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Os valores - Análise e compreensão da experiência valorativa - NotaPositiva

O teu país

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Manuel Martins

Escola

[Escola não identificada]

Os valores – Análise e compreensão da experiência valorativa

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Resumo do trabalho

Resumo/Apontamentos sobre os valores - análise e compreensão da experiência valorativa, realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (10º ano).


Análise e Compreensão da experiência valorativa

Experiência valorativa, ou valorar, é a atribuição de um determinado valor, ou importância face a um objecto, pessoa, situação, etc. Apenas é possível que se dê o acto de valorar aquando a passagem do homem pelo mundo, isto que dizer que, não se pode valorar uma determinada coisa se ainda não a vimos, ouvimos nem sentimos. É imprescindível então, o contacto, para que o sujeito possa valorar.

Os valores, pode-se dizer que é o significado/importância que se dá a um dado objecto, pessoa ou situação, sendo esta, diferente de pessoa para pessoa, atendendo à sua personalidade, costumes e religião.

Ex. Dá-se a escolher um bolo e um telemóvel a um rapaz em África e a um europeu. Lógico que não se trata de um dilema, face às carências e preferências de cada um.

Existem vários tipos de valores, podendo uns, ser mais valiosos que os outros, dependendo do sujeito. Podemos evidenciar valores:

  1. De bens de subsistência ou materiais (água, pão, vestuário, etc.)
  2. De valor sentimental que atribuímos a um dado objecto (anel de noivado)
  3. Em termo de beleza (pessoa, pintura, paisagem)
  4. Das relações que mantemos (amizade, respeito)
  5. O valor da vida humana

A importância dos valores

A principal importância dos valores, que está inerente à experiência valorativa, é que o homem não consegue viver, sem valorar. Ou seja, a existência dos valores impossibilita a indiferença face a objectos, pessoas, ou situações.

Juízos de facto ≠ Juízos de valor

Juízos de facto

Juízos de valor

. Afirmações/proposições que pretendem descrever a realidade

. São claros e objectivos, isto é, não dependem da preferência ou apreciação do sujeito

. São empiricamente verificáveis e/ou comprovados

. Podem ser verdadeiros ou falsos

 

. Expressões que pretendem avaliar a realidade

. São subjectivos, ou seja, da apreciação e valoração do sujeito

. Não são empiricamente verificáveis

. Não são falsos nem verdadeiros

. Muitas vezes não são consensuais; visto que pode haver a diferença de opiniões, face à situação de cada um (ambiente, religião).

Vejamos um exemplo:

Dizer que uma chuva de estrelas é um fenómeno natural é um juízo de facto, visto que se trata de um acontecimento que está empiricamente comprovado que é provocado apenas pela natureza. No entanto, ao dizer que uma chuva de estrelas é um espectáculo lindíssimo já é um juízo de valor porque não pode ser classificado como verdadeiro ou falso nem se pode realizar nenhuma experiência que o comprove.

Tipos de valores

Os valores encontram-se colocados segundo uma ordem, proposta por Max Scheler, desde o mais valioso, até ao menos valioso. Este feito não se entra em concordância universal, porque o filósofo teve em conta os seus próprios valores.

A tábua de valores de Max Scheler:

1) Valores religiosos: santo/profano; divino/demoníaco;

2) Valores éticos ou morais: bom/mau; justo/injusto;

3) Valores estéticos: belo/feio; elegante/deselegante;

4) Valores lógicos: verdade/falsidade; evidente/provável;

5) Valores vitais: forte/fraco; são/enfermo;

6) Valores úteis: caro/barato; capaz/incapaz; adequado/inadequado.

Características dos valores

Polaridade – isto porque os valores apresentam-se em pólos opostos, como por exemplo, belo/feio, justo/injusto, belo/mau.

Diversidade – a diversidade é uma das características dos valores porque é possível evidenciar a sua pluralidade nos diferentes tipos de valores.

Hierarquização – os valores podem ser reconhecidos como mais importantes ou menos importantes, atendendo às carências e experiências de vida de cada um. Podem então ser escalonados por cada pessoa.

Subjectividade – pode-se dizer que os valores são subjectivos porque cada pessoa sente a necessidade de reajustar a sua escala de valores em função das suas experiências e necessidades. Dita-se então que os valores dependem de pessoa para pessoa.

Relatividade – os valores dizem-se relativos, no sentido de relativos ao homem, e às circunstâncias que nele actuam. Ou seja, um mesmo sujeito, estando num deserto sem quaisquer recursos ou em casa com acesso a água potável, o valor que ele daria à agua iria ser completamente diferente, isto porque actuou nele uma circunstância, neste caso espacial. Podemos evidenciar ainda, circunstâncias pessoais, sociais e culturais.

Acerca dos valores, pode-se dizer ainda que não podem ser adquiridos racionalmente, mas sim, afectiva e emocionalmente, e não são propriedades dos objectos, ou seja, não estão contidos neles.

Definição de valor

Apesar de várias tentativas, por parte de filósofos, de definir valor, nenhuma delas é universalmente aceite, isto porque surgem perguntas às quais sobrevêm distintas respostas. Dentro das perguntas mais colocadas, destaca-se a que questiona se os valores serão objectivos ou subjectivos.

É a propósito dessa questão que Johannes Hessen publicou a obra, Filosofia dos Valores, que apresentou uma síntese de três perspectivas distintas de encarar o valor: valor como uma vivência, como qualidade ou como ideia. A cada perspectiva encontra-se associada uma vertente filosófica diferente, apresentando cada uma delas, a sua definição de valor.

O Psicologismo é a vertente filosófica que encara o valor como uma vivência pessoal. De acordo com esta posição, os valores são subjectivos, isto significa que estes estão totalmente dependentes do sujeito. Assim, esta posição filosófica defende que os objectos não são desejados pelo seu valor ou por alguma qualidade específica, mas sim pelo significado que cada pessoa lhe atribui.

Outra perspectiva filosófica que se aproxima do Psicologismo, é o Emotivismo. Esta teoria, desenvolvida por Charles Leslie Stevenson defende que os juízos de valor são, nem mais nem menos, que a exteriorização dos nossos sentimentos ou emoções, e que assim, não podem ser avaliados segundo a verdade ou a falsidade, distinguindo-os assim, dos juízos de facto, sobre os quais se pode reflectir criticamente.

Ao defender a subjectividade dos valores, estas perspectivas defrontam algumas dificuldades: a primeira baseia-se na impossibilidade de aclarar a permanência dos valores na vida dos homens; uma segunda, que está relacionada com a primeira, é pelo facto de assim se inviabilizar a possibilidade de os diferentes indivíduos se entenderem acerca dos valores que aprovam. Assim, poderá colocar-se a seguinte questão, “Se os valores são totalmente subjectivos, como posso, por exemplo, provar a um defensor da pena de morte que ela corresponde a uma prática injusta?”

A perspectiva filosófica que encara o valor como uma qualidade é o Naturalismo. Esta posição, defende a existência dos valores como qualidades das coisas, ou seja, que estes são objectivos. Assim, segundo esta vertente filosófica, dita-se que, por exemplo, a beleza de uma pessoa encontra-se nela mesmo, e que cabe ao homem descobri-la.

Segundo esta teoria, não é possível fazer a distinção entre um juízo de facto e um juízo de valor. Um exemplo, um sujeito afirma que uma determinada pintura é bela; adoptando a vertente filosófica do naturalismo, que diz que os valores encontram-se nos objectos, seria possível classificar a afirmação do sujeito como verdadeira ou falsa, dependendo dos valores que a pintura contivesse. Desta maneira erradicavam-se os juízos de valor, passando estes, a juízos de facto, podendo estes, serem sempre classificados como verdadeiros ou falsos.

Esta perspectiva filosófica, tal como a anterior, depara-se com algumas dificuldades. Partindo do pressuposto que os valores são objectivos, esta vertente vê-se impossibilitada de explicar o contraste das opiniões dos indivíduos a propósito dos valores. Por exemplo, “se os valores são objectivos, por que será que nem todos encontramos a beleza numa mesma obra de arte?”

A vertente filosófica que encara o valor como uma ideia é o Ontologismo. Desta perspectiva, os valores existem em si mesmo, e são assim, independentes dos objectos reais, do espaço e do tempo em que nos encontramos. Pode-se dizer então, que os objectos estão dependentes dos valores para se tornarem valiosos ou não. Deste ponto de vista, os valores são imateriais, intemporais e imutáveis.

Considerando Platão o representante mais antigo desta vertente filosófica, pode-se dizer que, para perceber o bem de uma acção, é necessário procurar as verdadeiras essências do bem, que se mantêm inalteráveis ao longo dos anos. Assim, esta perspectiva, dita que os valores não dependem do sujeito, nem existem em função dele. No entanto, também não é necessária qualquer relação com os objectos, já que os valores existem como um mundo à parte.

Ao se considerar os valores como essências absolutas, independentes do sujeito, do espaço e do tempo em que se situam, surge um obstáculo na fundamentação da perspectiva. Será possível a existência de um mundo dos valores separado do mundo real e humano?

Conclusão:

Como se constatou, as diferentes vertentes filosóficas, encontram-se a favor ou da subjectividade ou da objectividade dos valores. Qualquer uma delas se depara com obstáculos, porque todas são, como afirmou Johannes Hessen, exclusivistas e unilaterais.

Na tentativa de garantir uma saída para o problema, capaz de ultrapassar a oposição entre subjectivismo e objectivismo, Adolfo Sánchez Vázquez aponta uma série de características ou, como lhe chama, traços essenciais dos valores:

Os valores não são entidades ideais ou irreais.

Uma vez que os valores não constituem um mundo à parte, estes são apenas propriedades dos objectos.

Esses valores apenas se podem exteriorizar através das propriedades reais (naturais ou físicas) que constituem o objecto. Ex: Aquele caderno cor-de-laranja é mesmo giro. Teve de se basear no facto do caderno ser cor-de-laranja.

As propriedades reais que sustentam o valor só são valiosas potencialmente. Para estas se converterem em propriedades valiosas efectivas, é indispensável que o objecto se encontre em relação com o homem, com os seus interesses e necessidades.

O problema da natureza dos valores

“Os valores são coisas ou ideias?”

Objectividade: Os valores são objectivos; encontram-se nos objectos; podem, ser reconhecidos como qualquer outro facto. Subjectividade: Os valores são subjectivos; dependem do sujeito

“Os valores existem em si mesmo ou só existem no sujeito?”

Absolutividade: Os valores são absolutos, isto é, não dependem de nada, nem do sujeito, nem do objecto, valem por si mesmos. Relatividade: Os valores são relativos porque dependem da valoração do sujeito.  

“Os valores são imutáveis ou evoluem com o tempo?”

Perenidade:

Os valores são intemporais, não sofrem alterações nem acompanham a história antropológica.

Historicidade:

Os valores acompanham o tempo; sofrem alterações em função da história da humanidade.

 

Vejamos agora a relação existente entre estes conceitos:

Se uma pessoa, defensora da objectividade dos valores, que considera uma mulher bela, está, indirectamente, a apoiar a absolutividade pois, se se aceita que a beleza se encontra na mulher, todos a acharão bela. Deste modo, possuindo a mulher o valor da beleza, esta permanecerá bela ao longo tempo, (perenidade).

Por outro lado, um indivíduo que considere uma acção injusta, e sendo defensor da subjectividade dos valores, está a admitir que os valores estão dependentes do sujeito, variando então, consoante o mesmo, (relatividade). Isso significa, indirectamente que estes vão sofrer alterações ao longo do tempo, acompanhando a evolução do homem, (historicidade).

Pode-se concluir então, que ao apoiar qualquer um dos conceitos mencionados, estar-se-á também a apoiar, indirectamente outros dois conceitos que lhes estão associados.

Diferentes critérios valorativos

Quando um determinado sujeito hierarquiza os seus valores, ele baseia-se sempre em algo, relacionado com vivências pessoais, necessidades ou contexto social e cultural. As nossas valorações, não são, portanto, aleatórias, fazem-se mediante critérios. Pode-se entender por critério valorativo, uma condição que serve de base à valoração e que permite distinguir as coisas valiosas das não valiosas e discernir, de entre as valiosas, as que são mais importantes das que são menos.

Podem-se considerar diferentes tipos de critérios. Estes exercem-se ao nível:

  • Pessoal – inerentes à esfera íntima de cada sujeito. Ex: gostar mais do verão do que o inverno
  • Social – se consideramos o sujeito como um ser que habita uma sociedade, este é influenciado pelos seus costumes, tradições e padrões. Ex: apesar de eu não gostar de andar de chapéu, ando só porque está na moda.
  • Universal – se reconhecermos o sujeito como um cidadão do planeta, este é influenciado por acções que uma pessoa responsável deve fazer, como, proteger o ambiente, e ter em conta a sustentabilidade da Terra. Ex: Apesar de ser mais rápido andar de carro, vou a pé para não poluir o ambiente.

Critérios transubjectivos

São critérios que ultrapassam as barreiras do individual e colectivo. São eles:

  • A Humanidade – este critério está inerente ao respeito pela dignidade humana, e pode ainda ser entendido como um conjunto de direitos fundamentais, sendo, a sua efectivação, a declaração dos Direitos Humanos.
  • O Diálogo – o diálogo entre culturas, indivíduos, ou comunidades, é considerado como um meio de humanização por excelência. Através do diálogo, evitam-se guerras e revoluções, discutindo aquilo que é desejável e indesejável para cada uma das vertentes
  • A Vida no Planeta – este critério está relacionado com questões ambientais, ao respeito pela vida de todos os seres, e também da sustentabilidade da Terra. Este critério valoriza, portanto, o que fazemos para preservar a natureza, e reprova aquilo que fazemos para a destruir.



280 Visualizações 10/10/2019