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Renascimento - NotaPositiva

O teu país

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Ana Bernardo

Escola

Escola Secundária José Saramago

Renascimento

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Resumo do trabalho

Trabalho sobre o renascimento (características, pessoas mais importantes, arte, religião), realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (10º ano).


Introdução

Neste trabalho vamos explorar e apresentar o Renascimento. Vamos descobrir as suas características, os séculos em que teve lugar, as personagens mais importantes, a arte, a religião. Tudo o que o Renascimento abrangeu será aqui apresentado.

Escolhemos este período da História porque é o mais glorioso da História Humana. Foi durante o Renascimento que se criaram as mais belas pinturas, as melhores esculturas, os melhores contos. Foi também neste período que o Homem não deixou de sonhar e teve coragem para dizer que o Mundo e a vida humana não giravam em torno de Deus, mas sim em torno do Homem, ser este que tem capacidade de pensar por si próprio, de descobrir e encontrar as suas próprias explicações, não deixando de acreditar em Deus.

Esperamos conseguir transmitir o melhor possível a grandiosidade deste momento marcante da História do Homem.

O Renascimento

O Renascimento é um período da História que se destaca pela revolução no modo de pensar do Homem, devido a um maior espírito de curiosidade e vontade de saber, foi o renascer da cultura clássica, grega e romana, por ter surgido depois da Idade Média, um período negro no desenvolvimento do pensamento em que o homem colocava a vida espiritual e os problemas religiosos como centro de todos os interesses. Iniciou-se por volta do séc. XIV em Itália nas cidades de Florença e Siena e desenrolou-se até ao séc. XVII. O seu apogeu deu-se entre 1495 e 1520.

O homem renascentista defende a valorização humana, assumindo o homem uma forma de pensamento conhecido por antropocentrismo, através do qual se coloca no centro do universo enquanto ser dotado de inteligência e símbolo da perfeição, um pensamento racionalista, humanista e individualista, é basicamente a procura e reflexão de uma nova maneira de ver e estudar o mundo. Abandona assim a visão teocêntrica.

Antropocentrismo – (do grego Anthropos = Homem + centro); o Homem como centro do estudo e do pensamento do Homem.

Teocêntrico – (do grego Theos = Deus + centro); Deus como centro do estudo e do pensamento do Homem.

As Origens do Renascimento

Itália reunia, nesta época, factores que conjugados terão contribuído para que fosse o berço do Renascimento.

Por causa da sua localização geográfica, bem no centro do mediterrâneo, permitiu-lhe beneficiar de um intenso tráfego comercial que enriqueceu famílias cuja capacidade económica favoreceu a prática do mecenato. Esses grandes senhores, que se designavam mecenas, através das suas encomendas, ajudavam a projectar os artistas e os seus trabalhos.

Desde cedo, os intelectuais italianos rejeitaram a estagnação da cultura medieval e apostaram na criação de universidades, bibliotecas e academias, que influenciavam, na época, o pensamento da Europa Ocidental.

A riqueza de algumas cidades Italianas, como Génova, Florença e Veneza, fazia com que rivalizassem entre si; todas elas queriam construir os melhores artistas. Sendo o Renascimento um período de regresso aos modelos clássicos, a Itália, com todo o seu passado, surgia, inequivocamente, como o local privilegiado para o efeito, porque reunia um vasto conjunto de vestígios culturais greco-latinos.

Mecenato – atitude de protecção dada aos artistas e sábios por parte de pessoas abastadas com vista à promoção da actividade cultural e artística.

Fases do renascimento

Este Período é dividido em 3 grandes fases:

O trecento (refere-se ao século XIV)

Características gerais: hierarquia da pintura medieval - valorização do individualismo e dos detalhes humanos.

O quatrocento (refere-se ao século XV)

Durante o Quatrocento, o Renascimento espalha-se pela península itálica, atingindo seu auge. Neste período actuam Botticelli, Leonardo da Vinci, Rafael e, no seu final, Michelangelo (que já prenuncia certos ideais anti-clássicos utilizando-se da linguagem clássica, o que caracteriza o Maneirismo, a etapa final do Renascimento).

O cinquecento (refere-se ao século XVI)

O Renascimento torna-se no século XVI um movimento universal europeu, tendo, no entanto, iniciado sua decadência. A contra reforma foi instaurada, o Barroco começou a ser o estilo oficial da Igreja Católica. Na literatura actuaram Ludovico Ariosto, Torquato Tasso e Nicolau Maquiavel. Já na pintura, continuam se destacando Rafael e Michelangelo.

A Ampliação do Conhecimento e o Despertar do Espírito Científico

Os Homens renascentistas propunham-se a construir um conhecimento mais alargado do Homem e da Natureza. Recorrendo ao espírito crítico e partindo da curiosidade que os movia, os intelectuais renascentistas fizeram da experiência e da razão os seus dois instrumentos de trabalho.

Desperta, assim, uma nova atitude face ao saber: seria construído com base na crítica, na observação directa da Natureza (Naturalismo), na experimentação e na sujeição a um raciocínio crítico de todos os dados em estudo.

Estava aberto o caminho para o conhecimento científico moderno e para o desenvolvimento de vários ramos do saber:

  • Astronomia - a Teoria Geocêntrica, que defendia a Terra como sendo o centro do Universo, é contestada. Através da observação e da realização de alguns cálculos matemáticos, Copérnico desenvolveu a Teoria Heliocêntrica, segundo a qual o Sol era o centro e os planetas giravam à sua volta.
  • Medicinas – distinguiram-se André Vesálio, que publicou um estudo sobre a circulação sanguínea, e Ambrosie Paré, que desenvolveu um método de estancar hemorragias. Através da técnica de dissecação de cadáveres, muito contestada pela Igreja Católica, conseguiram realizar importantes progressos no conhecimento da anatomia.
  • Matemática - Pedro Nunes, em Portugal, destacou-se pelos seus conhecimentos de cosmografia.
  • Geografia – Duarte Pacheco Pereira, em resultado da sua vasta experiência enquanto marinheiro, descreveu, na sua obra Esmeraldo de situ orbis, pormenores dos contactos com outros povos e culturas e reuniu ainda excelentes descrições da fauna dessas paragens distantes.
  • Botânica – Garcia da Orta desenvolveu extensas pesquisas sobre plantas medicinais. O seu livro, Colóquio dos Simples e Drogas das cousas Medicinais na Índia, foi reconhecido como um guia de terapêutica médica

O Humanismo

Neste período, os Homens adquiriram uma mentalidade classicista, isto é, transportaram para o século XI os temas e os modelos outrora valorizados pelos seus antepassados gregos e romanos.

A mudança de atitude face ao conhecimento do mundo e da vida fez-se, em simultâneo, com o desenvolvimento de um espírito crítico. Esta postura desencadeou uma onda de críticas em muitos sectores da sociedade, originando imensos movimentos de contestação, como será, anos mais tarde, o da crise da Igreja Católica.

São chamados de Humanistas todos os que, nos séculos XV e XVI, estudaram as línguas, os textos e os autores clássicos, criticaram a sociedade do seu tempo e demonstraram um especial interesse pela valorização do Homem.

Os Humanistas consultavam, nas bibliotecas os manuscritos dos autores antigos. Tudo lhes interessavam quer obras de poetas e filósofos, quer textos técnicos e científicos. Estudaram não só o grego e o latim, mas também o hebraico, para se fazer a leitura, o estudo, a crítica e a correcção das traduções das obras dos Gregos e dos Romanos.

Os Humanistas consideraram as obras clássicas como modelos a seguir, quer nos temas quer nos géneros literários. Fizeram, no entanto, uma imitação criativa e inovadora. Estes Homens entendiam que era através do estudo dos textos originais que se podia atingir o mais alto grau de conhecimento.

Outra característica dos Humanistas era o individualismo. Cada indivíduo não tinha receio de se assumir como diferente dos outros, orgulhava-se mesmo das suas capacidades, do seu esforço e do seu sucesso.

Os Humanistas, fundamentalmente professores universitários e clérigos, formavam como que uma comunidade das artes e das letras, viajavam muito, visitavam-se, correspondiam-se e trocavam obras entre si.

Os Humanistas condenaram os abusos e excessos do clero, embora nunca tenham posto em causa a fé na religião cristã. Criticaram também o luxo e a ociosidade da nobreza, e mesmo dos reis.

A literatura inspirou-se fortemente nas viagens que começavam a surgir, através dos Descobrimentos. Em Portugal, por exemplo, Luís de Camões escreveu uma epopeia, Os Lusíadas, baseada na viagem de Vasco da Gama à Índia.

Alguns dos livros mais importantes do Renascimento são:

  • Elogio da Loucura, de Erasmo de Roterdão;
  • O Príncipe, de Nicolau Maquiavel;
  • Utopia, de Thomas More
  • Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões
  • D. Quixote, de Miguel Cervantes
  • Romeu e Julieta, de William Shakespeare

O Humanismo em Portugal

Em Portugal, o rei D. João III revelou grande interesse pela cultura humanista. Enviou vários estudantes portugueses para o Colégio de Santa Bárbara, em Paris, dirigido pelo português Diogo de Gouveia, e para Lovaina (Bélgica) e Bordéus (França). A acção destes humanistas, quando regressaram a Portugal, foi muito importante, nomeadamente a nível da renovação do ensino. André de Gouveia, por exemplo, fundou o Colégio das Artes em Coimbra.

Grandes filósofos do Renascimento

Nicolau de Cusa

Nicolau Krebs nasceu em 1401 em Cusa, de família modesta. Foi educado junto dos Irmãos da vida comum em Deventer, onde sofreu a influência do misticismo alemão; em seguida estudou na Universidade de Heidelberg, foco de nominalismo, e na de Pádua, onde aprendeu a matemática, o direito, a astronomia. Ordenado padre, teve parte notável no concílio de Basiléia (1432); foi, a seguir, legado pontifício, cardeal, bispo.

Viveu seus últimos anos na Itália, onde faleceu em 1464.

As obras fundamentais de Nicolau de Cusa são três: De docta ignorantia, De conjecturis, Apologia doctae ignorantiae.

Bernardino Telésio

Nasceu em 1509 em Cosenza, estudou especialmente em Pádua e faleceu em 1588. A sua obra fundamental é De rerum natura iuxta propria principia. O pensamento de Telésio representa uma sistematização do naturalismo da Renascença: a saber, uma tentativa para explicar a natureza mediante os princípios universais imanentes à mesma natureza.

Tomás Campanella

Tomás Campanella nasceu em Stilo, na Calábria, em 1568 e entrou ainda novo na ordem dos Dominicanos. É o maior continuador de Telésio. Várias vezes processado por heresia, foi, porém, absolvido; entretanto, condenaram-no por motivos políticos e passou na prisão 27 anos, sendo, enfim, libertado. As suas obras principais são: Civitas solis; Universalis philosophia seu metaphisicarum rerum iuxta propria dogmata partes tres; De sensu rerum et magia libri X.

Desiderius Erasmus Roterodamus

Conhecido como Erasmo de Roterdão, nascido a 27 de Outubro de 1466 em Roterdão e falecido a 12 de Julho de 1536 em Basiléia, foi um teólogo e um humanista neerlandês.

O seu principal livro foi Elogio da Loucura.

Nicolau Maquiavel

Em italiano, Niccolò Machiavelli, (Florença, 3 de Maio de 1469 — Florença, 21 de Junho de 1527) foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pela simples manobra de escrever sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser.

As suas obras mais conhecidas são: O Príncipe e Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio.

Sir Thomas More

Londres, 7 de Fevereiro de 1478 — Londres, 6 de Julho de 1535

Foi homem de estado, diplomata, escritor, advogado e homem de leis, ocupou vários cargos públicos, e em especial, de 1529 a 1532, o cargo de "Lord Chancellor" (Chanceler do Reino - o primeiro leigo em vários séculos) de Henrique VIII da Inglaterra. É geralmente considerado como um dos grandes humanista do Renascimento. Foi canonizado como santo da Igreja Católica em 9 de Maio de 1935.

Francis Bacon

Londres, 22 de Janeiro de 1561 — Londres, 9 de abril de 1626.

Foi um político e filósofo inglês, barão Verulam, visconde de St. Albans. Desde cedo, a sua educação orientou-o para a vida política, na qual exerceu posições elevadas.

Em 1584 foi eleito para a câmara dos comuns.

As obras filosóficas mais importantes de Bacon são Instauratio magna (Grande restauração) e Novum organum. Nesta última, Bacon apresenta e descreve seu método para as ciências.

Galileu Galilei

Pisa, 15 de fevereiro de 1564 — Florença, 8 de janeiro de 1642

Foi um físico, matemático, astrónomo e filósofo italiano que teve um papel prepoderante na Revolução científica.

Uma de suas obras foi Sidereus Nuncius ("Mensageiro das estrelas") em 1610.

A Crise Religiosa do Século XVI

Os finais da Idade Média foram tempos difíceis para a Igreja, pois o comportamento de muitos elementos do clero prejudicava o seu prestígio:

  • Muitos Papas preocupavam-se mais com o luxo, com garantir o seu poder e com os seus bem terrenos do que com a missão espiritual, chegando a envolver-se em conflitos com reis e imperadores por razões políticas;
  • Alguns membros do alto clero levavam uma vida de corrupção e de imoralidade, ocupando cargos que lhes garantiam elevados rendimentos, não respeitavam o celibato, possuíam extensas propriedades e não pagavam impostos;
  • Muitos elementos do clero regular não respeitavam as regras monásticas (por vezes, o jejum era desprezado, assim como o silêncio durante as refeições; os cânticos religiosos também era esquecidos).

O espírito do Renascimento levou muitos humanistas a criticar estes comportamentos da Igreja e a sua autoridade, propondo o regresso à pureza do Cristianismo primitivo.

Alguns Papas do Renascimento procuraram reforçar o seu poder e a sua imagem, encomendando obras aos melhores artistas da época, entre elas a construção da Basílica de S. Pedro, em Roma.

Em 1514, o Papa Leão X, para poder concluir estas obras, mandou pregar, pela Europa a concessão de indulgências; ou seja, o perdão dos pecados mediante o pagamento de determinada quantia. O monge alemão Martinho Lutero (1483-1546), que criticava essa prática religiosa, publicou em 1517, as suas Noventa e Cinco Teses Contra as Indulgências, defendendo que só Deus pode perdoar os pecados do Homem.

Em 1521, depois de ter sido acusado de heresia, Lutero foi excomungado.

Dos protestos contra a perseguição que foi movida a Lutero e aos seus seguidores, pelo Papa e pelo imperador Carlos V, derivou a designação de “Protestantes”, atribuída a todas as novas igrejas cristãs, não católicas, que se desligaram da obediência ao Papa de Roma.

O Luteranismo

Excluído da Igreja Católica, Lutero dedicou-se a definir e a desenvolver a sua doutrina:

  • A salvação e o perdão dos pecados obtêm-se pela fé;
  • A única fonte de fé é a Bíblia, que o cristão deve ler e interpretar livremente, porque “todos os cristãos são padres”;
  • Só a Deus se deve prestar culto;
  • A celebração do culto deve ser feitas nas línguas nacionais e resume-se à leitura a Bíblia e aos cânticos;
  • Existem apenas dois sacramentos: o baptismo e a comunhão;
  • São negadas a autoridade do Papa e a obrigatoriedade do celibato eclesiástico.

O Luteranismo, para além da Alemanha, estendeu-se por outros países do Norte da Europa.

O Calvinismo

O Humanista francês Calvino difundiu a sua doutrina a partir da cidade de Genebra, na Suíça.

Defendia a teoria da predestinação, segundo a qual o destino de cada pessoa é marcado por Deus e nada se pode fazer para o modificar.

O Calvinismo, que deu origem à Igreja designada por Reformada ou Presbiteriana, estendeu-se rapidamente pela França, Holanda, Alemanha, Polónia e Hungria.

O Anglicanismo

Também a Inglaterra, em 1534, se desligou da Santa Sé. A iniciativa partiu de Henrique VIII, movido por razões mais pessoais do que religiosas.

A Bíblia foi traduzida para inglês e os conventos foram fechados, mas as cerimónias católicas foram respeitadas.

O Anglicanismo constituiu, assim, um compromisso entre o Catolicismo (cerimónias religiosas e hierarquia eclesiástica) e o Calvinismo (predestinação).

Na Europa Ocidental, os cristãos ficaram divididos em dois blocos religiosos: o Católico, a sul, e o Protestante, a Norte, e assim se mantém até hoje.

Protestantismo na Europa

A Arte Renascentista

Arquitectura

Nas cidades italianas, cada vez mais ricas e prósperas, a vida e a beleza do mundo terrestre eram cada vez mais apreciadas. Desejava-se ter grandes casas, grandes edifícios, decorados com pinturas, esculturas e tapeçarias. Por outro lado, o Homem do Renascimento desejava ser famoso durante e depois da sua vida e os artistas disputavam entre si as encomendas de grandes obras públicas. Tudo isto contribuiu para o aparecimento de grandes obras de arte na escultura, na pintura e até na arquitectura.

A arte renascentista, principalmente a arquitectura, inspirou-se nas obas greco-romanas – Classicismo – deixando de parte a arquitectura medieval, a que os renascentistas, com desprezo, chamavam gótica, ou seja, bárbara. Na arquitectura, este movimento de renovação foi iniciado por Filippo Brunelleschi, que regressou às formas simples e lineares da arquitectura romana, que tem como características:

  • O equilíbrio e a simetria das formas e dos volumes;
  • A utilização de elementos da arquitectura clássica (greco-romana), como colunas, frontões triangulares, arcos de volta perfeita, abóbadas de berço e cúpulas;
  • O uso de pilastras (pilares de quatro faces) e de uma decoração baseada em elementos naturais e mitológicos.

Os edifícios renascentistas dão uma impressão de horizontalidade, pois

predominam as linhas horizontais definidas pelos frisos e pelas balaustradas, opondo-se, assim à verticalidade do gótico.

Além de Brunelleschi, salientaram-se nomes como Miguel Ângelo, Andrea Palladio, Donato Bramante e Leon Battista Alberti.

La Rotonda, Andrea Palladio              Basílica de S. Pedro, Miguel Ângelo

Pintura

Os pintores renascentistas inspiraram-se na Natureza – paisagens, pessoas, coisas e animais – para a recriarem, ou seja, representavam e pintavam tal como era observado, com naturalidade. Entre os temas predominantes destacam-se o corpo humano, cenas do Cristianismo e a mitologia antiga. Ressurgiram o nu e o retrato, de influência grega e romana, reflexo do individualismo.

Das inovações da pintura renascentista destacam-se:

  • O início da pintura a óleo – invenção atribuída ao flamengo Van Eyck. A utilização de tintas misturadas com óleo permitia um maior brilho e durabilidade das cores; a madeira, suporte das pinturas, foi sendo substituída pela tela;
  • A distribuição rigorosa e geométrica dos diversos elementos;
  • A utilização da técnica da prespectiva para transmitir a ideia de profundidade, representando-se o que está mais perto do espectador com maiores dimensões e mais nitidez do que aquilo que está mais longe.
  • A utilização da técnica sfumato, ou seja, a técnica da gradação da cor e da transição suave da sombra para a luz.

Na pintura salientaram-se os italianos Fra Angélico, Masaccio, Botticelli, Rafael, Leonardo da Vinci, Miguel Ângelo, o flamengo Van Eyck e o alemão Albert Durer.

A Criação de Adão, Miguel Ângelo

Mona Lisa/ La Gioconda, Leonardo da Vinci

O Nascimento de Vénus, Botticelli

A Escultura

A escultura renascentista distingue-se da gótica, sobretudo por se ter tornado totalmente independente da arquitectura, passando a valer por si mesma (destacando-se as esculturas localizadas no centro de grandes praças). Voltou-se à representação do nu, de tradição grega e romana, atingindo-se grande perfeição anatómica, devido aos estudos realizados sobre o corpo humano, o que contribuiu para que as figuras, especialmente a figura humana, fossem representadas com enorme realismo.

Na escultura destacaram-se, entre outros, Donatello, Miguel Ângelo, Ghiberti e Verrocchio.

David, Donatello                          David, Miguel Ângelo

Lorenzo de Medici, Verrocchio

Conclusão

Com este trabalho aprendemos um pouco mais sobre o Renascimento. Aprofundámos bastante todos os subtemas pois o Renascimento é para ambas um tema bastante interessante. Já que estamos também na área artística é normal que revelemos esse interesse, especialmente pelas obras-primas da altura. Este trabalho serviu também para nos abrir os horizontes e mergulharmos um pouco mais fundo neste tema tão vasto.

Bibliografia

  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento
  • http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/durer/renascimento.htm
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_moderna
  • http://www.grupoescolar.com/a/b/981ED.jpg
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Homem_Vitruviano_(desenho_de_Leonardo_da_Vinci)



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