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Ficha de Leitura sobre a obra «O Guarda da Praia» da autoria de Maria Teresa Maia Gonzalez, realizada no âmbito da disciplina de Português (10º ano)...
Nome da autora: Maria Teresa Maia Gonzalez
Título: O Guarda da Praia
Editor: Editorial Verbo, 1ª edição.
Local e data: Lisboa, Fevereiro de 1996.
Maria Teresa Maia Gonzalez nasceu em Coimbra, em 1958. É uma das mais prestigiadas autoras portuguesas de livros dedicados a crianças e jovens adolescentes. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Franceses e Ingleses, pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Foi professora de Língua Portuguesa de 1982 a 1997 e os seus livros têm particularidade de reflectirem assuntos relacionados com a juventude e os seus problemas revelam uma grande sensibilidade e actualidade em relação aos mesmos.
Outras obras da autora: A Fonte Dos Segredos, Gaspar & Mariana, A Lua de Joana.
Ele é o guarda da praia, ela a invasora...
Aquela praia era dele. Conhecia o mar, as rochas, os pescadores e toda a sua vida. Gostava de ir e vir da escola, ficar lá, nem por isso... Energético e audaz, talvez seja as características que melhor o descrevem. Vive com a avó e os amigos, eram os animais marinhos.
Ela é uma escritora solitária, que vai para uma praia sossegada, à procura de calma e inspiração para o seu novo romance...
Logo no segundo dia, é surpreendida pelo Dunas (o rapaz), um estranho interessado em saber se ela ia ficar por muito tempo. Ela não entendeu e achou-o inconveniente, mas depressa iria mudar de opinião. Iria simpatizar com aquele “bicho do mar”, que lhe dizia quando ela provava deliciosas amêijoas, que não o deveria fazer, porque ele nunca seria capaz de matar os seus amigos. Dizia-lhe para não escrever sobre a tal mulher sozinha que vivia num prédio alto de uma cidade escura, mas sim sobre o mar...
Aparecia quando queria, desaparecia inesperadamente, e quando voltava era decisão da lua, das estrelas ou talvez das marés, porque nunca se sabia exactamente o que se podia esperar dele. Apesar de ter “muita lata”, conhece-lo verdadeiramente era difícil... De onde ele vinha? Com quem ele estava? Eram perguntas que começavam a assaltar a jovem escritora... E à medida que o tempo foi passando conseguiu as respostas.
Conseguiu respostas e muito mais, e quando acabou o livro, doeu ter que regressar ao prédio alto na cidade escura, onde não havia um Dunas a invadir a casa, quando menos esperava, a dizer tudo o que tinha a dizer... Dunas tinha-lhe dito que a morte que doía, era quando pessoas que gostávamos se iam embora, e ela entendeu-o. Então por isso decidiu voltar, no Verão seguinte, para poder mergulhar sem medo, no imenso mar que com ele conhecera e juntos contarem tudo o que havia de novo e reviverem bons tempos. Mas o Dunas, já não estava. Tinha ido embora, para bem longe, mas prometera voltar para lhe contar tudo e ler o seu livro. No entanto, nunca era certo se ele iria voltar...
“O Dunas não parava de dar-me lições e eu, bicho urbano e individualista, tinha muito que aprender. Ele era, tive a certeza naquele momento, a pessoa indicada para me ensinar as coisas mais importantes da vida; as coisas que eu desaprendera com o passar dos anos e com a falta de solidariedade tão comum entre os que vivem nas grandes cidades.” (página 97)
“O mar chamou-me bem perto dos pés. Olhei em frente até me perder na linha azul ao fundo, à procura do Sol que se escondera. Definitivamente.” (página 114)
Este livro é interessante pois mostra, de uma maneira simples que a vida tem bons momentos, mas que infelizmente, como tudo na vida, eles têm um fim. É um livro em que logo nas primeiras páginas, ficamos muito curiosos em saber tudo o que este livro nos conta. E é um livro que dá que pensar e reflectir sobre tudo o que acontece à nossa volta.
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