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Trabalho escolar sobre a Retórica, Persuasão e Manipulação, realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (10º ano).
No meu trabalho vou falar sobre a retórica em geral e de seguida do bom e o mau uso da retórica, nele irei abordar dois temas que são exemplo desta prática com eles vou tentar explicar como as pessoas no dia a dia usam a retórica no bom e no mau sentido. Vou ainda dar a minha opinião acerca destes dois temas e por ultimo dizer qual o que prefiro.
Vou tentar ser sucinta mas a mesmo tempo vou tentar ajudar a que compreenda melhor este tema.
Pode entender-se por retórica a arte de argumentar, a arte de bem falar, cujo objectivo é persuadir e convencer um auditório a respeito de determinado assunto, levando-o a aceitar que uma certa tese ou opinião que é preferível àquela que se lhe opõe, tudo depende da causa que se apoia e do que motiva alguém a dirigir-se ao auditório. No entanto o orador tem que argumentar e apresentar ideias pró ou contra a uma determinada tese de forma a torná-la mais credível. O objectivo da argumentação é, portanto, convencer ou obter a adesão do auditório. Como o objectivo principal do orador é dirigir-se ao seu público, o orador tem de ter em atenção o tipo de auditório a que se dirige, para que o seu discurso seja adaptado às suas características.
Os constituintes do público devem obedecer a requisitos de cariz intelectual, entre os quais os seguintes:
A Retórica parece ter, por assim dizer, a faculdade de descobrir os meios de persuasão sobre qualquer questão.
No entanto esta pode-se dividir em:
A retórica pode-se classificar de duas formas opostas: a boa retórica (persuasão) e a má retórica (manipulação). A grande diferença entre elas reside na intenção do orador.
Estamos perante o bom uso da retórica quando o auditório se pode expressar de modo crítico. Estamos perante o mau uso da retórica quando esta impede a argumentação do auditório em função de manipulação.
Retórica branca (Persuasão) - Consiste em convencer um auditório a aceitar a tese do orador sem recorrer à violência, apelando a factores racionais e emocionais este tem uma relação de igualdade para com os ouvintes. E ainda deve obedecer a forma e conteúdo do discurso argumentativo – busca da verdade e o respeito pelo outro.
O poder da persuasão é tão antigo como a humanidade. O sucesso da persuasão vai além da força dos seus argumentos, diz respeito também a personalidade credível e responsável do orador estes são factores decisivos para a credibilidade do orador.
Qualquer tipo de texto argumentativo representa uma situação de cumprimento de princípios éticos que nos permite saber se os participantes estão a agir de boa fé. Existem os seguintes princípios:
O uso de técnicas de argumentação assenta no respeito pelos outros e pelo repúdio de técnicas de adulação e ridicularização, a argumentação filosófica a isenção e boa fé são ingredientes essenciais. O filósofo para cumprir bem o seu papel tem acima de tudo seguir o interesse pela verdade.
Retórica negra (Manipulação) - Aplica-se quando a argumentação degenera numa forma de ludibriar o auditório, em função de abuso da retórica aqui existe uma intenção deliberada de desvalorizar os factores racionais, apelando a uma adesão estritamente emocional. No próprio discurso é utilizado um arsenal de argumentos como técnica de convencimento, ainda que possam ser na sua maioria ilusórios. Posto isto, a manipulação é encarada como um discurso baseado em falácias, onde é patente a intenção de confundir o auditório.
Onde é mais utilizada a manipulação e dos discursos políticos e nos anúncios publicitários, é aqui onde mais se utilizam técnicas mais fortes e mais ousadas de manipulação.
O orador quando esta a manipular o seu público:
No uso da má retórica o orador engana o auditório, contudo o sentido de engano deve estar distinguido de outros conceitos que lhe andam associados o erro e a mentira .O erro ocorre quando o orador está a fazer uma afirmação falsa, mas convencido que esta é verdadeira; A mentira é quando o sujeito mal intencionado e consciente de que aquilo que diz não corresponde á realidade; Por ultimo o engano este pressupõe da mentira sendo neste caso necessário que o interlocutor se deixe enganar, isto é, acreditar no que lhe é dito.
Concluindo o erro não existe para manipular ninguém; a mentira é uma tentativa de manipulação; o engano ocorre quando existe mesmo manipulação.
Um grande exemplo do bom uso da retórica é os portugueses “Gato Fedorento”.
O Gato Fedorento é um grupo de quatro humoristas que tentam retratar os problemas actuais do pais de forma humorística tentando chamar a atenção das pessoas para estes problemas, normalmente fazem vídeos cómicos da qual fazem parte interpretando outras personagens.
Há cerca de dez quinze anos Portugal foi invadido por uma nova religião vinda do Brasil, a Igreja Universal Do Reino de Deus, eram pastores e bispos brasileiros que andavam a espalhar esta religião.
Esta religião é relativamente recente contudo uma das regras que mais me impressionou desta religião é a que as pessoas tem de pagar/entregar o dizimo das suas receitas em bruto, para continuares naquela igreja, naquela religião, e ainda deveriam dar dinheiro quando o pastor lhes pedisse, pois estes diziam que quanto mais dessem á igreja mas Deus as ajudava.
Na Igreja Universal as reuniões duram aproximadamente duas horas com a metade do tempo dedicada à Bíblia e a outra metade a arrecadar dinheiro. Estes seguidores têm que aderir-se às seguintes normas:
« (…)O problema é que nos cultos da Igreja Universal do Reino de Deus não é ele quem fala, mas gente de carne e osso. São os pastores que pedem seu dinheiro, tentam convencê-lo que as notas guardadas no seu bolso são sujas e não lhe pertencem.»
Esta igreja explora os pobre á quem a descreva como «uma associação criminosa, cujo único objectivo é o enriquecimento", "uma forma extrema de mercantilismo da fé ", cujas "actividades na Bélgica pode ser apenas uma fachada para ocultar actividades ilegais"; em Luxemburgo "são talvez um sinal de que a organização está também envolvida em lavagem de dinheiro».
Isto tudo só para dizer que na minha opinião e de muitas outras pessoas esta igreja utiliza fortemente a manipulação pois os seu pastores usam as pessoas que vão iludidas para aquelas igrejas, pois com tanto dinheiro que recebem de outros cidadãos estes compram tempos de rádio e de televisão assim é mais fácil passar a palavra pois como já vimos estes meios de comunicação usam a má retórica para convencerem as pessoas ai estas ficam iludidas com a mensagem, por consequência parte delas experimentam e acabam por ficar a pertencer a esta ceita, nessa altura cabe aos pastores ficarem com a tarefa de manteres as pessoas na igreja, estes comprem todas as regras de orador, o ethos, o pathos e o logos, depois condicionam o auditório a uma adesão de certo modo involuntária às posições do orador pois estes possuem técnicas convencimento muito fortes e eficazes.
O pastor brasileiro Edir Macedo é um dos mais criticados pastores contudo consegue fazer gigantescos espectáculos de «propaganda», produzindo um poderoso efeito surpreendente sobre os auditórios.
A meu entender, acho que aplicar tantos objectos de manipulação como a mentira e o engano só para atingir os objectivos de alguém, escondendo factos importantes e não dando liberdade moral ao auditório para tomar ele mesmo as suas decisões de forma consciente é uma tão grande falta de ética por parte do orador. Pois ninguém gosta de ser enganado, gozado, aldrabado, iludido… ninguém!
Eu não gosto! Gosto de ser livre, fazer as minhas próprias escolhas sem ser manipulada.
Como já sabe sou a favor da retórica branca, acho que a retórica pode e dever ser usada sem segundas más intenções.
Pois cada cidadão tem direito de fazer escolhas, tem o direito de escolher o que é melhor para o mesmo e para os que o rodeiam, pois as pessoas não são marionetas!!
Ao longo deste trabalho apreendi o que era a retórica sendo esta uma arte de bem falar com o objectivo do orador convencer o auditório.
O orador tem que respeitar algumas regras, como o ethos o pathos e o logos, para ser credível e respeitado pelo seu publico. Contudo o orador ao falar perante o auditório pode ter dois tipos de intenção pode ter em mente a persuasão, a boa retórica, não tendo esta segundas intenções apenas tenta convencer o auditório a aceitar a sua tese de forma racional e sem violência (um exemplo desse tipo é o «Gato fedorento» ou quando uma mãe quando aconselha uma filha), ou por outro lado pode estar a pensar na manipulação, ou seja na má retórica, que é quando este utiliza uma argumentação com o objectivo de ludibriar o publico recorrendo ao emocional da pessoa (um exemplo disso é quando o orador se servem da palavra de Deus para ter benefícios próprios).
Na minha opinião a manipulação é totalmente reprovável pois tem o objectivo de enganar o próximo, no entanto apoio a persuasão pois tem o objectivo de argumentar de forma transparente perante o publico.