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Trabalho escolar sobre o episódio "Jantar no Hotel Central" de Os Maias, realizado no âmbito da disciplina de Português (11º ano).
O Hotel Central é o cenário fulcral para o enredo da obra Os Maias, de Eça de Queirós. Este local, reveste-se de especial interesse por ser onde Carlos vê Maria Eduarda pela primeira vez e por ser aí que se realiza o Jantar, preparado por Ega, em honra de Cohen, marido da amante de Ega. O ambiente do jantar torna-se pesado pelas críticas feitas à situação política e financeira da altura e pela disputa entre Ega e Alencar, o primeiro defende os princípios doutrinais literários do Naturalismo e o segundo do Romantismo.
Com este episódio da crónica de costumes, “O Jantar no Hotel Central”, o autor demonstra a incoerência cultural do povo português e a decadência do país, recorrendo, pela voz de João da Ega (seu alter ego), à bancarrota e à invasão espanhola como determinantes da agitação revolucionária pois só assim haveria um reconhecimento da situação em que se encontrava a nação e se faria algo para deter o clima decadente que se vivia em Portugal, que na opinião de Ega correspondia ao afastamento total da Monarquia e à instalação da República.
A crítica feita por Carlos à população, reforça a incoerência desta como o principal factor condicionante do estado da nação. O comentário: “Esse mundo de fadistas, de faias, parecia a Carlos merecer um estudo, um romance...” é reforçado com o de Dâmaso, relativo à invasão espanhola, “Se as coisas chegassem a esse ponto, se se pusessem assim feias, eu cá, à cautela, ia-me raspando para Paris...”. O antedito denota a cobardia, a falta de cultura e a falta de civismo que dominava a sociedade.