Warning: "continue" targeting switch is equivalent to "break". Did you mean to use "continue 2"? in /home/knoownet/public_html/notapositiva/wp-content/plugins/mg-post-contributors/framework/core/extensions/customizer/extension_customizer.php on line 358

Warning: "continue" targeting switch is equivalent to "break". Did you mean to use "continue 2"? in /home/knoownet/public_html/notapositiva/wp-content/plugins/mg-post-contributors/framework/core/extensions/customizer/extension_customizer.php on line 380

Warning: "continue" targeting switch is equivalent to "break". Did you mean to use "continue 2"? in /home/knoownet/public_html/notapositiva/wp-content/plugins/mg-post-contributors/framework/core/extensions/customizer/extension_customizer.php on line 384

Warning: "continue" targeting switch is equivalent to "break". Did you mean to use "continue 2"? in /home/knoownet/public_html/notapositiva/wp-content/plugins/mg-post-contributors/framework/core/extensions/customizer/extension_customizer.php on line 411

Warning: "continue" targeting switch is equivalent to "break". Did you mean to use "continue 2"? in /home/knoownet/public_html/notapositiva/wp-content/plugins/mg-post-contributors/framework/core/extensions/customizer/extension_customizer.php on line 423

Warning: "continue" targeting switch is equivalent to "break". Did you mean to use "continue 2"? in /home/knoownet/public_html/notapositiva/wp-content/plugins/mg-post-contributors/framework/core/extensions/customizer/extension_customizer.php on line 442
Mostrengo vs Adamastor - NotaPositiva

O teu país

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod


Henrique Silva

Escola

[Escola não identificada]

Mostrengo vs Adamastor

Todos os trabalhos publicados foram gentilmente enviados por estudantes – se também quiseres contribuir para apoiar o nosso portal faz como o(a) Henrique Silva e envia também os teus trabalhos, resumos e apontamentos para o nosso mail: geral@notapositiva.com.

Resumo do trabalho

Trabalho que faz a comparação entre o excerto dos "Lusiadas" sobre o mostrengo e o excerto da "Mensagem" sobre o adamastor (Português - 12º ano).


“ O Mostrengo”

monstrengo

.

O mostrengo que está no fim do mar

Na noite de breu ergueu-se a voar;

À roda da nau voou três vezes,

Voou três vezes a chiar,

E disse: "Quem é quem ousou entrar

Nas minhas cavernas que não desvendo,

Meus tectos negros do fim do mundo?"

E o homem do leme disse, tremendo:

"El-Rei D. João Segundo!"

.

"De quem são as velas onde me roço?

De quem as quilhas que vejo e ouço?"

Disse o mostrengo, e rodou três vezes,

Três vezes rodou imundo e grosso.

"Quem vem poder o que só eu posso,

Que moro onde nunca ninguém me visse

E escorro os medos do mar sem fundo?"

E o homem do leme tremeu, e disse:

"El-Rei D. João Segundo!"

.

Três vezes do leme as mãos ergueu,

Três vezes ao leme as reprendeu,

E disse no fim de tremer três vezes:

"Aqui ao leme sou mais do que eu:

Sou um Povo que quer o mar que é teu;

E mais que o mostrengo, que me a alma teme

E roda nas trevas do fim do mundo,

Manda a vontade, que me ata ao leme,

De El-Rei D. João Segundo!"

.

Contextualização histórica

O poema retrata o medo (o “mostrengo”) que os portugueses encontraram durante a viagem à Índia. Medo este que se traduzia na passagem do “Cabo das Tormentas” e como nunca ninguém o tinha ultrapassado originou-se um mito. Este mito fazia referência há existência de um ser desconhecido, terrível, temível, horrendo, perigoso… que impedia os barcos de dobrar o “Cabo das Tormentas”. Apesar disto os portugueses tiveram de ultrapassar este medo, para agradar a D. João II, porque D. João II não tolerava falhas.

Título “O Mostrengo”

O Mostrengo representa o símbolo dos obstáculos, dos perigos e dos medos que os portugueses tiveram que enfrentar para realizar o seu sonho: revoltado por alguém usurpar os seus domínios, “O Mostrengo” é uma alegoria do medo, que tenta impedir os portugueses de completarem o seu destino (“Quem é que ousou entrar/Nas minhas cavernas que não desvendo,/Meus tectos negros do fim do mundo?”)

Fernando pessoa escolheu este título, porque este título é referente ao medo do desconhecido durante a passagem do “Cabo das Tormentas”.

Monstro + sufixo de valor pejorativo (mulherengo).

Significa portanto uma pessoa muito feia; desajeitada; inútil; um estafermo.

Conteúdo

O mostrengo que está no fim do mar Na noite de breu ergueu-se a voar;

Além do horizonte situava-se o desconhecido, citação esta que provocava terror nos navegadores portugueses. E à medida que anoitecia a visão diminuía e o medo aumentava.

.

À roda da nau voou três vezes, Voou três vezes a chiar,

Representa a tempestade que decorria durante a viagem e as dificuldades que esta deriva na navegação da nau.

.

E disse: "Quem é quem ousou entrar Nas minhas cavernas que não desvendo, Meus tectos negros do fim do mundo?”

Faz referência a um local desconhecido nunca antes visto, daí ser impossível de desvendá-lo. Indica a linha do horizonte, que antigamente se pensava que não havia mais nada além desta

.

E o homem do leme disse, tremendo:

Tremendo com medo do desconhecido.

.

"El-Rei D. João Segundo!"

Funciona como refrão, e indica a vontade de agradar ao rei, mas também funciona como “coro” representando uma vontade divina.

.

"De quem são as velas onde me roço? De quem as quilhas que vejo e ouço?"

Desassossego do mostrengo ao ver as naus, aumenta o medo dos portugueses.

.

Disse o mostrengo, e rodou três vezes, Três vezes rodou imundo e grosso.

Descrição abstracta da “tempestade”.

.

"Quem vem poder o que só eu posso, Que moro onde nunca ninguém me visse E escorro os medos do mar sem fundo?”

O mostrengo está a dizer que é o único que pode “navegar” naqueles mares desconhecidos.

.

E o homem do leme tremeu, e disse:

Medo menos intenso, por parte do homem do leme.

.

"El-Rei D. João Segundo!"

Funciona como refrão, e indica a vontade de agradar ao rei, mas também funciona como “coro” representando uma vontade divina.

.

Três vezes do leme as mãos ergueu, Três vezes ao leme as reprendeu,

Representa o medo sentido pelo homem do leme ao longo da viagem.

.

E disse no fim de tremer três vezes:

Mudança de atitude perante o medo.

.

"Aqui ao leme sou mais do que eu: Sou um Povo que quer o mar que é teu;

O homem do leme representa o povo português sendo ele apenas um condutor da vontade de todos.

.

E mais que o mostrengo, que me a alma teme E roda nas trevas do fim do mundo, Manda a vontade, que me ata ao leme,

Por muito medo que o homem do leme tenha sentido naquele que era considerado fim do mundo, a vontade que ele tinha de agradar a D. João II era tão grande que ele tinha de ser capaz de superar o seu medo.

.

De El-Rei D. João Segundo!"

Funciona como refrão, e indica a vontade de agradar ao rei, mas também funciona como “coro” representando uma vontade divina.

.

Símbolos

O Mostrengo: Simboliza o desconhecido, as lendas do Mar, os obstáculos e os medos dos navegadores portugueses.

O homem do leme: Alegoria do povo português; representa o patriotismo e a vontade de Portugal em evoluir e alcançar um objectivo.

O leme: Símbolo de responsabilidade; significa autoridade suprema e a prudência.

Estrutura Interna

Integra-se na segunda parte da Mensagem – Mar Português - onde o poeta enaltece os marinheiros excelentes que ousaram enfrentar o mar desconhecido, dominando o próprio medo, sublimando a Pátria-mãe pela realização de uma epopeia de carácter universal.

A epígrafe nesta segunda parte é Possessio maris,  o que significa a posse dos mares.

Estrutura Externa

  • Três estrofes com nove versos cada uma (nonas)
  • Alternância rimas ricas e rimas pobres
  • Esquema rimático: AABAACDCD
  • Irregularidade métrica
  • Apresenta um refrão: "El-Rei D. João Segundo ! à Hexassilábico
  • Ritmo crescente (cresce à medida que o homem do Leme “cresce” em coragem.

Recursos Estilísticos

“Mas minhas cavernas que não desvendo,

Meus tectos negros do fim do mundo?”

Metáfora: Transposição do significado de uma palavra para outro campo semântico em que inicialmente não se inseria

"De quem são as velas onde me roço?

De quem as quilhas que vejo e ouço?"

Anáfora: É a repetição no início de versos duma palavra ou grupos de palavras.

Coordenação

0367

Subordinação

0368

“ Adamastor”

Adamastor

“Pois vens ver os segredos escondidos

Da natureza e do húmido elemento,

A nenhum grande humano concedidos

De nobre ou de imortal merecimento,

Ouve os danos de mi que apercebidos

Estão a teu sobejo atrevimento,

Por todo o largo mar e pola terra

Que inda hás-de sojugar com dura guerra.”

.

“Sabe que quantas naus esta viagem

Que tu fazes, fizerem, de atrevidas,

Inimiga terão esta paragem,

Com ventos e tormentas desmedidas;

E da primeira armada que passagem

Fizer por estas ondas insofridas,

Eu farei de improviso tal castigo

Que seja mor o dano que o perigo!”

Estrutura Interna

  • Situa-se no Plano da Viagem de “Os Lusíadas”
  • Pertence à Narração: Vasco da Gama relata a Viagem ao Rei de Melinde

Estrutura Externa

  • Canto V
  • Estâncias 42 e 43
  • Versos decassílábicos
  • Estrofes com oito versos
  • Esquema rimático: ABABABC

O Mostrengo  vs Adamastor

Sobre os perigos do mar, Pessoa e Camões imaginam duas figuras que representam a mesma essência perigosa de toda a aventura, do desejo de partir…

O Mostrengo

Figura ameaçadora e agressiva, sem traços de humanidade

O aumento da coragem do homem do leme, leva ao desaparecimento do Mostrengo o que permite a passagem das Naus.

Adamastor

Monstro dotado da capacidade de amar. É a palavra de Vasco da Gama e o amor que  nos libertam do Adamastor.

Ao recordar o desgosto de amor que lhe causara a bela Tétis, o Adamastor desaparece e dá passagem para o Oriente.

Conclusão:

0369



308 Visualizações 30/09/2019