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Trabalho escolar sobre o consumo e as sua várias vertentes, realizado no âmbito da disciplina de Economia (10º ano de escolaridade)...
Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Economia. O tema deste trabalho centra-se numa temática muito importante da actualidade mundial – o consumo. Pretendo dar a conhecer e explicar as várias vertentes do consumo, os direitos e os deveres dos consumidores, como o consumo pode ser prejudicial para o planeta...
Necessidade é um estado de carência que exige ser ultrapassado ou satisfeito.
Segundo o PNUD no relatório de 1998 sobre consumo, é urgente “mudar os padrões de consumo para o desenvolvimento humano do futuro”. E explica em números simples esta urgência em mudar de estilo de vida: Os 20% da população mundial que são mais ricos consomem 45% da carne e do peixe, enquanto os mais pobres (também 20%) consomem menos de 5%. Os primeiros consomem 58% da energia total, enquanto os segundos consomem menos de 4%. E por aí fora, num panorama geral que se pode reduzir a uma conta simples: estes 20% da população mundial mais ricos, gastam 75% dos recursos naturais do planeta. E tudo piorou nos 8 anos desde que foi feito este relatório do PNUD , seja em Portugal, como na América Latina (em termos de assimetrias sociais), ou na Índia e China (onde o crescimento económico parece melhorar o PIB - Produto Interno Bruto -, mas as desigualdades não são dissipadas e o ambiente é constantemente violentado.
Claro que esta distribuição desigual do rendimento se traduz em exclusão social, quando o sistema de valores das nossas sociedades valoriza 14 o que se possui – e a exclusão social toma formas cada vez mais graves conforme falamos de países mais ricos ou mais pobres. Se um adolescente português sente vergonha por não possuir uns ténis de marca, já uma jovem das zonas rurais da Índia fica privada de casar se não tem dote – e tudo passa para o domínio do impensável quando neste preciso minuto dezenas de crianças nas regiões mais empobrecidas de África não têm sequer alimentos ou medicamentos suficientes para sobreviver.
O que não podemos esquecer é que vivemos no mesmo planeta: a sobrevivência da espécie humana vai, a curto prazo, estar pendente da capacidade de sabermos redistribuir a riqueza e de travar a destruição da nossa ecosfera. O PNUD aponta que “o crescimento do consumo no séc. XX, sem precedentes em termos de escala e diversidade, foi mal distribuído, deixando um rastro de falhas e um abismo de desigualdades”.
E adianta ainda que “a maior causa de deterioração contínua do meio ambiente global é o insustentável modelo de produção e consumo dos países industrializados, bem como a degradação ambiental associada à pobreza dos países em desenvolvimento3” - e “o dano ambiental provocado pelo consumo mundial recai mais severamente sobre os mais pobres” (PNUD, 1998).
Por isto tudo, é em nós, consumidores, que recai uma grande responsabilidade nesta situação. Mas também a capacidade de a modificar.”
Consumo Responsável, Cores do Globo e Sandra Oliveira
São necessários bens materiais e imateriais que permitem saciar o estado de carência que os indivíduos sentem. Para que tal aconteça, é necessário consumir esses bens e/ou serviços.
Existe uma relação entre uma necessidade e a sua satisfação, e esta assenta no consumo.
O acto de consumir é um direito que traz obrigações e responsabilidades económicas, sociais, políticas e ambientais. Este pode ainda ser encarado segundo dois pontos de vista: o económico e o social.
O consumo representa um acto económico, pois, ao satisfazermos determinadas necessidades, em vez de outras, e ao consumir bens e serviços, estamos a efectuar escolhas com implicações em toda a economia. Ao consumirmos estamos a dar ordens de produção às empresas que produzem os bens procurados. A procura é indispensável à produção, ou seja, o consumidor é um elemento fundamental na dinamização da actividade económica.
O consumo é também um acto social, pois, ao consumirmos estamos a originar consequências que podem ser ou não benéficas para nós e para a sociedade. Se ao procurarmos bens para consumo que sejam prejudiciais à nossa saúde, produzido segundo tecnologias poluentes, feitos à base de trabalho infantil, ou em países não respeitantes dos direitos dos seus cidadãos, etc, estaremos a contribuir para a degradação do meio ambiente e a dar o nosso consentimento à continuação da exploração dos seres humanos. Ao consumirmos estamos a dar origem a um processo de grande responsabilidade.
Os indivíduos utilizam bens indispensáveis à sua sobrevivência, como os alimentos, o vestuário, a habitação, a educação, os transportes, etc. A necessidade do consumo destes bens e serviços permite-nos classificá-los como consumos essenciais. Mesmo depois de satisfeitas as necessidades essenciais, os indivíduos continuam, muitas vezes, a consumir, ou seja, acontece com a ingestão de alimentos para além do necessário. Isto acontece com o consumo de produtos de que não necessitamos, como os cosméticos, as bijutarias, etc. Os consumos destinados à satisfação de necessidades terciárias são considerados consumos supérfluos.
Outra forma de distinguir os tipos de consumo fixa-se com o autor do acto de consumir. Se o consumo for protagonizado por cada um de nós, particulares, esse consumo toma a designação de consumo privado. Mas, se for executado por um organismo público ou estatal, será designado por consumo público.
Outra maneira de classificar o consumo baseia-se no beneficiário do consumo. No caso de se tratar do consumo de cada um de nós (individualmente), teremos o conceito de consumo individual. Neste caso, o consumo só pode ser realizado por um indivíduo impedindo o consumo da parte de outros.
Se considerarmos o conjunto de serviços gratuitos ou fornecidos a preços simbólicos, de que toda a colectividade usufrui por acção da Administração Pública ou das administrações privadas, teremos o consumo colectivo. Estes serviços são consumidos por um grande número de pessoas.
Existe ainda uma distinção do consumo que se baseia na finalidade do mesmo. As pessoas e as famílias consomem bens de consumo final pois, são bens que vão ser utilizados directamente e que não vão ser alvo de mais transformações. Já as empresas adquirem os bens para os transformar em bens de consumo final. A esta situação dá-se o nome de consumo intermédio. À excepção dos investimentos em equipamento, todos os consumos das empresas são consumos intermédios.
Padrões de consumo são modelos específicos a que o consumo obedece, consoante a época, a localização geográfica, a cultura dos povos, o rendimento das famílias, entre outros.
Ao procurar adquirir certos bens e serviços, os consumidores expressam as necessidades que sentem; são eles que determinam o que de futuro se irá produzir, pois é necessário analisar o comportamento dos consumidores.
São muitos os factores que influenciam esse comportamento.
Para a obtenção de um bem ou serviço, o consumidor tem de desembolsar recursos, geralmente monetários. Por consequência, o rendimento dos consumidores e o nível de preços dos bens influenciam o consumo. A inovação tecnológica de natureza económica também influencia o consumo
O consumo é função do rendimento Isto, significa que, uma alteração no nível de rendimentos dos consumidores reflecte-se, directamente, no nível do consumo por estes realizado.
Em termos económicos não é de estranhar que, perante produtos semelhantes, consumamos aquele que apresente uma melhor relação preço/qualidade. A questão do consumo liga-se claramente ao preço dos bens.
A inovação no domínio tecnológico é um elemento essencial na produção industrial. Esta produz efeitos:
Outros factores de natureza económica podem influenciar o comportamento do consumidor. É o caso do crédito bancário. O crédito é um adiantamento que os bancos concedem aos seus clientes mediante o pagamento de um juro, para que este adquira os bens de que necessita e para os quais não tem dinheiro disponível no momento.
Contudo, sendo o consumo um acto de responsabilidade pessoal e social, é preciso exercer este comportamento de uma forma racional, de modo a evitar o endividamento excessivo.
São inúmeros os factores extra-económicos que influenciam os consumos. Acontece, por exemplo, com a moda, a publicidade, as técnicas de venda, o meio social, a tradição, a idade dos consumidores…
Moda, publicidade, técnicas de venda são factores de natureza sociocultural que, se reflectem no acto de consumir. Estes dão ao consumidor o conhecimento dos produtos existentes e a informação sobre a sua qualidade, ajudando-o a escolher.
Estrutura de consumo é a forma como as despesas de consumo das famílias são repartidas pelos diferentes grupos de bens. O rendimento é um dos factores que condiciona o consumo. Apesar da sua importância, o nível de rendimentos não afecta de igual forma o consumo dos diversos tipos de bens.
De acordo com esta lei, quanto menor for o rendimento de uma família, mais elevada é a proporção do rendimento gasto em despesas de alimentação. Se questionarmos uma certa população sobre os rendimentos que recebem anualmente e sobre a forma como os gastam, as respostas irão permitir-nos elaborar um quadro.
Coeficiente orçamental representa a percentagem de uma classe de despesas de consumo em relação ao total das despesas de uma família ou agrupamento social.
A sociedade de consumo é:
Esta nasce na sequência da expansão da industrialização. É sobretudo em meados do séc. XX que é mais fácil produzir que vender. As empresas precisam de criar necessidades adicionais aos consumidores para que estes, através do seu consumo, consigam escoar os excessos de produção.
O consumo de massas é um dos comportamentos característicos da sociedade de consumo que se manifesta por um consumo massificado de bens normalizados de curta duração e acessíveis à maioria das populações. Este leva o consumidor aos produtos de «hoje», visto que o consumo é uma forma de integração social. Actualmente, consome-se o que está na moda para se ser aceite na sociedade. É a era do usar e deitar fora, onde o conceito de necessidade se modificou.
Exemplo da produção massificada na indústria automóvel
O consumismo é um conjunto dos comportamentos e atitudes susceptíveis de conduzir a um consumo sem critérios, compulsivo, irresponsável e perigoso.
As inovações tecnológicas, o relativo baixo custo de produção dos novos bens, as novas funções dos produtos, a sua apresentação, as condições e as pressões para o consumo são os factores que levam muitas vezes a que o consumo seja impulsivo, desnecessário e irracional.
A maioria da população é afectada pelos mecanismos da sociedade de consumismo. Assim, a educação e a informação dos consumidores são fundamentais, para que estes possam fazer escolhas racionais e, ao mesmo tempo, tomem consciência da sua importância enquanto agrupamento social. Os consumidores começaram, então, a organizar-se criando associações que desenvolvessem meios de acção e de informação, com o objectivo de fazer reconhecer os seus direitos e melhorar a qualidade de vida. Este fenómeno designa-se por consumerismo. O consumerismo procura:
Uma classificação importante dos recursos naturais é a que distingue os recursos renováveis dos não renováveis. Actualmente, por causa dos aumentos que se têm vindo a verificar na produção, com o consequente aumento de consumo de recursos naturais, na sua maior parte não renováveis, os efeitos são depois bem visíveis na Natureza. Torna-se assim necessário equacionar o problema da escassez de recursos.
Desde o uso inteligente dos materiais ou combustíveis, às regras de utilização de produtos agressivos para o meio ambiente e para as pessoas com incentivo ao uso de alternativas. Exigir o respeito pelos espaços públicos e pelos espaços verdes, uma separação e rentabilização dos resíduos domésticos; privilegiar a compra de materiais reciclados e que reduzam a quantidade de embalagens; incentivos à produção, compra e reciclagem de equipamentos domésticos que poupam energia.
Neste trabalho pretendi dar a conhecer as noções dos vários tipos de consumo, por quem são efectuados, o que é o consumo responsável e sustentável…
A realização deste trabalho foi importante pois, adquiri conhecimentos sobre o consumo que não fazia ideia que existiam. No final dei conta que estamos a entrar numa era em que os mais prejudicados vão ser o nosso planeta e consequentemente nós.
Economia A bloco 1, Maria João Pais, Maria da Luz Oliveira, Maria Manuela Góis e Belmiro Gil Cabrito, Texto Editores, 2007