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Recurso: Algo que se encontra disponível na Terra e que pode ser usado em benefício do Homem.
Reserva:
Recurso geológico: todo o tipo de materiais, ou formas de energia associadas, que integram a geosfera, de natureza sólida (ex.: carvão), líquida (ex.: petróleo) ou gasosa (ex.: gás natural), com importância para a atividade humana
A exploração crescente dos recursos geológicos, resultante do crescimento demográfico e da industrialização, bem como de técnicas de exploração cada vez mais eficientes, poderá conduzir a um rápido esgotamento das reservas disponíveis.
Que medidas podem ser implementadas de modo a compensar o consumo excessivo de recursos não-renováveis?
Uma alternativa à grande utilização de recursos não renováveis pode passar pela reciclagem dos materiais que usamos no nosso dia a dia e em cuja composição entram esses recursos.
O desenvolvimento tecnológico levou a uma procura intensiva de combustíveis fósseis:
Consequências da utilização de combustíveis fósseis:
As perspetivas de esgotamento, associadas ao aumento do preço destes combustíveis, têm levado à exploração de alternativas energéticas.
A energia nuclear resulta na produção de enormes quantidades de calor a partir do uso controlado da cisão dos átomos de urânio ou plutónio em centrais nucleares.
NOTA: A radioatividade resulta da possibilidade de certos elementos químicos ao desintegrarem-se, emitirem radiação com libertação de energia.
Os problemas prendem-se, sobretudo, com a natureza radioativa dos resíduos produzidos nas centrais. Essa radioatividade é potencialmente perigosa para todos os seres vivos, pelo que os eventuais acidentes que aí possam ocorrer, bem como os resíduos produzidos por aquelas unidades, representam riscos ambientais consideráveis.
A energia geotérmica consiste na utilização do calor da Terra, sobretudo em locais onde o gradiente geotérmico apresenta valores elevados.
De entre as formas de energia apresentadas, a energia geotérmica é a que acarreta menores riscos ambientais. No entanto, está também associada a alguns problemas, como:
Nas 2 energias, o calor é utilizado para o aquecimento de água que, após vaporização, movimenta turbinas, onde se produz energia elétrica.
No caso da energia geotérmica de baixa entalpia, cuja temperatura dos fluidos é inferior a 150 °C, pode ser utilizado no aquecimento de infraestruturas, como balneários e termas.
Sob a designação de recursos minerais encontra-se uma grande diversidade de materiais terrestres, onde se incluem os metais bem como as rochas e minerais utilizados nas mais variadas aplicações.
Os elementos metálicos encontram-se dispersos nas rochas da crosta, em concentrações relativamente pequenas, geralmente expressas em partes por milhão (ppm) ou gramas por tonelada (g/t). Nos locais onde a concentração de certo mineral ultrapassa razoavelmente a média de distribuição na crosta (clarke), considera-se a existência de um jazigo mineral.
Minério: material rochoso que contém elementos de interesse económico, e que, por isso, é separado para posterior tratamento;
Ganga: material que durante o processo de mineração é rejeitado; material sem valor económico que muitas vezes é depositado à superfície em escombreiras, perto dos locais de exploração (minas).
Estas acumulações são capazes de gerar, por vezes, situações com impacte ambiental muito negativo:
As rochas utilizadas na construção são um bom exemplo de um recurso mineral com importância económica significativa em Portugal. No que diz respeito às rochas consolidadas, de entre as características desejáveis quer para construção quer para ornamentação, destacam-se:
No decurso do ciclo hidrológico, uma parte significativa da água precipitada sobre a superfície continental inicia um trajeto de infiltração fundamental (água meteórica) para a alimentação dos aquíferos que constituem recursos hídricos fundamentais, sobretudo nos locais onde as quantidades de água doce superficial são escassas.
Trata-se de uma água que exige pouco tratamento antes de ser utilizada, uma vez que foi filtrada pelas rochas durante o processo de infiltração, o que melhorou a sua qualidade.
O armazenamento e a circulação de água num aquífero são tanto mais facilitados quanto maior for a porosidade e permeabilidade das rochas que o integram. A permeabilidade de uma rocha traduz a maior ou menor facilidade com que a rocha se deixa atravessar pela água e será tanto maior quanto maior for a porosidade da rocha, ou seja, quanto maior for o volume dos espaços vazios existentes relativamente ao volume total da rocha.
Num aquífero, é possível considerar, num alinhamento vertical, duas zonas constituintes:
Atendendo às características e à localização dos aquíferos, é possível classificá-los em aquíferos livres ou aquíferos cativos.
O aquífero livre apresenta maior suscetibilidade a alterações na qualidade da água subterrânea pois neste reservatório a recarga é feita através das camadas superficiais
A maior dificuldade de circulação da água nos aquíferos cativos, que resulta num maior tempo de permanência, favorece a dissolução de alguns constituintes das rochas, provocando o aumento do teor em sais da água. Este fenómeno origina um aumento da dureza da água, sobretudo devido à presença de sais de cálcio e magnésio.
Apesar do seu caracter renovável, a água subterrânea é um recurso natural cada vez mais escasso atendendo não só a deterioração da sua qualidade como também à sua sobre-exploração Apesar de haver condições naturais que conferem à água características que a tornam imprópria para várias utilizações, as ameaças à qualidade e quantidade da água nos aquíferos resultam, principalmente, da atividade humana, como sejam:
A utilização de fertilizantes químicos (ex.: nitratos e fosfatos) e pesticidas (ex.: atrazina) na agricultura intensiva, que se dissolvem na água da chuva que se infiltra nos solos;