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Serial Killers - NotaPositiva

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Serial Killers

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Resumo do trabalho

Trabalho escolar sobre Serial Killers - Criminosos ou Loucos?, realizado no âmbito da disciplina de Filosofia (10º ano)...


Serial Killers

Assassínios em série – entre o Bem e o Mal

Criminosos ou Loucos?

Introdução

 “Matei-o porque me deram duzentos paus para o fazer.” Max Aub – Crimes exemplares

Os mistérios da mente. Sempre foi e será um tema que me fascina, seja por pura curiosidade ou a da permanente dúvida do que realmente somos capazes. Acredito na segunda.

No início deste 3º módulo, foi pedido à minha turma do 10º ano que elaborasse-mos um trabalho sobre a “Dimensão religiosa”, que aborda imensos temas... O primeiro pensamento que me surgiu foi: “Morte”. Quero escrever sobre quem mata, sobre quem tem noções básicas da vida e mesmo assim comete os crimes mais hediondos. Fiquei radiante.

Como não crente, falar da “religião” em si seria um dilema para mim, pois ainda estou no primeiro passo da compreensão de saber o que é ser “Divino”, o que sei é que ao afirmar que não sou crente já estou a afirmar algo.

A meio deste módulo, estudámos três filósofos, Freud, Marx e Nietzsche, este último fascinou-me. Pela sua filosofia de vida, mas principalmente pelo seu pensamento, as suas ideologias. Apeteceu-me recuar no tempo para conversar com ele...tal alma gémea. Quando ele afirma: “Deus morreu”, eu acredito e aceito, pois é verdade. Quando ele afirma: “Que Deus era a suprema negação da vida. “, Eu aceito e compreendo. Porque não podemos pensar por nós? Porque temos de seguir regras já incrementadas? Porque não sermos nós o “Supra Supremo”

Mas regressando ao meu argumento inicial, terão os assassinos em série consciência entre o bem e o mal? Eu acredito que sim, que cada um deles sabe distinguir o que é o Bem e o que é o Mal. O que os leva a cometer um crime é puro egoísmo. São seres que só pensam na sua e única satisfação. Esquecendo consequências, crenças e o que possam pensarem deles.

Jaime Quintas afirma na Revista de Filosofia e ensino que: “ o mundo em que vivemos está repleto de coisas más. Dor, fome, pobreza, tristeza, guerras, catástrofes e muitas outras coisas. Faz-nos pensar <Se eu fosse Deus, acabaria com tudo isso e faria um mundo melhor!>. Dizem que deus é criador, bom, omnipotente e omnisciente. Se assim fosse, o mal não existiria; um ser bom e com poderes ilimitados não criaria um mundo mau – criaria um mundo perfeito. Ao olharmos para o mundo e para os seus habitantes somos levados a concluir que o deus descrito atrás não existe.”

Para mim este é o problema que irá persistir sempre, como poderemos compatibilizar um mundo repleto de sofrimento e a existência de Deus?

Não conseguimos, porque está na mente de cada um distinguir, aprender e aceitar o que é o Bem e o que é o Mal.

E, aqui entra a minha problemática.

 “Temo o homem que só conhece um livro” Stº Tomás de Aquino

Noções básicas a considerar

1 - Conceito de assassinos em série ou Serial killers

São indivíduos que praticam uma série de crimes, com um intervalo de tempo a separar cada um dos homicídios. Quando desses acontecimentos o assassino em série pode muito bem matar várias vítimas ao mesmo tempo.

2 -A inteligência do Serial Killer

Regra geral, é muito inteligente. Segundo estudos mais recentes efectuados pelo FBI, o seu quociente de inteligência anda aproximadamente entre os 110 e 12o, podendo vir a ser ainda mais elevado em alguns assassinos. Mas, como afirma o FBI, este teste padrão estão longe da verdadeira realidade, pois a capacidade que estes indivíduos têm em manipular os que os rodeiam e os subterfúgios que utilizam, são muitos.

3 - O Perfil do Serial Killer

Em base nalguns estudos efectuados por conceituados médicos na área e baseando-se em alguns casos de crimes em série, é possível encontrarmos algumas particularidades comuns no período da infância desses agentes, tais, como, por exemplo, a presença da enurese em idade avançada, a prática de abuso sádico de animais ou de outras crianças, a destruição da propriedade, a piromania, devaneios diurnos, masturbação compulsiva, isolamento social, mentiras crónicas, rebeldia, pesadelos constantes, roubos, baixa auto-estima, acessos de raiva exagerados, problemas relativos ao sono, fobias, propensão a acidentes, dores de cabeça constantes, possessividade destrutiva, problemas alimentares, convulsões, auto mutilações e o isolamento familiar e social.

4 - Características da Personalidade Psicopática

  • Encantamento superficial e manipulação, como meio de sobrevivência pessoal
  • Mentiras sistemáticas e comportamento fantasioso
  • Ausência de sentimentos afectuosos
  • Amoralidade
  • Impulsividade
  • Incorrigibilidade

5 - Classificação dos diferentes tipos de Serial killers

Mass Murder (assassinos em massa) – De entre a quatro ou mais vítimas num mesmo local quando de um único acontecimento.

Spree Killer – Assassínios em locais diferentes num lapso de tempo muito curto. Esses crimes provêm de um acontecimento único e o seu encadeamento pode estender-se por um determinado período de tempo.

6 - Classificação dos diferentes tipos de Psicopatas

Psicopatas Amorais – Indivíduos insensíveis, arrogantes, anti-sociais ou perversos, destituídos de compaixão, de vergonha, de sentimentos de honra e conceitos éticos, que não sentem simpatia pelas pessoas do seu grupo social e que praticam condutas lesivas ao bem-estar e à ordem estabelecida. Sendo inútil qualquer tipo de recuperação a estes indivíduos.

Psicopatas Asténicos – Inserem-se em três grupos.

  • Os sensitivos e assustadiços
  • Insatisfeitos
  • Perturbações das funções orgânicas

Psicopatas Explosivos – Indivíduos irritáveis e coléricos, de que se costuma dizer que fervem em água fria. Frequentemente cometem delitos de sangue imotivados ou insuficientes motivados, agressões pessoais, resistência às autoridades e maus-tratos aos animais.

Psicopatas Fanáticos – Indivíduos que se caracterizam pela extrema importância que concedem a certas constelações idealistas, sejam relacionadas com a própria personalidade, sejam ligadas a determinados sistemas religiosos, filosóficos ou políticos.

Psicopatas Hipertímicos – Caracterizam-se pelo senso de humor. Conseguem conviver amigavelmente com as pessoas, mas subitamente explodem em fúria desproporcionada.

Psicopatas Inadaptáveis – Indivíduos que apesar de uma educação razoável e de inteligência normal, são inseguros e falham no seu ajustamento social, profissional e económico. Quando parece que o seu esforço vai ser recompensado, não têm perseverança para chegar a um resultado útil, pois são pessoas imediatistas.

Psicopatas Inseguros – Indivíduos marcados pela falta de confiança em si mesmos e pela sensação de insuficiência que os domina. São pessoas honestas, escrupulosas e de carácter impoluto.

Psicopatas Ostentativos – Indivíduos mentirosos mórbidos, afáveis, solícitos, inteligentes, simpáticos, instáveis, defraudadores, vaidosos, excêntricos, que procuram aparentar mais do que aquilo que na realidade são e que, quando descobertos na sua delinquência, costumam alegar amnésia ou ignorância.

Psicopatas Sexuais – Indivíduos que possuem perversões ou aberrações sexuais primitivas, caracterizadas tanto pela intensidade do instinto como pelo desvio deste em natureza e finalidade. Entre os desvios sexuais encontram-se o onamismo, o narcisismo, o exibicionismo, a tealagnia (volúpia de ver), o feticismo, a frigidez sexual, a necrofilia, o sadismo, o masoquismo e o homossexualismo.

Psicopatas Toxicofílicos – Os toxicómanos exibem sinais de distúrbios de conduta e de carácter que os levam à prática reincidente de prevaricações ou de delitos.

Psicopatas com Reatividade Múltipla – Indivíduos em que os caracteres anormais exibem várias formas de reacção psicótica, de tal sorte que não é possível enquadrá-los em nenhum dos tipos descritos anteriormente.

Argumento

1 -O Porquê

As noções que apresentei anteriormente foram efectuadas através de estudos psicológicos, de estudiosos e curiosos nesta matéria. Este espaço dedica-se ao meu argumento contrário relativamente à mente do Psicopata ou Serial Killer. Pelo que já li, vi, vivi, observei, tenho a certeza que todos eles têm a consciência do que é o bem e do que é o mal. Independentemente de qualquer distúrbio psicológico que possam ter, têm consciência. Acredito que todos nós nascemos com esse conceito, ora de bem ora de mal, depende de cada um de nós e apenas da nossa escolha é só seguir o caminho.

“ Era mais inteligente do que eu, mais rico do que eu, mais generoso do que eu, mais alto do que eu, mais esperto do que eu, mais bonito do que eu, mais esperto do que eu; vestia melhor, falava melhor. Se acha que isto não são desculpas é porque é parvo.

Durante muito tempo pensei na maneira de me ver livre dele, mas fiz mal em envenená-lo: sofreu demais. Disso tenho remorsos, teria preferido que morresse duma só penada”

Max Aub “Crimes exemplares”

A maioria das pessoas é incapaz de entender que uma personalidade pode ser moldada, seja ela anti-social na adolescência, envergonhada na escola e escolher sempre os últimos lugares da sala, é possível, em cada um de nós existir um Psicopata/Serial Killer!

Se considerar-mos o que o escritor norte-americano Jason Moss afirma no seu último livro “The Last Victim”: “ Os Psicopatas parecem incapazes de perceber que as outras pessoas não sejam como elas; pensam que toda a gente se limita a fingir não ser como eles; assim, eles têm a vantagem de ser mais sinceros e honestos que as outras pessoas.”

Temos consciência, ou certeza, de que qualquer um de nós o pode ser?

Se pensarmos bem em vários tipos de sofrimento que conhecemos, verificamos que todos se enquadram neste conceito. Verificamos também que a maioria dos sofrimentos que consideramos mais graves dão-se quando a Necessidade por satisfazer é do tipo desejo – falta-nos aquilo que queremos, não aquilo que precisamos. No topo da escala está a morte. Considero que a morte é sofrimento na medida em que queremos viver, não precisamos de viver, pelo que será um sofrimento psicológico; a dor eventualmente associada à morte é que será um sofrimento físico. Para quem mata é um desejo, uma satisfação, uma afirmação.

Para mim são seres egoístas, pois apenas eles tiram prazer do acto. Cada indivíduo tem uma escala de até onde aguenta o sofrimento, que está relacionado com uma necessidade pessoal; uns resistem melhor à dor outros não, uns são mais fortes e lutem para o seu bem pessoal/material outros preferem dar uso dos mal tratos que lhes foram infligidos aquando crianças e durante toda a adolescência.

Citando o Dr. Robert hare: “ É enorme o sofrimento social económico e pessoal causado por algumas pessoas cujas atitudes e comportamento resultam menos das forças sociais do que de senso inerente de autoridade e uma incapacidade para conexão emocional do que o resto da humanidade. Para estes indivíduos – os Psicopatas – as regras sociais não são uma força limitante, e a ideia de um bem comum é meramente uma abstracção confusa e inconveniente.”.

E não será para todo o resto da humanidade? Qualquer tipo de stress, de uma pobreza repentina, de estados inconstantes na economia do país, de guerra, não poderão provocar Psicopatas/Serial Killers?

Muitos se perguntam se os Psicopatas/Serial Killers têm os cérebros iguais aos nossos, se são diferentes, se não serão alienados?

Dos últimos estudos que se têm feito de à 20 anos para cá, nada disso aparece. Apenas que a criminalidade tem subido, mas devido a tudo o que nos rodeia, ao ambiente em que estamos inseridos numa sociedade. Tudo nos toca, tudo nos fala e afecta.

De maneira nenhuma quero estar a defender qualquer tipo de crimes, apenas que seja considerada a hipótese de que somos todos iguais, que não somos máquinas e não somos regidos por nenhum ser sobrenatural. Que todos temos consciência do bem e do mal, a partir de uma certa idade claro.

Trabalhei com pessoas que viviam rodeadas de objectos estranhíssimos, os seus gabinetes de trabalho muitas vezes eram assustadores. Um dia perguntei à minha chefe o porquê de ter não ter nada na sala, a não ser uma cadeira e uma mesa? ao que ela respondeu: “Este é o meu ambiente, sinto-me bem assim, só assim funciono.”.

Na altura achei estranho, mas com o decorrer dos anos eu própria fui adquirindo hábitos “estranhos” para muitas pessoas. Hoje posso afirmar com clareza que entendo ao que ela se referia...”Só assim funciono”.

2 - Alguns Casos

Charles Manson – É um dos serial killers/mass murder americanos mais famosos, por seus assassinatos terem sido associados ao rock. Era fascinado pela música dos Beatles. Fanático religioso, acreditava ser Jesus Cristo encarnado e possuía uma "família", seus seguidores em suas pregações. Manson dizia ter escrito uma música que teria sido roubada pelo produtor dos Beach Boys, Terry Melcher. Furioso com isso, resolveu invadir a casa de Melcher, mas em sua loucura nem se deu conta que ele não morava mais ali. Na mesma casa, residia Sharon Tate, actriz recém-casada com o director de cinema Roman Polanski e grávida de 8 meses. Manson promoveu uma verdadeira chacina no local, assassinando a actriz e alguns amigos que ali se encontravam. Com o sangue das vítimas, deixou mensagens nas paredes da casa, sempre ligadas a músicas de rock. Charles Manson era filho ilegítimo de mãe promíscua e alcoólatra, nascido em Cincinnatti em 12 de Novembro de 1934. Atraiu um grupo de seguidores, muitos deles jovens mulheres com sérios problemas emocionais, revoltadas com seus pais e a sociedade em geral. Manson destruiu suas inibições e modificou suas noções de bem e mal. A maior parte de seus seguidores eram jovens ingénuos, crédulos e fáceis de convencer. LSD e anfetaminas eram armas adicionais usadas por este assassino impiedoso. No julgamento do grupo, o promotor tinha que provar que os membros da Família Manson eram responsáveis pelas chacinas na casa de Sharon Tate e LaBianca, como também que Charles Manson as tinha ordenado. Manson não estava presente nas chacinas, mas seu domínio sobre o grupo não deixava dúvidas sobre quem seria o mandante dos crimes. O júri condenou Charles Manson, Patricia "Katie" Krenwinkel, Susan "Sadie" Atkins e Leslie Van Houten culpados por assassinato e conspiração para cometer assassinatos. Todos foram condenados à pena de morte. Em 1972, a Suprema Corte da Califórnia aboliu a pena de morte naquele estado, e suas penas foram convertidas para prisão perpétua. Charles "Tex" Watson, Lynette "Squeaky" Fromme, Bruce Davis, Bobby Beausoleil, Steve "Clem" Grogan e Sandra Good são outros membros da "tribo" que cumprem variadas penas por diversos crimes. Linda Kasabian é a única seguidora do grupo que ficou livre, pois garantiu sua imunidade proporcionando evidências contra Manson e outros membros do grupo. Depois do julgamento, deixou a Califórnia. Não se sabe onde ela está.

Ian Brady & Myra Hindley – Ian e Myra trabalhavam juntos numa indústria química em Hyde, Grande Manchester, Inglaterra. Ele, intelectual lendo "Mein Kampf" em alemão. Juntos, eram obcecados por parafernália nazista, pornografia e sadismo. Começaram a raptar crianças assassiná-las. Molestavam suas vítimas antes de matá-las. O casal documentava seus assassinatos. Tinham uma extensa colecção de fotografias de suas vítimas, bem como gravações de áudio dos gritos de uma menina torturada até morrer. Em 1966, foram presos depois de levar para acompanha-los o cunhado de Mira, depois dele dizer que duvidada que Ian matasse alguém. Ian matou um garoto na sua frente. Em vez de admira-lo, procurou a policia. Depois de 20 dias de prisão, Ian confessou outros 4 assassinatos. Em 1995, Mira, que esta presa junto com Rosemary West, deu seu primeiro depoimento público sobre os crimes, dizendo que agora era outra mulher. A suprema corte da Inglaterra, em 1997, depois de uma apelação, decidiu que ela passara o resto de seus dias na cadeia, sem possibilidade de condicional. A pena imposta em 1985 foi 30 anos. Mira alega que só participou dos assassinatos porque Ian abusava dela, ameaçava matar sua mãe, avo e irmã. Convenceu, ganhando o directo de ser avaliada para condicional. Agora Ian tem 60 anos. E paciente de um hospital, e diz que anos de cadeia fizeram Mira ter delusões psicóticas e absurdas. Segundo ele, as fotos que Mira apresentou toda machucada foram produzidas com batom. Ele depois de presa onde ela mostra quem realmente é.

Robert Christian Hansen – Modelo de pai e padeiro, Bob se tornou o mais activo serial killer na história do Alasca. Entre 1973 e 1983, este piloto exímio e ávido caçador levava prostitutas e dançarinas para um voo sem volta até sua cabana nas florestas. Ali, as estuprava e assassinava. Depois de alguns dias em que as mantinha como animais, enquanto tentavam fugir desesperadamente. Para este "esporte", usava sofisticadíssimos rifles de caça. Bob confessou 17 assassinatos no que chamava de "Projecto Verão". Em 1984 foi sentenciado à prisão perpétua mais 461 anos. Tem esperanças de se tornar escritor, e duas editoras já ofereceram contratos para que conte sua história.

Albert Fish, O Vampiro De Brooklyn - Albert Fish nasceu em Washington em 1870. Aos 5 anos ele foi para um orfanato. No orfanato ele tomou um prazer imenso ao ser abusado, o que influenciou sua mente a gostar do sadomasoquista. Aos 7 anos sua mãe o tirou de lá porque havia conseguido um emprego.

Aos 9 ele caiu de uma cerejeira e machucou-se seriamente na cabeça, o que mais tarde causara dores de cabeça e pequenos problemas mentais (é muito comum acontecer isso entre os serial killers na infância). Aos vinte anos ele se mudou para Nova York, onde começou a ter relações sadomasoquistas homossexuais.

Em Nova York ele começou a estuprar crianças e participar de "actividades bizarras". Cometeu seu primeiro assassinato em 1910, onde ele mutilou e torturou sua vítima. Daí então ele começou a ter preferência por crianças e começou a assassiná-las.

Por volta de 1920 Fish viajou por 23 estados americanos pintando casas, ele via esse trabalho como a perfeita oportunidade para cometer suas atrocidades às criancinhas.

Fish lia frequentemente a bíblia e dizia que a voz de Deus o mandava matar. Ele também gostava de inserir agulhas no corpo perto das genitais, actos de dor o excitavam.

Em Maio de 1928 um homem chamado Frank Howard fez amizade com a família Budd. Um dia o Sr. Howard perguntou se ele podia levar Grace, a filha de 10 anos, para uma festa. A família Budd permitiu... e nunca mais viu sua filha ou o velho homem novamente.

O Sr. Howard era de fato Albert Fish, aos 58 anos. Ele teve a ideia de matar Grace Budd para depois usar seu corpo para actos de canibalismo. Seis meses depois, a família Budd recebeu uma carta anónima do assassino que admitiu ter matado Grace, cozido seu corpo e depois comê-lo.

A polícia procurou por alguns apartamentos onde achavam que as letras tanto da carta quanto da pessoa eram parecidas. Até que encontraram Albert Fish.

Ele ficou conhecido como "O Vampiro do Brooklyn" que tirou a vida de 4 crianças em 1932-34.

Fish foi acusado pelo assassinato de Grace Budd, sua defesa foi a insanidade. O júri não concordou com a ideia e Fish foi sentenciado à morte. Em Sing Sing Prison em 16 de Janeiro de 1936, Albert fish que descreveu a sentença à morte como "a maior emoção da minha vida", foi electrocutado. A primeira carga eléctrica falhou por baixo circuito, isso por causa das agulhas que Fish havia inserido em seu corpo por todos aqueles anos. Albert Fish cometeu centenas de abusos sexuais e 16 (ou mais) assassinatos.

Contra Argumentos

António Damásio “O Sentimento de si”

No livro “O Sentimento de si”, António Damásio apresenta várias teorias científicas que procuram resolver alguns dos problemas clássicos da filosofia da mente: o que é um fenómeno mental? O que é a intencionalidade? Como se explica a identidade pessoal? O que é a consciência? Muitos filósofos naturalistas podem agora respirar de alívio: algumas das suas ideias parecem confirmadas pela ciência. São os teólogos que têm agora de repensar a sua concepção de alma, pois a concepção tradicional tem, definitivamente, os dias contados.

António Damásio “O Erro de Descartes”

Indivíduos normais activam os chamados “estados somáticos” (alterações na frequência cardíaca e respiração, dilatação das pupilas, suderose, expressão facial, etc.) em resposta à punição associada às situações sociais. Por exemplo, uma criança quebra alguma coisa valiosa e é punida severamente pelos pais, evocando estes estados somáticos. Da próxima vez que ocorrer uma situação similar, os marcadores somáticos são activados e a mesma emoção associada à punição é sentida. De modo a evitar isto, a criança suprime o comportamento indesejado.

De acordo com Damásio, pessoas com danos no lobo frontal são incapazes de activar marcadores somáticos. Ele diz: “Isto depravaria o indivíduo de um dispositivo automático para sinalizar consequências deletérias relativas a respostas que poderiam trazer a recompensa imediata.”. Isto explica também porque os psicopatas/Serial Killers e pacientes com danos no lobo pré-frontal mostram poucas respostas autonómicas a palavras condicionadas socialmente e imagens com conteúdo emocional, mas têm respostas normais a estímulos incondicionados.

Renato M. E. Sabbatini, PHD “Emocionalmente insensíveis”

Muitas das características da personalidade dos psicopatas podem ser explicadas por défices emocionais. Por exemplo, eles têm pouco afecto com os outros, são incapazes de amar, não ficam nervosos facilmente e não mostram remorsos ou vergonha quando eles abusam de outros seres. Assim, os cientistas têm feito hipóteses há muito tempo que os psicopatas têm uma deficiência nas suas reacções aos estímulos evocadores do medo, e esta seria a causa da sua insensibilidade e também da sua incapacidade de aprender pela experiência.

Conclusão

Nietzsche propõe pensarmos para além do Bem e do Mal: “Perguntai aos escravos quem é o “mau?”, e apontarão a personagem que para a moral aristocrática é “bom”, isto é, o poderoso, o dominador. Então, o Bem e o Mal, dependem da perspectiva e dos interesses de quem julga. Deveríamos nos colocar no lugar do outro. Por exemplo, porque é que Bin Ladem é um homem”mau” para o ocidente-cristão e, é herói “bom” no oriente Islâmico? Porque é que nalgumas Igrejas fazem “shows” contra o Mal, mas terminam sempre a falar das terríveis forças do mal do que do bem?

A Atitude Céptica parece ser o melhor remédio. O céptico suspende o juízo, não toma partido, não se rende ao simplismo de encurralar o pensamento entre as paredes do Bem e do Mal, de certo e errado. Suspender o juízo não quer dizer inacção, ou seja, um agir com sabedoria. A educação e a cultura têm uma grande tarefa pela frente para prevenir o *Maniqueísmo.

* Maniqueísmo É uma forma de pensar simplista em que o mundo é visto como que dividido em dois: o Bem e do Mal. A simplificação é uma forma primária do pensamento que reduz os fenómenos humanos a uma relação de causa e efeito, certo e errado, isso ou aquilo, é ou não é.

Bibliografia

* Livro, “Crimes exemplares” – Max Aub

* Livro, “Serial Killers, Inquérito sobre os assassinos em série” – Stéphane Bourgoin

* Livro, “The Last Victim” – Jason Moss

* Revista de Filosofia – “O problema do Mal” de Jaime Quintas

Internet

* Site www.cerebomente.org.br; argumentos de:

- Dr. Robert Hare

- António Damásio

- Renato M. E. sabbatini, PHD

* Site www.assustador.com.br; fotos e dados sobre alguns casos de Serial Killers.



231 Visualizações 02/01/2020