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Reflexão de um estudante sobre o Sermão de Santo António aos Peixes, realizada no âmbito da disciplina de Português (11º ano).
Durante as aulas do primeiro período foi abordado o Sermão de Santo António aos Peixes. Reconheço que fiquei bastante surpreendida com todo o sermão, pois esperava que fosse uma coisa mais maçadora (devido à época em que foi escrito). Mas estava enganada, pois, surpreendi-me bastante pela positiva, principalmente devido à perspicácia e inteligência do Padre António Vieira em proclamar aos peixes a fim de atingir toda a classe humana, pretendendo que esta reconhecesse os seus erros e pecados, podendo tornar assim, o mundo um local muito mais justo, tornou o sermão um texto bastante apelativo…
Apesar de ter gostado do sermão em geral, foram duas as passagens que mais me marcaram:
Esta passagem que acabei de transcrever mostra-nos as qualidades dos peixes em geral, Padre António considera os peixes bons ouvintes, muito melhores que os homens.
Uma vez que estes ouviam e calavam, enquanto as pessoas, mesmo antes de terminarem de ouvir, já estavam a criticar, a tecer opiniões, não dando oportunidade ao Pregador de acabar a sua tese, de usar os seus argumentos adaptados à situação, não deixando exemplificar com situações concretas para ser de mais fácil compreensão…
Contemporaneamente, o ouvinte já só está preparado para ouvir aquilo que lhe convém, aquilo que no futuro poderá ser proveitoso para adaptar a alguma situação, não está preparado para ouvir profundos discursos sobre os valores morais, por exemplo, ou então, não está apto a ouvir todos os problemas que o mundo tem (pobreza, fome, guerras …) e posteriormente propor possíveis soluções para tentar resolver, ou então, tentar melhorar estes problemas que invadem constantemente o Mundo.
Estes são alguns exemplos que desvendam que os ouvintes humanos na maioria das vezes não ouvem o Pregador e só demonstram que o Sermão do Padre António Vieira ainda se mantém intemporal. E que os maus costumes que os Homens têm de não prestar atenção ao Pregador é uma constante na Sociedade e, provavelmente, sempre o será.
Ao longo de todo o Sermão há um constante elogio a St. António, tornando-o um exemplo a seguir para todos os Homens. Este elogio é louvado no Capítulo V, pois Vieira menciona que Santo António era bastante humilde, apesar de ter bastantes conhecimentos e ser um homem muito experiente, não usou isso para beneficiar de maneira alguma.
Nas sociedades actuais, cada vez mais competitivas, apenas, um escasso número de pessoas é que “encolhem as asas para descer”, na sua maioria, as pessoas sempre que podem “estendem as asas para subir”, É uma questão pura de sobrevivência.
Perante o cenário de dificuldades actuais, agora vividas, a população necessita de qualquer conhecimento que marca a diferença, ou interessa-se pela mais pequena experiência. Pois todas estas pequenas coisas, permitem “o estender das asas”, facilitam a ascensão a altos voos, por exemplo, profissionais.
Na minha opinião, esta elevação é positiva, uma vez que necessitamos de ambição para “sermos alguém na vida” e assim realizar os nossos objectivos, alcançando os nossos sonhos idealizados.
Só conseguimos isso, se utilizarmos todas as armas que temos que nos permitam “estender as asas para subir”…
É necessário é que essa ambição e esta garra não sejam levadas ao extremo, porque isso é prejudicial para o ser humano. Já se diz há muito: “Quem tudo quer, tudo perde!”, como é usado no sermão. Temos que ter agilidade suficiente para perceber quando já não é possível subir mais e resta-nos apenas descer e valorizar o que temos.