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Rochas magmáticas (Resumo de Geologia) - NotaPositiva
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Tatiana Rodrigues

Escola

Escola Básica e Secundária Sidónio Pais

Rochas magmáticas (Resumo de Geologia)

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Resumo do trabalho


Rochas Magmáticas

1. Composição e classificação dos magmas

As rochas magmáticas ou ígneas são as que resultam da solidificação ou cristalização de um magma. O magma é uma mistura complexa de materiais rochosos parcial ou totalmente fundidos, de composição essencialmente silicatada e com uma componente gasosa variável. Formam-se no interior da Terra, em regiões onde a temperatura é elevada. quadro1

2. Características das rochas magmáticas

As rochas magmáticas podem classificar-se de acordo com a profundidade a que consolidam os magmas que lhes dão origem.

  • Rochas plutónicas, ou intrusivas: resultam da consolidação lenta do magma em profundidade (granito, gabro, diorito);
  • Rochas vulcânicas, ou extrusivas: resultam da consolidação do material magmático à superfície ou próximo dela (basalto, riólito, andesito);

A natureza dos magmas e as diferentes condições de consolidação das rochas influenciam as características que apresentam, nomeadamente a cor, a textura e a composição química e mineralógica.

Cor

A cor da rocha está relacionada com a abundância relativa dos diferentes minerais que a constituem. Uma vez que os diferentes minerais se desenvolvem em diferentes condições, o estudo desta característica revela-se da maior importância, porque permite a associação da rocha a um ambiente de formação específico.

  • Minerais félsicos: Minerais como o quartzo ou os feldspatos potássicos, em que predominam a sílica e o alumínio, apresentam uma coloração clara;
  • Minerais máficos: minerais como a piroxena ou a olivina, com elevado teor de ferro e magnésio, apresentam uma coloração escura.

A maior ou menor abundância destes minerais nas rochas determina a sua cor, pelo que podem assim classificar-se em:

  • Rochas leucocratas: apresentam cor clara, devido à predominância de minerais claros, como feldspatos e quartzo (ex.: granito e riólito);
  • Rochas melanocratas: apresentam cor escura, devido à predominância de minerais escuros, tais como olivina, piroxena ou biotite (ex.: basalto e gabro);
  • Rochas mesocratas: apresentam cor intermédia, sem predominância de qualquer um dos diferentes tipos de minerais (ex.: diorito e andesito).

Textura

A textura de uma rocha corresponde ao seu aspeto e traduz quer o grau de cristalização quer a disposição, a forma e as dimensões relativas dos minerais que a constituem e depende, do modo como ocorreu o arrefecimento do magma que está na sua origem.

quadro2

Composição química e mineralógica

A caracterização das rochas quanto à sua composição química depende, da sua composição mineralógica. Essa caracterização é feita, atendendo à percentagem de sílica existente nas rochas, podendo ser associada a outras características.

quadro3

quadro4

3. Cristalização e diferenciação dos magmas

À medida que os magmas vão arrefecendo no interior das câmaras magmáticas, verifica-se a cristalização de minerais com estrutura e composição química bem definidas. Uma vez que os materiais cristalizados se separam do magma, formam-se frações magmáticas com composição diferente do magma inicial – magma residual. Este processo, designado por diferenciação magmática, permite que a partir de um só magma inicial se formem rochas muito diferentes.

Fatores que contribuem para a diferenciação magmática

1) Cristalização fracionada

Este mecanismo que permite a formação sequencial dos diferentes minerais.

Durante o arrefecimento dos magmas, os minerais não cristalizam todos ao mesmo tempo. Primeiro formam-se os minerais com ponto de fusão mais elevado e, seguidamente, a partir da fração magmática restante, vão cristalizando outros, numa sequência decrescente de pontos de fusão.

Norman Bowen estabeleceu uma ordem segundo a qual se processa a formação dos principais minerais que constituem as rochas magmáticas. No modelo sequencial que propôs, Bowen considerou a existência de 2 séries de minerais:

Série descontínua: corresponde a minerais ferromagnesianos (ricos em Fe e Mg), cuja estrutura cristalina difere ao longo da sequência de cristalização; chama-se descontínua porque, por diminuição da temperatura, o mineral anteriormente formado com o líquido/magma residual, formando um mineral com composição química e estrutura interna diferentes, estável nas novas condições de temperatura;

Série contínua: corresponde a minerais do grupo das plagioclases que mantêm a mesma estrutura cristalina ao longo da sequência de cristalização; chama-se contínua porque a alteração gradual de iões nas plagioclases não altera a sua estrutura interna (minerais isomorfos);

quadro5

Na série descontínua, a olivina é o primeiro mineral a cristalizar, ao qual se seguem a piroxena, a anfíbola e, por fim, a biotite.

Na série contínua, o balanço entre o cálcio e o sódio, constituintes as plagioclases, vai-se alterando ao longo da sequência, formando-se, em primeiro lugar, plagioclases cálcicas e, por último, plagioclases sódicas.

No final formam-se feldspatos potássicos, a moscovite e o quartzo, esgotando-se o magma residual. Pela análise da série reacional de Bowen, é possível compreender:

  • Quais os minerais que estão associados às diferentes rochas magmáticas;
  • Que a associação, numa mesma rocha, de olivina e quartzo é pouco provável e a sua ocorrência em simultâneo é muito limitada;
  • Que, se não houver separação dos minerais que se vão formando existem fenómenos que ocorrem simultaneamente com o arrefecimento do magma; se os cristais forem separados do líquido remanescente, um mesmo magma pode formar 2 rochas diferentes;
  • Que os minerais formados a altas temperaturas são menos estáveis quando submetidos às condições de meteorização que ocorrem na superfície terrestre. As olivinas e as piroxenas alteram-se rapidamente, ao contrário do quartzo, que é mais resistente.

Neste processo de cristalização fracionada, uma parte dos minerais formados a altas temperaturas reage com o magma remanescente, transformando-se noutros minerais. Por exemplo, os minerais de olivina que não se diferenciam do magma residual reagem com ele formando cristais de piroxena. Estes, uma vez formados, podem reagir também com o magma residual, originando cristais de anfíbola, e assim sucessivamente. Este fenómeno acontece também na série contínua.

2) Diferenciação gravítica

A compressão da camara magmática e a diferenciação gravítica – acumulação de cristais por ordem da sua formação e por ordem das suas densidades – são processos pelos quais os cristais originados podem ser separados do líquido residual.

3) Assimilação

Quando o magma envolve e funde as rochas com as quais contacta, modificando assim a sua composição química (é contaminado pelas rochas encaixantes)

4) Soluções hidrotermais

As últimas frações do magma (água, voláteis, sílica e outros solutos minerais) – soluções hidrotermais – podem preencher fendas das rochas e solidificar, formando filões de um só mineral ou de vários minerais associados.

5) Mistura de magmas

Contaminação de magmas diferentes que poderão ser responsáveis pelo aparecimento de rochas de composição intermédia

6) Cristalização convectiva e in situ

Movimentos de convecção geram estruturas de fluxo e de arrastamento de cristais;



312 Visualizações 01/06/2019