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As rochas magmáticas podem classificar-se de acordo com a profundidade a que consolidam os magmas que lhes dão origem.
A natureza dos magmas e as diferentes condições de consolidação das rochas influenciam as características que apresentam, nomeadamente a cor, a textura e a composição química e mineralógica.
Cor
A cor da rocha está relacionada com a abundância relativa dos diferentes minerais que a constituem. Uma vez que os diferentes minerais se desenvolvem em diferentes condições, o estudo desta característica revela-se da maior importância, porque permite a associação da rocha a um ambiente de formação específico.
A maior ou menor abundância destes minerais nas rochas determina a sua cor, pelo que podem assim classificar-se em:
A textura de uma rocha corresponde ao seu aspeto e traduz quer o grau de cristalização quer a disposição, a forma e as dimensões relativas dos minerais que a constituem e depende, do modo como ocorreu o arrefecimento do magma que está na sua origem.
A caracterização das rochas quanto à sua composição química depende, da sua composição mineralógica. Essa caracterização é feita, atendendo à percentagem de sílica existente nas rochas, podendo ser associada a outras características.
À medida que os magmas vão arrefecendo no interior das câmaras magmáticas, verifica-se a cristalização de minerais com estrutura e composição química bem definidas. Uma vez que os materiais cristalizados se separam do magma, formam-se frações magmáticas com composição diferente do magma inicial – magma residual. Este processo, designado por diferenciação magmática, permite que a partir de um só magma inicial se formem rochas muito diferentes.
1) Cristalização fracionada
Este mecanismo que permite a formação sequencial dos diferentes minerais.
Durante o arrefecimento dos magmas, os minerais não cristalizam todos ao mesmo tempo. Primeiro formam-se os minerais com ponto de fusão mais elevado e, seguidamente, a partir da fração magmática restante, vão cristalizando outros, numa sequência decrescente de pontos de fusão.
Norman Bowen estabeleceu uma ordem segundo a qual se processa a formação dos principais minerais que constituem as rochas magmáticas. No modelo sequencial que propôs, Bowen considerou a existência de 2 séries de minerais:
Série descontínua: corresponde a minerais ferromagnesianos (ricos em Fe e Mg), cuja estrutura cristalina difere ao longo da sequência de cristalização; chama-se descontínua porque, por diminuição da temperatura, o mineral anteriormente formado com o líquido/magma residual, formando um mineral com composição química e estrutura interna diferentes, estável nas novas condições de temperatura;
Série contínua: corresponde a minerais do grupo das plagioclases que mantêm a mesma estrutura cristalina ao longo da sequência de cristalização; chama-se contínua porque a alteração gradual de iões nas plagioclases não altera a sua estrutura interna (minerais isomorfos);
Na série descontínua, a olivina é o primeiro mineral a cristalizar, ao qual se seguem a piroxena, a anfíbola e, por fim, a biotite.
Na série contínua, o balanço entre o cálcio e o sódio, constituintes as plagioclases, vai-se alterando ao longo da sequência, formando-se, em primeiro lugar, plagioclases cálcicas e, por último, plagioclases sódicas.
No final formam-se feldspatos potássicos, a moscovite e o quartzo, esgotando-se o magma residual. Pela análise da série reacional de Bowen, é possível compreender:
Neste processo de cristalização fracionada, uma parte dos minerais formados a altas temperaturas reage com o magma remanescente, transformando-se noutros minerais. Por exemplo, os minerais de olivina que não se diferenciam do magma residual reagem com ele formando cristais de piroxena. Estes, uma vez formados, podem reagir também com o magma residual, originando cristais de anfíbola, e assim sucessivamente. Este fenómeno acontece também na série contínua.
A compressão da camara magmática e a diferenciação gravítica – acumulação de cristais por ordem da sua formação e por ordem das suas densidades – são processos pelos quais os cristais originados podem ser separados do líquido residual.
Quando o magma envolve e funde as rochas com as quais contacta, modificando assim a sua composição química (é contaminado pelas rochas encaixantes)
As últimas frações do magma (água, voláteis, sílica e outros solutos minerais) – soluções hidrotermais – podem preencher fendas das rochas e solidificar, formando filões de um só mineral ou de vários minerais associados.
Contaminação de magmas diferentes que poderão ser responsáveis pelo aparecimento de rochas de composição intermédia
Movimentos de convecção geram estruturas de fluxo e de arrastamento de cristais;