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Ficha de Leitura da obra de Miguel Sousa Tavares, "No Teu Deserto", realizado no âmbito da disciplina de Português.
Nome do autor: Miguel Sousa Tavares
Título: No teu Deserto
Editor: Oficina do livro, 1ª edição
Local e data: Alfragide (Lisboa), 29 de Julho
Miguel Sousa Tavares nasceu a 25 de Junho de 1952 no Porto e é um jornalista e escritor português. Também exerceu advocacia antes de se dedicar ao jornalismo e à escrita. É filho da poetisa Sophia de Mello Bryner Andresen e do advogado Francisco Sousa Tavares.
É autor dos livros: “Equador” (sucesso da história editorial portuguesa, com 370.000 exemplares); “Rio das Flores”; “Não te deixarei Morrer, David Crockett”; “Sul” (livro sobre viagens); “Anos Perdidos”; “Um nómada no Óasis”; “Sahara e A republica da Areia”. Também publicou livros infantis: “O Planeta Branco” e o “Segredo do Rio”.
Actualmente, é cronista no jornal Expresso e em A Bola e na revista GQ, assim como comentador político na TVI.
“No Teu Deserto”, de Miguel Sousa Tavares, é, acima de tudo, um livro de homenagem, uma homenagem a uma pessoa conhecida em situações especiais e ao deserto. É ao mesmo tempo um livro de nostalgia, em relação a essa pessoa (que acaba por morrer) e ao deserto, de quem o autor não perdeu o contacto.
Neste “quase romance”, acompanha-se a descrição de uma viagem feita em Novembro de 1987 pelo narrador ao deserto do Sahara num jipe e na companhia de uma jovem – Cláudia – que só conheceu uns dias antes da partida. Acompanha-se a evolução da relação de dois desconhecidos, unidos pelo desejo de conhecer o deserto, e de como se adaptam um ou outro quando envolvidos num mundo quase desconhecido para ambos.
Este livro parece quase uma carta enviada à tal “Cláudia”, uma carta de despedida, uma homenagem, um agradecimento, pois também é escrita vinte anos depois da viagem em que o autor recupera as lembranças e os detalhes daqueles dias passados no Norte de África, com uma jovem mulher.
Este “quase romance” relata passo por passo como o autor se sente em relação as vivencias e às situações que lhe vão surgindo enquanto dura a sua viagem no deserto…
No fim do livro Miguel Sousa Tavares refere que “Cláudia” tinha falecido e que infelizmente este a deixara escapar…
«Talvez tivesse medo de estragar a lembrança desses longínquos dias, medo de mover, para melhor expor as coisas, essa fina camada de pó onde repousa, apenas adormecida, a memória dos dias felizes.»
«Éramos donos do que víamos: até onde o olhar alcançava, era tudo nosso. E tínhamos um deserto inteiro para olhar.»
«Na verdade, o deserto não existe: se tudo à sua volta deixa de existir e de ter sentido, só resta o nada. E o nada é o nada: conforme se olha, é a ausência de tudo, ou, pelo contrário, o absoluto.»
É um pequeno livro (com 128 páginas), fácil de ler.
Trata-se de um romance, ou melhor, de um quase romance, tal como o classifica Miguel de Sousa Tavares.
É uma história extremamente agradável e profunda que retrata principalmente a maneira de como hoje vivemos.
Recomendo este livro pelo facto de nos poder ensinar a viver e a ver o mundo de uma maneira um pouco diferente da habitual.
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