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Trabalho sobre a religião e os valores religiosos, realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (10º ano de escolaridade).
A filosofia da religião consiste no estudo filosófico dos conceitos e afirmações religiosas. Apesar da enorme quantidade de religiões com diferentes cultos, mitos e práticas. As religiões mais abordadas hoje em dia são as ocidentais- judaísmo, cristianismo e islamismo – pelo facto de que estas fornecem-nos visões complexas acerca do modo como o mundo e o Universo se comportam, em oposição com o que se passa nas religiões orientais – budismo, hinduísmo – que se preocupam mais com as formas de conduta e de viver. O fundamental, independentemente da religião de cada um, é saber se a visão religiosa do Universo é ou não verdadeira. Comum às religiões ocidentais é a crença na existência de Deus. Deus é caracterizado como uma pessoa sem forma e imortal, moralmente perfeita, que é toda poderosa (omnipotente), que sabe tudo (omnisciente) e que está em todo o lado (omnipresente). Diz-se que este Deus é teísta, sendo teísmo a crença na sua existência.
Existem alguns paradoxos relativamente à coerência do conceito da existência de Deus. O culto a Deus é geralmente realizado em locais ditos sagrados, como igrejas, mesquitas ou templos. Mas se Deus é omnipresente, porque são estas rezas realizadas em lugares específicos?
Outro facto que nos suscita curiosidade, é o de se deus é omnipotente e omnipresente porque razão ajuda tudo e todos a qualquer altura e a qualquer momento? E se é omnisciente, então sabe tudo. E se sabe tudo, então sabe o que vamos fazer. Mas se sabe o que vamos fazer, todas as nossas acções já estão predestinadas. Logo, é-nos retirado o poder de escolha e decisão. E sem esse poder, não somos livres. A existência de Deus é, então, compatível com a liberdade?
Todas estas questões irão ser abordadas neste trabalho de modo racional, apresentando opiniões bem fundamentadas.
O budismo formou-se no Nordeste da Índia num período em que existiam várias alterações económicas, sociais e políticas nesta região do mundo.
Esta religião baseia-se nos valores morais de Siddhartha Gautama ou Buda histórico.
Hoje o budismo encontra-se em quase todos os países do mundo e conta com cerca de 376 milhões de seguidores.
Para seguir a religião budista há que respeitar certos ensinamentos básicos como evitar fazer o mal, fazer sempre o bem e cultivar a própria mente. A moral budista é baseada nos princípios de preservação da vida e moderação, ou seja, o treino mental foca a moralidade, a concentração meditativa e a sabedoria.
O Cristianismo é uma religião monoteísta, ou seja, os crentes acreditam numa só divindade e é baseado na crença em Jesus Cristo, que é a figura central desta religião. Os cristãos acreditam que Jesus é filho de Deus e que veio a Terra para libertar os seres humanos do pecado através da sua morte na cruz e da sua ressurreição, 3 dias depois da morte. O Cristianismo diferencia-se das restantes religiões por anunciar a salvação pela mediação redentora de Cristo.
Para a maioria dos cristãos, Jesus, é um ser humano, completamente divino. O cristianismo também é baseado em valores morais de Jesus, entre os quais o amor a Deus e ao próximo. Os cristãos acreditam que Jesus é a salvação e julgam que precisam de cumprir certas obras para obter a salvação e a vida eterna. Dando um exemplo, normalmente quando uma pessoa está numa situação de aperto tem logo a tendência para implorar a Jesus que a salve.
A “visão” que os cristãos têm sobre a vida depois da morte é, de uma maneira geral, a crença no céu e no inferno. Os cristãos acreditam que depois da morte, as pessoas vão para o céu ou inferno conforme os pecados que cometem em vida.
Javé, o deus único do Universo, estabeleceu uma aliança com um povo, os Hebreus. Libertou-os da escravidão em que tinham caído, dotou-os duma lei e deu-lhes uma terra para habitarem. Esta relação com o próprio deus constitui a essência do Hebraísmo.
Os hebreus são um povo nómada de origem semita, como os árabes. Por volta do séc. XVIII a.C., deslocaram-se da Mesopotâmia para o Egipto, onde viveram sujeitos ao rígido sistema de economia centralizada do Reino Egípcio. Entre 1250 e 1200 a.C., conseguiram escapar ao domínio egípcio, emigrando para a Palestina, terra que, segundo a tradição, Deus teria concedido como domínio aos hebreus. Os hebreus consideram-se, na verdade, o Povo Eleito de Deus, e a terra da Palestina o sinal tangível da sua aliança com Deus. Essa é mesmo a característica do Hebraísmo: basear-se não num profeta ou num salvador, mas num povo e na terra que Deus lhe prometeu.
A religião hebraica está marcada por um claro monoteísmo e em constante contraste e polémica contra as crenças de outras populações circundantes de Canaã, que envolvim o culto de vários deuses. O Hebraísmo tem uma característica particular, é uma religião monolática, ou seja, apesar de apenas praticarem culto a um só Deus, admitem que outros povos possam ter os seus Deuses particulares.
É portanto, uma religião mais “aberta” que as restantes por admitir tal facto.
Cristianismo - Hebraísmo
Teve origem na expressão religiosa mais antiga conhecida por Vedismo ( a religião do Veda). Os Vedas datam do início da civilização indiana e chegaram até hoje durante um período de 10000 anos há mais de cinco milénios.
Cerca de 13,7% da população é Hindu. A maior parte dos seguidores encontra-se na Índia.
O Hinduísmo remonta a mais de 3500 anos na bacia do Indu.
Está fundamentada nos 4 livros dos Vedas (conhecimento), colecção dos textos sagrados compostos de hinos e rites- Rgveda, Samaveda, Yajurveda e Artharvaveda.
Os Vedas contêm verdades eternas e a ordem que rege os seres e as coisas organizando-as em castas. Cada casta possui os seus próprios direitos e deveres espirituais e sociais. A posição do Homem é definida pelo Karma acumulando em vidas anteriores.
A casta ( classe social) á qual pertence cada individuo indica o seu lugar espiritual.
O objectivo de cada pessoa é atingir o moksa, ( libertação ou iluminação) a sua sabedoria do conhecimento de si e do Universo.
Não – Agressão
A não – agressão é um conceito relacionado com a necessidade de sobrevivência de ser humano com dignidade. Esta é a base integrante.
Sanatana Dharma
Velha forma de orientação de todas as actividades para o bem da sociedade e para alcançar o divino. Muitas das formas do Dharma remontam a antigas civilizações do sub continente existentes desde 2500 a.c. ou mesmo anteriormente. Algumas foram trazidas do sul da Rússia. Outras são práticas de devoção desenvolvidas durante o século 7 d.c.
A religião pode ser definida como um conjunto de crenças e práticas, relativas a certos sentimentos manifestados perante o divino por uma dada comunidade de crentes, obrigando-os a agir segundo uma lei divina para puderem ser salvos, libertos ou atingirem a perfeição. Cada religião defende um conjunto de valores cuja validade pretende ser universal.
Toda e cada experiência religiosa apresenta-se como uma ligação profunda e envolvente do homem com o sagrado. Sempre que o homem entra em contacto com o sagrado (o divino, o transcendente) estamos perante um tipo particular de experiência religiosa.
Todas as religiões assentam no pressuposto de que existem duas dimensões do real: a sagrada e a profana.
A sagrada define-se por oposição à profana, e corresponde a uma realidade que é assumida como perfeita, divina e dotada de poderes superiores aos humanos, suscitando no homem respeito, medo e reverência.
A profana identifica-se com o mundo em que vivemos, sendo apontada como banal e vista inferior em relação à sagrada (Profano, do latim pro (diante de ) e fanum (espaço sagrado).
Em cada religião o transcendente expressa-se sob diversas formas e assume diversas figuras: Deus, deuses, anjos, espíritos, etc.
As comunidades religiosas são igualmente comunidades morais, isto é, os seus membros partilham as mesmas normas de conduta, assumem os mesmos modelos de vida e evitam praticar aquilo que a religião condena. A salvação individual ou colectiva está dependente do cumprimento da lei divina. A moral é outro aspecto revelador da influência social da religião, nomeadamente como um poderoso meio de controlo social através da difusão das suas normas de conduta moral.
As principais religiões estão profundamente ligadas à sociedades onde estão implantadas.
Em algumas sociedades, a religião assume tais proporções que o Estado se tornou a expressão directa da própria religião dominante, como acontece no Irão. Os chefes religiosos são também chefes políticos (Estado teocrático).
Apesar da crescente des-sacralização, a influência social da religião continua a ser enorme. Os acontecimentos religiosos são frequentemente assumidos como acontecimentos sociais. Dois exemplos:
As grandes religiões são quase sempre percorridas por duas correntes religiosas: a "oficial" e a "popular".
A "oficial” está ligada aos sacerdotes. Caracteriza-se por uma elevada racionalização das crenças e ritos religiosos, transformando-as num corpo doutrinal muito intelectualizado, depurado de outras tradições religiosas. Apresenta-se quase sempre numa linguagem abstracta e universal. O divino apresenta-se enquadrado numa estrutura teórica muito complexa. O comum dos crentes raramente compreende ou sente a religião desta forma. A obra de grandes teóricos dos cristianismo, como Agostinho de Hipona ou Tomás de Aquino são exemplos desta corrente.
A corrente "popular" está ligada à forma como a maioria das pessoas encara a religião: a emoção sobrepõe-se à razão. O vivido ao pensado. O desvio da norma oficial é por vezes total. Caracteriza-se por uma visão espontânea, emotiva e concreta da religião. Esta religiosidade popular é herdeira de tradições ancestrais e podemos encontrar na mesma crenças e ritos de antigas religiões há muito desaparecidas. O crente não sente qualquer incoerência em acreditar, por exemplo, no cristianismo e em praticar também rituais de origem pagã. Na religiosidade popular em Portugal podemos encontrar inúmeros exemplos deste sincretismo milenar.
Estas manifestações populares de religiosidade atribuem uma grande importância a tudo o que pode ser visto, tocado ou sentido directamente. O crente procura sentir de forma muito viva o contacto com o divino e obter um testemunho concreto deste contacto. É por esta razão que nela se apela a tudo o que é de natureza física, como os gestos e se recorre a práticas mágicas, feitiços, exorcismos, sacríficios, peregrinações, etc. que envolvem de forma marcante quer os crentes quer os sacerdotes; usa e abusa-se de objectos de culto como mezinhas, imagens de santos, virgens, estátuas, medalhas, etc , para se obter isto ou aquilo, ou simplesmente para se testemunhar que se esteve neste ou naquele local sagrado.
As relações com o divino são quase sempre, neste caso, relações de troca: O crente promete fazer uma oferta (promessa, voto) caso o divino lhe dê o lhe pede. Uma vez recebida a dádiva, o crente vê-se obrigado a efectuar o pagamento.
As sociedades ocidentais em particular as europeias, vivem um período único de tolerância religiosa. O comum dos cidadãos encara hoje a religião como um assunto que diz respeito apenas à consciência de cada um. Assunto que qualquer Estado deve abster-se de intervir.
Na Europa, as religiões tradicionais coexistem pacificamente com aquelas que durante séculos consideraram suas inimigas, pondo fim desta forma a guerras que devastaram países inteiros. Não nos referimos apenas às lutas entre cristãos e muçulmanos, mas também às que opuseram as diferentes igrejas cristãs. Recorde-se que ainda em meados do século XX, milhões de pessoas foram exterminadas na Europa por motivos alegadamente religiosos.
Esta coexistência pacifica é uma inovação na história do mundo ocidental. As diferentes confissões religiosas parecem ter deixado de usar a força para afirmarem as suas convicções e confiam agora no poder da palavra. Esta mudança é interpretada por muitos como o resultado de uma quebra nas convicções religiosas no Ocidente. A maioria inclina-se, todavia, a pensar que a mesma se deve ao resultado de uma aprendizagem social: a de que existem valores que devem ser preservados na convivência social, como a liberdade e a vida.
O que acontece no mundo ocidental, parece não ter correspondência na maior parte do mundo. Em países como a China, continuam as perseguições por motivos religiosos. Em diversas partes do mundo, em particular no continente africano, as diferenças religiosas são frequentemente evocadas para justificar, por exemplo, genocídios.
Uma das situações mais preocupantes é a do mundo islâmico. Nas últimas décadas temos assistido aqui à emergência de movimentos religiosos caracterizados pelo fanatismo dos seus líderes. Estes acreditam sem hesitações que possuem a verdade absoluta e manifestam-se dispostos usar todos os meios para a imporem. Desde finais dos ano 70 do século XIX, vários líderes religiosos lançaram à escala global uma "guerra santa" (djihad islâmica) para matarem, de forma indiscriminada, o maior número possível de infiéis. Muitos destes fanáticos religiosos aproveitam-se da liberdade religiosa existente nos países ocidentais para espalharem a morte. Um exemplo desta acção foram os atentados de 11 de Setembro de 2001, nos EUA. A liberdade religiosa é impossível ? Ao contrário do que muitos pretendem fazer crer, estes actos não são do foro religioso, mesmo que a religião esteja a ser evocada para os legitimar. Não estamos perante nenhuma guerra entre religiões. Tratam-se de crimes contra a humanidade e como tal devem ser assumidos.
Em suma, podemos dizer que a tolerância religiosa é algo característico dos países ocidentais e continua a estar longe de ser uma realidade mundial.
“A tolerância pode pressupor, gratuitamente, que a fé da pessoa de quem falamos é inferior à nossa, enquanto que o amor nos ensina a ter com a fé do próximo o mesmo respeito que temos com a nossa - na qual reconhecemos também imperfeições. Ora, se somos imperfeitos, a religião, tal como a concebemos, também é imperfeita. E se todas as concepções religiosas que representam os homens são imperfeitas, não podemos levantar condições de inferioridade ou superioridade de uma com relação à outra. Aí a questão se coloca: porque tantas fés diferentes? Qual a interpretação que devemos aceitar como verdadeira? Cada razão tem seu próprio ponto de vista. Daí a necessidade da tolerância, que não é indiferença com sua própria fé, mas um amor mais puro e mais inteligente para com essa fé. Todas as fés constituem revelações da Verdade. O respeito que experimentamos por outras fés não deve impedir de ver os defeitos; a tolerância não prejudica a distinção entre o bem e o mal, entre o que é justo e o que é falso. Devemos sempre estar conscientes dos defeitos de nossa própria fé e, entretanto, não abandoná-la por isto, mas tentar triunfar sobre os defeitos. Se considerarmos sem parcialidade todas as religiões, não hesitaremos em misturá-las à nossa, nas suas características desejáveis, e, mais nos estimaremos por ter cumprido esse dever. “ - Mahatma Ghandi
O homem vive diariamente a sua vida, tenta possuir o controlo total de todas as suas acções, precisa de tranquilidade e paz para viver bem consigo mesmo. No entanto, quando o Homem perde a sua paz de espírito precisa de se “agarrar” a algo, precisa de acreditar que vai ser recompensado pelo que faz e que o seu Deus o irá ajudar a ultrapassar as suas dificuldades. É neste momento que o Homem se vê confrontado com a sua finitude.
A Religião possui 3 características próprias:
A crença religiosa pressupõe que se aceitem todos os dogmas de uma doutrina sem que se questione a sua imutabilidade.
Através da religião tenta-se explicar os fenómenos climáticos, geológicos, etc, como uma manifestação de Deus acreditando que este está a exprimir os seus sentimentos de fúria para com os simples mortais através da sua justiça inexorável.
Os crentes aceitam a morte como uma decisão de Deus recusando ajuda médica ou qualquer tipo de tratamento porque acreditam que se Deus ainda os quiser, eles salvar-se-ão. Em oposição ao Divino encontra-se o Demoníaco personificado pelo Diabo. O Diabo oferece sentimentos horríveis a quem o aceitar assegurando uma felicidade apenas passageira.
O discurso racional e religioso opõem-se um ao outro. No discurso racional, a argumentação está sempre sujeita a crítica ou discussão . Não aceita quaisquer dogmas, muito pelo contrário, critica-os activamente podendo depois de uma reflexão, cada indivíduo aceitar ou recusar o argumento apresentado desde que este tenha lógica. Ambos os argumentos podem ter lógica, pelo que é comum o indivíduo que rejeita ou aceita um deles compreender a opinião contrária.
Por outro lado, o discurso religioso pressupõe que os indivíduos se entreguem completamente ao seu(s) Deus(es). Os crentes não questionam quaisquer dogmas (verdades inquestionáveis) da sua religião. Aceitam-nas cegamente independentemente de qualquer explicação racional. Este tipo de pessoas precisam de acreditar em algo que as faça sentir seguras e onde possam depositar total confiança.
Muitos de nós, simples cidadão comuns, costumamos reflectir sobre a nossa razão de viver, porque é que nascemos, qual o nosso propósito para ter sido abençoados com uma oportunidade de viver.
Estas pequenas reflexões devem-se ao simples facto de que o Homem, em geral, é um ser frágil, débil que apenas nota a sua fraqueza quando atravessa momentos de dor, angústia, desespero, etc. Por outro lado, o ser humano é o único animal dotado de inteligência pelo que consegue passar por estes momentos de reflexão. O ser humano sente que tem plena finitude e é isso que o leva a questionar o sentido da vida.
A grande condicionante que leva o Homem a questionar o sentido da existência é o de não criar objectivos, fins, intuitos, metas que, ao concretizá-las, o faça sentir-se bem consigo próprio.
No entanto, ao aperceber-se do que se está a suceder consigo mesmo pela associação de tudo o que lhe acontece, o Homem encontra o sentido da vida.
Em suma, tudo na vida tem sentido, ao contrário do que nos parece, pois o Homem não consegue descodificar tudo o que lhe acontece, entrando muitas vezes em desorientação.
A procura pelo sentido da vida tem de partir da vontade própria do Homem, as coisas têm de fazer sentido ao próprio indivíduo e não ao outros. Esta procura pelo sentido da vida faz com que cada um seja uma pessoa diferente. Há quem defenda que é o próprio Homem que dá sentido à sua vida e há quem diga que é na religião que encontramos o sentido da vida. A decisão por uma das teorias faz com que existam os ateus e os crentes.
Existe ainda outro tipo de pessoas para o qual a vida não faz sentido (apenas porque não delimitam objectivos na sua vida). Estas pessoas são muitas vezes influenciadas pelo meio em que vivem, pelo mundo injusto em que vivemos, por todo o mal que nos acontece. O destino final destas pessoas acaba por ser, na maior parte das vezes o suicídio, o que demonstra o quão importante é achar o sentido da vida.
Outro tipo de pessoas julga serem elas que dão sentido à vida. Atribuem todo o sucesso que alcançam, tanto a nível pessoal como profissional, aos seus actos. Estas pessoas pensam desta maneira pois acreditam na liberdade como sendo um valor do qual todos usufruem.
Por último, há pessoas que acreditam serem meros servos de um ser superior dotado de uma justiça inexorável. Se fizerem o bem, serão recompensados, mas, se pelo contrário, praticarem o mal, serão severamente castigados por Deus.
Deus é, portanto, a âncora destas pessoas, é Ele que lhes dá fulgor para viver.
Apesar de todo o mal que acontece no mundo, os crentes afirmam que se isto sucede é porque o homem não usou da melhor forma a liberdade que Deus lhe deu. Para os crentes, Deus criou um mundo perfeito arruinado pelos actos irresponsáveis dos homens. Contudo, são geralmente os mais infortunados que acreditam mais num ser superior, pelo facto de que acreditam na salvação e eternidade. A maior parte dos crentes julga que a vida em terra tem menos significado do que depois da morte, e é isto que os faz continuar a viver.
Em conclusão, o Homem pode encontrar o sentido da vida de diferentes maneiras. Nenhuma delas está errada porque não há uma certa. Basta se sentir bem consigo próprio e acreditando no que faz e pratica para poder viver da melhor maneira possível.
É racional acreditar na existência do Deus padrão? Poderá apresentar-se uma boa razão ou um argumento irresistível a favor da sua existência? Alguns teístas dizem que não e baseiam a sua crença na fé, ou seja, acreditam nos dogmas existentes, sem os questionar. Outros, pelo contrário, pensam que se podem construir argumentos para provar que o Deus padrão existe.
De facto, muitas espécies de razões foram apresentadas para acreditar em Deus. Algumas razões são facilmente classificadas de insatisfatórias. Por exemplo, o argumento de que Deus deve existir porque em quase todas as sociedades as pessoas acreditam nele. A aceitação de uma crença por uma ou mais sociedades não é, decerto, uma boa razão para a aceitar. Muitas crenças falsas são, ou foram, quase universais (por exemplo, a de que a Terra é plana). Mais ainda, apesar de a crença num deus ou noutro ser quase universal, não há um deus em que a maioria das pessoas acredite. Como poderia, por exemplo, o facto de algumas pessoas acreditarem num deus crocodilo justificar a crença no Deus cristão?
Alguns crentes, notando que os agnósticos afirmam que não podemos provar que Deus não existe, seguem outra via. Argumentam que se não podemos provar que Deus não existe, então eles estão podem acreditar que ele existe. Mas os ateus podem contra-argumentar. Mostrando que os agnósticos também afirmam que nós não podemos provar que Deus existe. Logo, se não podemos provar que Deus existe, estamos podemos igualmente acreditar que ele não existe. Um método de raciocínio que nos permite "provar" ambos os lados de uma disputa, não prova nenhum. A ausência de prova do contrário não é uma boa razão para acreditar em alguma coisa.
Vários argumentos estreitamente relacionados com a existência de Deus baseiam-se na aparente necessidade de o Universo como um todo ter uma causa. Parecem existir três possibilidades. Ou o universo começou a existir por si só ou existiu desde sempre ou, então, foi trazido para a existência por alguma força superior ou ser extremamente poderoso. Geralmente, aqueles que acreditam em Deus acham incrível que o universo possa ter chegado à existência apenas por si mesmo e igualmente incrível que ele possa ter já existido durante uma quantidade infinita de tempo. Acreditam que um ser extremamente poderoso, Deus, o deve ter criado. Esta é uma das razões que as pessoas dão com mais frequência para acreditar em Deus.
Os argumentos que tentam provar que deve haver um Deus porque deve haver um criador do universo, são chamados de provas cosmológicas da existência de Deus. Em geral são argumentos que tentam provar que tem de haver uma "primeira causa" de todo o universo ― nomeadamente, Deus.
De acordo com o filósofo Immanuel Kant, a existência de Deus e os conceitos de liberdade e imortalidade não podem ser afirmados ou negados no campo teórico, nem podem ser cientificamente demonstrados.
A religião é muito difícil de definir, por vários factores. É algo incorpóreo, pelo que é muito difícil explicá-la e defini-la através de conceitos racionais e palpáveis. Por outro lado, cada religião tem as suas próprias características. Há religiões que possuem vários deuses, outras em que os deuses tomam forma incorporando objectos, etc. Tudo isto leva-nos a falar de religiões, e não apenas de religião.
Outro ponto que é fundamental referir, é o de que a maior parte das pessoas que tentam descrever a religião são filósofos ou estudiosos que, de uma maneira geral, têm de ser como jornalistas, possuindo incensão de todos os factos de maneira a produzir um discurso sem dualidade de critérios. Esta pequena condicionante leva a que a maior parte dos filósofos não acreditem em Deus.
Então, como é possível descrever alguma coisa em que não acreditemos?
Concluímos, portanto que é muito complicado descrever e abordar esta temática o que aumenta o grau de dificuldade na execução deste trabalho.
Posto isto, há que distinguir vivência religiosa que se liga à dimensão pessoal de fenómenos religiosos que se referem à dimensão social da religião.
A vivência da religião é muito subjectiva, dependendo de pessoa para pessoa, pois tratam-se de diferentes maneiras dos crentes se ligarem à religião. No entanto é possível destacar alguns aspectos da experiência religiosa:
Atitude afectiva
O Homem estabelece uma relação de maior afectividade com o/os seu/s Deus/es do que propriamente uma relação de racionalidade para com este. Cria uma atitude de emoção que o fascina ou aterroriza com base na prática de boas ou más acções.
Sagrado e Profano
Como já foi referido, o Homem mantém uma relação de emoção e racionalidade face à religião o que leva à admissão da existência de dois domínios bipolares. O sagrado e o profano.
O profano diz respeito às realidades temporais susceptíveis de serem apreendidas pelos sentidos ou razão. É o lado humano da religião. O Sagrado diz respeito à intemporalidade, escapando às formas de conhecimento. É o lado divino da religião.
Crença na revelação
Como já foi dito neste trabalho, tudo o que acontece na nossa vida tem um significado, e o que nós fazemos dela, tem como base uma interpretação dos sinais que nos são dados. Os crentes na religião interpretam os sinais que lhes são dados como uma chamamento de Deus para o mundo do Sagrado e do Profano.
União ao Sagrado
O Homem une-se ao sagrado através do culto, que é uma forma de estar junto de Deus. É através do culto que se sente protegido de todo o mal e onde comunica com Deus falando-Lhe de todas as suas angústias e dissaboresm com a finalidade de encontrar uma explicação e sentido para estas.
A religião tem, como já vimos, uma dimensão muito pessoal que é complementada com uma dimensão social.
A dimensão social é a exteriorização das manifestações de uma comunidade religiosa.
O ritual religioso é a forma encontrada por estas comunidades para manifestar publicamente a sua religião. Desde o baptizado e casamento até às peregrinações, e cânticos, o intuito final do Homem é o de fazer com que Deus fique contente com ele.
Estas comunidades possuem características comuns, das quais iremos destacar as que consideramos serem as mais importantes.
Filosofia de Vida
As pessoas da mesma religião partilham ideias semelhantes que constituem uma forma de se situarem no mundo e compreenderem os problemas que lhe fazem frente.
Valores Morais
Em todas as religiões existe um código moral que regula as bons atitudes e condutas dos seus seguidores, como por exemplo, os Dez Mandamentos, na religião Cristã. É através destes códigos que se ensinam as gerações religiosas.
Comunicação
As pessoas estabelecem fortes ligações entre elas através do culto que prestam ao seu(s) Deus(es), pois comungam os mesmo princípios e ideias, “reconhecendo-se a si própria pela outra pessoa que está do seu lado”.
Instituição
As instituições conferem a estabilidade necessária para as religiões se manterem com relativa firmeza. As igrejas, mesquitas ou templos, são os locais mais comuns onde se estabelecem hierarquias e se delimitam aspectos que orientam cada comunidade.
A partilha de experiências, encontros, celebrações e participação em acontecimentos religiosos nestas instituições contribuem para a coesão social e identidade do grupo.
No âmbito da realização deste trabalho, começámos por nos questionar sobre as diversas religiões existentes no mundo. Concluímos que, em contraste com as religiões orientais, as religiões ocidentais tendem a ser monoteístas, possuem uma maior tolerância religiosa, e são mais “pacíficas”, coexistindo com outras religiões.
Relativamente aos valores religiosos e à religião em si, depressa nos apercebemos de que esta temática não é fácil de abordar. A religião é muito complexa e difícil de definir. Não a podemos explicar racionalmente, recorrendo a conceitos palpáveis, porque cada religião tem determinadas características. Há aquelas que prestam culto a vários deuses e aquelas em que os deuses tomam a forma de objectos. Isto fez com que não abordássemos uma religião específica, mas sim várias religiões.
No que diz respeito ao plano social, concluímos que as principais religiões estão profundamente ligadas à sociedades onde estão implantadas e que, apesar da crescente des-sacralização, a influência social da religião continua a ser enorme nos dias de hoje.
Quanto à problemática da existência de Deus, concluímos que existem alguns paradoxos entre agnósticos e ateus, e que existem alguns argumentos que suportam a existência de Deus e outros que são declarados insatisfatórios.
Concluímos também que vivência da religião é muito subjectiva, e varia de pessoa para pessoa, pois cada um tem a sua maneira se ligar à religião e ao seu Deus. E dependendo da religiã que pratica, o crente recorre a valores morais e filosofias de vida de acordo com aquilo que acredita. No entanto, o homem pode encontrar o sentido da vida de diversas maneiras. Se se sentir bem consigo próprio, acreditar em si, no que faz e no que pratica, vive da melhor maneira possível
Agnosticismo- Doutrina que declara inacessível o absoluto ao espírito humano, o qual deve ficar na dúvida relativamente aos grandes problemas metafísicos.
Agnóstico - Partidário do agnosticismo.
Agostinho de Hipona - Aurélio Agostinho (do latim, Aurelius Augustinus), Agostinho de Hipona ou Santo Agostinho foi um bispo católico, teólogo e filósofo que nasceu em 13 de Novembro de 354 em Tagaste (hoje Souk-Ahras, na Argélia); morreu em 28 de Agosto de 430, em Hipona (hoje Annaba, na Argélia). É considerado pelos católicos santo e doutor da doutrina da Igreja.
Ateu - Descrente; aquele que nao crê na existência de Deus.
Crente - Que crê; aquele que acredita da existência de Deus.
Dogma - Ponto fundamental e indiscutível de uma doutrina religiosa; opinião aceite e apresentada como certa, incontestável e indiscutível.
Doutrina - Conjunto de princípios em que se baseia um sistema religioso, político ou filosófico; conjunto dos dogmas de uma religião.
Fé - Crença religiosa; virtude teologal.
Finitude - qualidade do que é finito; limitação; contingência; (De finito+-tude, com hapl.)
Immanuel Kant - Immanuel Kant ou Emanuel Kant (Königsberg, 22 de Abril de 1724 — Königsberg, 12 de Fevereiro de 1804) foi um filósofo prussiano, geralmente considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna, um representante do Iluminismo, indiscutivelmente um dos seus pensadores mais influentes. Kant teve um grande impacto no Romantismo alemão e nas filosofias idealistas do século XIX.
Profano - Não pertencente à religião; não sagrado; secular.
Religião - Culto prestado à divindade; doutrina ou sistema religioso; crença; fé; dever sagrado, obrigação indeclinável. Deriva do termo latino relegere que significa zelar, respeitar, prestar culto. Há também quem a faça depender do verbo religare cujo significado é ligar ou unir. O primeiro étimo apresenta a religião em forma de afecto e o segundo como uma mística de encontro com a divindade. Nao há oposição entre os dois, na verdade, até se completam, estando ambos implicados na atitude religiosa.
Sagrado - Relativo ao culto religioso; santo; puro; que deve inspirar uma profunda veneração; inviolável
São Tomás de Aquino - Santo Tomás de Aquino, OP, (Roccasecca, 1225 — Fossanova, 7 de Março 1274) foi um frade dominicano e teólogo italiano. Foi o mais distinto expoente da Escolástica. Foi proclamado santo pela Igreja Católica e cognominado de Doctor Communis ou Doctor Angelicus.
Teísmo - Doutrina que admite a existência pessoal de um Deus e a sua acção providencial no mundo.
Teísta - Pessoa que professa o teísmo.
Tolerância - Condescendência em virtude da qual se deixa a cada um a liberdade de praticar a religião que professa.