alfabeto de forma a glorificar todos os homens que trabalharam para que o convento fosse edificado. É a melhor maneira de mostrar aos leitores que quem merece imortalização são todos os homens do povo e não o rei que só mandou construir, explorar e maltratar para satisfazer a sua grande auto-estima.

A PEDRA DE PÊRO PINHEIRO

A pedra enorme que serviu para a construção da varanda tinha que ser uma pedra una porque o rei era uno e, por isso, deveria simbolizar o seu poder.

Para a transportar de Pêro Pinheiro a Mafra (15km) foram necessários 8 dias, 400 bois, 600 homens e um carro com dimensões especialíssimas.

Os homens deram “um gemido de espanto” ao verem aquela “brutidão de mármore”: o espanto relaciona-se com o tamanho absurdo da pedra e o gemido com a antecipação do trabalho e sofrimento que vão ser necessários para a transportar.

Francisco Marques: trabalhador que morre no caminho esmagado pelo carro que resvalou numa descida. Simboliza todos aqueles que morreram no caminho só por causa duma pedra.

A história de Manuel Milho: Manuel conta um bocadinho duma história todos os dias à noite e, no fim da viagem, termina-a. A história fala duma rainha que não sabia se gostava de ser rainha porque não sabia o que era ser mulher. Então, falou com um eremita que a aconselhou a largar tudo e a ir procurar as respostas. E assim foi. O rei, humilhado por ter sido deixado, mandou homens a fio procurar a rainha e o eremita, mas nenhum foi encontrado e nunca se soube se o eremita chegou a ser homem e a rainha chegou a ser mulher. Porquê? Porque essas respostas só o próprio a pode alcançar.

Quando chegam a Mafra:

  • todos ficam admirados com o tamanho da pedra “Tão grande!”
  • Baltasar olha para a pedra e olha para o convento e exclama “Tão pequena!” com muito desânimo.

Capítulo XX:

  • manutenção da camuflagem da passarola
  • morte do pai de Baltasar

Capítulo XXI: acordo entre o arquitecto Ludovice e o Rei

  • Ludovice consegue dissuadir o rei de mandar construir uma réplica da Basílica de São Pedro de Roma, utilizando o argumento da idade e do tempo absurdo de construção.
  • O Rei acede e decide a construção de um convento para 1000 frades.
  • Ludovice contra-argumenta dizendo que para 1000 frades seria quase tão grande como S. Pedro.
  • Chegam então a acordar a construção de um convento para 300 frades que deveria estar pronto, impreterivelmente, no Domingo, dia do seu quadragésimo aniversário, 22 de Outubro de 1830.

Nova referência a Mafra:

  • M - mortos
  • A - assados
  • F - fundidos
  • R - roubados
  • A – arrastados

Comparação homem-tijolo: a vida humana vale zero. Os homens eram arrastados das suas terras, empilhados num carro de madeira e levados para Mafra. Lá, eram descarregados e escolhidos: os que não estivessem em condição de trabalho era mandados embora sem nada e sem meio de regressar a casa.

Capítulo XXII: troca de princesas

  1. Maria Bárbara + D. Fernando
  2. José + D. Mariana Vitória



937 Visualizações 28/06/2016


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