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Evolução dos Métodos Contraceptivos - NotaPositiva

O teu país

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Nídia Martins

Escola

Escola Secundária Dr. Ginestal Machado

Evolução dos Métodos Contraceptivos

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Resumo do trabalho

Trabalho escolar sobre Evolução dos Métodos Contraceptivos, realizado no âmbito da disciplina de Biologia (12º ano).


INTRODUÇÃO

O tema do nosso trabalho é a evolução, ao longo da história humana, dos métodos contraceptivos presentemente usados.

Estudos demonstram que, numa lista de oito razões para ter relações sexuais, ter um bebé sempre foi, desde a pré-história, o motivador menos frequente. Os métodos contraceptivos têm sido usados, de uma forma ou outra, há milhares de anos. De facto, o planeamento familiar sempre foi largamente praticado, mesmo em sociedades regidas por códigos morais, sociais e políticos que forçavam pessoas a apenas ter relações sexuais como meio de procriação.

PRESERVATIVO

Preservativo Masculino

O uso do preservativo data desde os 3000 A.C. quando os gregos utilizavam bexigas de cabra para se protegerem de doenças pois havia pouca percepção de como as mulheres engravidavam. Também para impedir a transmissão de doenças, cerca de 1000 A.C., os egípcios usavam bainhas de linho à volta do pénis.

No séc. XVI, uma epidemia de sífilis alastrou-se pela Europa. Nesta altura, Gabriel Fallopius criou um preservativo de modo a impedir a propagação desta doença, o que se veio a verificar como extremamente eficaz, especialmente quando embebido num químico desconhecido que funcionava como espermicida.

No século XVIII começou a ser popular o uso de intestinos animais como preservativo. Este método era, no entanto, muito caro o que resultava no seu reuso resultando no aumento das infecções e no aumento da propagação de doenças.

Em 1843, a empresa de pneus Goodyear descobriu o método de vulcanização de borracha e começou a produzir preservativos, com borracha, primariamente, evoluindo depois látex.

No princípio do séc. XX, a Associação Social Americana da Higiene lutou para proibir o uso de preservativos, pois acreditavam que, qualquer pessoa que arriscava ter doenças venéreas, merecia sofrer as consequências, até os soldados americanos que lutavam na I Guerra Mundial o que resultava em muitos deles voltarem de combate com uma grande quantidade de doenças sexualmente transmissíveis.

Em 1919 começou-se a usar látex para os preservativos pois não apresentava odor, não se estragava tão rapidamente e era mais fino

Em 1924 o preservativo era o método contraceptivo mais receitado e na II Guerra Mundial, os líderes militares já tinham uma visão mais realística sobre os preservativos, preocupados que os soldados trouxessem doenças para as suas mulheres, promoveram agressivamente o uso de preservativos.

Em 1957 surgiu o primeiro preservativo lubrificado.

A revolução sexual dos anos 60 quase acabou com o uso do preservativo. As raparigas estavam mais dispostas para a actividade sexual, por isso os homens recorriam menos àsprostitutas; a gonorreia e a sífilis eram facilmente tratáveis e a pílula e o DIU eram os meios contraceptivos reversíveis mais eficazes que o mundo tinha visto.

Quando o vírus da SIDA foi identificado, na década de 80, tornou-se óbvio que o uso de preservativo era um dos métodos mais eficazes de conter a epidemia e por isso o uso deste meio contraceptivo tem vindo a crescer a partir daí.

Em 1990 foram introduzidos os primeiros preservativos coloridos e com sabor.

Preservativo Feminino

O primeiro preservativo feminino conhecido como “Capote Blanco” começou a estar disponível no Reino Unido na década de 20, e na década de 60, outro design, chamado “Capote Anglais” surgiu no mercado. No entanto, permaneceram pouco populares por serem ainda muito básicos.

Na década de 80, com o aumento da consciência para com as infecções sexualmente transmissíveis, incluindo o vírus da SIDA, aumentou a necessidade de segurança para as mulheres, e um novo preservativo mais aperfeiçoado foi desenvolvido.

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS QUÍMICOS

Antes de serem descobertas as drogas, o mais próximo que havia da contracepção química eram ervas e frutos. Os gregos ingeriam ervas que interferiam na fertilidade da mulher, como por exemplo o pinho e o poejo. As mulheres indianas comiam todos os dias uma papaia quando não queriam ter filhos. Em 1993, descobriu-se que a papaia contém uma enzima que interage com a progesterona evitando a gravidez.

Estes conhecimentos desapareceram depois do século XV. As mulheres que o possuíam tinham medo de o partilhar porque naqueles tempos, oferecer informação sobre contracepção era considerado bruxaria, que era condenada com tortura e fogueira. No século XX e XXI, voltou a surgir o interesse pela contracepção química feminina.

Contracepção de Emergência

Ao longo dos séculos as mulheres acreditavam que, com contracções vaginais expulsavam o esperma, não havendo fecundação; que se tomassem banho depois da relação sexual não engravidavam; ou até que provocar o período com ervas tóxicas ajudaria.

No início do século XX, uma fábrica americana que produzia detergentes e desinfectantes, publicitou os seus produtos como métodos contraceptivos; a mulher deveria lavar a vagina com esses produtos durante o banho. Por incrível que pareça, milhões de norte-americanas usaram esta “contracepção”.

As pílulas de contracepção de emergência são uma “adaptação” das pílulas combinadas. Esta adaptação foi feita em 1970 pelo ginecologista/obstetra canadiano Dr. Albert Yuzpe. Foi e ainda é utilizado por milhões de mulheres. Só foi aprovada pela FDA (Food and Drug Administration) em 1998.

Em 1999, surgiu o Plan B, uma “pílula do dia seguinte” mas apenas com uma hormona, a progestina. Nestes últimos anos causou controvérsia entre algumas entidades, que a consideravam ora prejudicial ora benéfica.

Anel Vaginal e Adesivo

O anel vaginal liberta estrogénio e progestina, e foi inventado pela NuvaRing, para as mulheres que tem dificuldade em lembrar-se de tomar a pílula. O adesivo foi criado pela Ortho Evra.

Os dois foram postos à disposição do público em 2002, apenas com 4 meses diferença. São por isso os métodos contraceptivos mais recentes e com menor evolução.

Pílula

Margaret Sanger, nos anos 40 e 50 (século XX), seguiu de perto as pesquisas científicas sobre métodos para o planeamento familiar. Margaret uniu-se a McCormick, uma amiga de longa data, que apoiava os direitos da mulher e que financiou a pesquisa do Dr. Gregory Pincus e Dr. Chang, que estavam a tentar sintetizar progestina (com sucesso), para um contraceptivo oral feminino.

Para formar uma pílula combinada é necessário progestina e estrogénio. Russel Marker descobriu que os trevos e barbasco são fontes de estrogénio natural. Foi a partir destas plantas que o Dr. Marker extraiu o estrogénio, que anos mais tarde iria contribuir para a produção da pílula combinada. Resultado do trabalho de vários químicos que sintetizaram as hormonas necessárias, em 1960, surgiram as primeiras pílulas combinadas contraceptivas da marca Enovid.

Porém, estas pílulas continham uma elevada quantidade de hormonas e produziam muitos efeitos secundários na mulher. Ao longo das décadas as quantidades de hormonas têm sido reduzidas (ou então inovadas). Só foi aprovada pela FDA em 1990.

Em 2003 surgiu um novo tipo de pílulas, as Seasonale. São pílulas combinadas mas sem placebos. Estas para além de impedirem a gravidez, só deixam ocorrer menstruação de 3 em 3 meses. Tem que ser tomada durante 84 dias e tem os mesmo efeitos secundários que uma pílula normal.

Em 2007 apareceram através da marca Femcon Fe, pílulas combinadas mastigáveis, com sabor a menta, para quem tem dificuldade em tomar comprimidos.

Injecção

A primeira contracepção por injecção foi produzida na década de 50 do século XX pelo Dr. Junkman. Ao juntar álcool e progestina, concretizou que esta droga tinha um longo efeito de contraceptivo. Apesar de se saber, apenas era usado para o tratamento de cancro do endométrio em estado avançado ou para diminuir o desejo sexual em criminosos sexuais.

Só em 1992 é que a Depo-Provera foi finalmente aprovada pela FDA como um contraceptivo de consumo de largos períodos de tempo.

Em 2000, a marca Lunelle lança a “pílula injectável”. Uma injecção que contém as duas hormonas, estrogénio e progestina, visto que a Depo-Provera só contém progestina.

Implantes

Os implantes foram primeiramente aplicados a coelhos na década de 50, para evitar que procriassem (do século XX). Estes eram (e são) tubos flexíveis de progestina comprimida.

Só quarenta anos mais tarde, ou seja, em 1990, é que este método contraceptivo foi aplicado em mulheres. A Norplant, a primeira marca a apresentar este método, continha 6 tubos de progestina.

Em 1998, surgiu o implante como nós o conhecemos. A marca Implanon, produziu um implante constituído por apenas um tubo de progestina.

Estudos estão a ser desenvolvidos, para criar um implante que seja biodegradável, ou seja, não é necessário retirá-lo após os 3 anos, porque se degrada à medida que liberta a hormona.

ESPERMICIDAS

Os espermicidas destroem os espermatozóides e impedem a sua entrada no colo do útero.

Na Grécia Antiga acreditava-se que o útero da mulher era separado do resto do corpo. Se uma mulher desejasse engravidar, uma substância com um odor doce era colocada na vagina, para atrair o útero ao esperma. Caso a mulher não desejasse engravidar, era-lhe inserido um produto com um odor nauseabundo, para que o útero “fugisse” do esperma. Assim, foi criada uma ideia de que  se o cheiro fosse muito forte, o útero vaguearia no corpo da mulher, e poderia atingir o cérebro, causando histeria.

Em papiros datados de 1550 A.C. está documentado que tampões embebidos em leite de burra ou feitos de estrume e folhas de acácia fermentadas eram métodos usados para evitar a gravidez entre o povo Egípcio. Também era utilizado um material gorduroso que se espalhava no colo do útero e atuava como um método de barreira.

Há cerca de três mil anos, na Índia, eram utilizados estrume de crocodilo e de elefante para impedir a gravidez, posteriormente em forma de supositório. Este método era pouco sofisticado, mas a sua elevada acidez permitia alguma protecção.

No primeiro século depois de Cristo, um farmacêutico grego recomendou supositórios vaginais de hortelã e pimenta. Descreveu também poções de espermicidas que causavam infertilidade temporária. A mulher deveria, também, fazer movimentos bruscos depois da relação sexual, de modo a impedir a entrada da ejaculação no útero, e deste modo, a protecção ser maior.

Na primeira metade do século XI, a mulher inseria no colo do útero vinho, chumbo, alumínio, e resina de cedro misturada com algumas ervas, enquanto que os homens cobriam o pénis com alumínio, vinagre, e casca de romã. Aristóteles sugeriu que as mulheres lavassem a vagina com óleo de cedro, pomada de chumbo ou incenso misturado com azeite.

No Islão, em meados do século X, um cirurgião documentou o uso de supositórios para bloquear o colo do útero como meios contraceptivos. Descreveu também supositórios compostos por estrume de elefante, couves e breu, utilizados combinados, ou individualmente.

Outro perito defendeu supositórios feitos de sal-gema para mulheres cuja gravidez poderia ser perigosa.

Um ginecologista grego, em 200 D.C., sugeriu que as mulheres deveriam ter relações sexuais durante a menstruação, porque era nesta altura que as mulheres estavam mais férteis. Indicou também que a mulher deveria suster a respiração durante a relação sexual, e espirrar de seguida, assim como saltar para cima e para baixo de forma a que o esperma fosse desviado e não entrasse no útero.

No antigo Egipto, eram utilizados diversos supositórios, constituídos por extracto de acácia, tendo sido provado recentemente que esta árvore tem qualidades contraceptivas, e sendo ainda utilizada nos espermicidas em forma de gel. Também eram colocadas substâncias pegajosas a cobrir o colo do útero da mulher, como por exemplo uma mistura de mel e carbonato de sódio. Julgava-se que amamentar uma criança até depois de esta completar os três anos de idade era uma forma de impedir a gravidez. Receitas de métodos contraceptivos eram enterradas com as mulheres, de modo a prevenir gravidezes indesejadas na próxima vida.

No século XIX, alguns supositórios foram comercializados e progressivamente desenvolvidos, tal como outros tipos de espermicidas, na forma de espumas, cremes, géis, e películas vaginais.

Também na Índia eram fabricados supositórios vaginais feitos de mel, sementes de árvores, sal-gema, óleo de manteiga e plantas.

Há alguns séculos atrás, na China, as mulheres ingeriam mercúrio e chumbo para controlar a fertilidade, o que resultava quase sempre na sua morte ou esterilidade.

Supositórios de manteiga de cacau eram vendidos em Londres de 1885 a 1960. Nos anos 70, algumas mulheres inglesas inseriram comprimidos de vitamina C na vagina como supositórios contraceptivos, mas algumas experienciaram queimaduras no útero.

Os métodos utilizados antes do século XX não tinham uma eficiência e segurança tão grande como os utilizados hoje em dia.

A esponja é outra forma de contracepção, que é utlizada há centenas de anos e continua a ser utilizada nos dias de hoje. Outrora, a esponja era embebida em aguardente e era colocada na vagina, atada com uma corda, para uma fácil remoção. Começaram também a ser utilizados pequenos pedaços de trapo e bolas de Bambu que eram inseridas na vagina, muitos deles enrolados em redes de pesca. Atualmente as esponjas contêm espermicidas na sua constituição e não são reutilizáveis. Protegem contra o HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.

DIAFRAGMA

O diafragma é introduzido no colo do útero e impede o contacto do esperma com esta zona.

Ao longo dos tempos, esponjas, papel de seda, cera de abelha, borracha, lã, pimenta, sementes, raízes de árvores, sal-gema, frutas, vegetais e até mesmo bolas de ópio, foram utilizados para cobrir o colo do útero, de modo a prevenir gravidezes indesejadas.

Em 1838, os diafragmas eram feitos de borracha vulcanizada. Um ginecologista alemão, no mesmo ano, criou supositórios de plástico, de forma a imitar o costume alemão de aplicar discos de cera de abelha derretida e moldada no cérvix para prevenir a concepção. As farmácias vendiam-nos a mulheres casadas.

A versão do diafragma que é presentemente comercializada foi criada no final do século XIX por Mensinga, mas só se tornaram populares quase meio século depois. No entanto com o aparecimento de métodos mais eficientes, como a pílula, caíram em desuso, e hoje em dia a sua utilização ocupa uma baixa percentagem na população feminina. Foi criado na Alemanha e depressa se propagou pelo país, por ter sido recomendado pelo médico que abriu a primeira clínica de controlo de gravidez do Mundo, em 1882. O diafragma e os espermicidas completam-se, pois é comum utilizar-se espermicidas para a inserção do diafragma.

Um método utilizado pelo Mundo há séculos atrás, consistia na colocação do sumo de metades de limões espremidos na vagina das mulheres. A acidez do limão tornava o pH da vagina ainda mais baixo, e deste modo, os espermatozoides não se conseguiam deslocar até ao útero.

Prostitutas asiáticas inseriam discos de papel embebidos em óleo no colo do útero. Mulheres na Islândia colocavam algas na vagina.

Margaret Sanger, uma enfermeira americana, numa viagem à Holanda, aprendeu a forma mais correcta de usar um diafragma de mola, que estava a ser desenvolvido no país em 1880. Posteriormente foi presa por divulgar esta novidade às mulheres. Enquanto esteve presa ensinou as presidiárias a usá-lo. Inicialmente, os diafragmas eram vendidos por contrabando, assim como o gel que facilitava a sua colocação.

DIU – DISPOSITIVO INTRAUTERINO

O DIU é um pequeno aparelho que é inserido no útero feminino de forma a impedir uma gravidez indesejada. Pode ter diversos formatos, e alguns dispositivos inclusive libertam hormonas, de forma a aumentar a eficácia anticoncepcional. O DIU é eficaz por um período de 3 a 5 anos.

O mecanismo de acção do DIU é bastante simples: o dispositivo interfere na passagem dos espermatozoides para as trompas de Falópio (local de possível fecundação) e impede a nidação, caso ocorra união dos gâmetas. Além disso, pode causar uma inflamação no endométrio, o que também tem efeitos contraceptivos (o endométrio é a camada do útero que fixa o ovo na nidação).

Apesar da sua grande eficácia, o DIU tem algumas desvantagens, sendo elas a agravação das dores menstruais, o aparecimento de infecções uterinas e a provocação de períodos menstruais muito abundantes.

Certos autores consideram Hipócrates o precursor do DIU, pois descobriu o efeito anticonceptivo associado à inserção de corpos estranhos no útero. Algumas tribos indígenas da Nova Zelândia, durante certos rituais, colocavam pequenas pedras nas vaginas das mulheres de forma a torná-las “estéreis como pedras”; este método, embora muito primordial e provavelmente pouco seguro e eficaz, assemelha-se, de certa forma, ao DIU actual. No entanto, os aparelhos criados propositadamente para serem inseridos no útero remontam à Alemanha de 1909. Ainda muito básicos, estes aparelhos funcionavam, mas conduziam muitas vezes a infecções, causando a morte de muitas mulheres, visto que os tratamentos com penicilina só foram desenvolvidos posteriormente.

Em 1926, Ernst Gräfenberg produziu um DIU em forma de anel a que chamou “anel de Gräfenberg”; este dispositivo foi distribuído e usado largamente e com bastante sucesso. Mais tarde, no início da década de 60, um ginecologista americano chamado Jack Lippes desenvolveu um outro DIU, que é ainda usado em todo o mundo actualmente, sendo bastante eficaz e seguro.

Nos anos 70 o dispositivo intrauterino caiu em desuso, visto que uma versão defeituosa, o escudo Dalkon, chegou ao mercado e provocou lesões em milhões de mulheres que a usaram. Este DIU tinha a forma de um escudo, com rebordos que impediam a expulsão acidental, mas que tornavam a colocação e a remoção muito dolorosa; além disso, o fio deste dispositivo era feito de um material poroso que permitia a entrada de bactérias para o útero, o que resultou em infecções muito graves. Para cúmulo, o escudo não era suficientemente eficaz, visto que um número “inaceitável” de mulheres engravidou enquanto o usava.

Hoje em dia, o DIU é considerado pela OMS como um dos mais seguros, eficazes e económicos métodos contraceptivos disponíveis para as mulheres. Os dispositivos mais sofisticados libertam hormonas directamente no útero e reduzem as fortes hemorragias associadas aos primeiros tempos de uso.

CONCLUSÃO

Com este trabalho concluímos que, apesar de muitos dos métodos usados em civilizações antigas para a contracepção nos parecerem estranhos e perigosos, como a ingestão de mercúrio e a inserção de pedras na vagina das mulheres, foram esses métodos que, através de processo de evolução, foram dar origem aos métodos contraceptivos que temos actualmente , com por exemplo o DIU.

Este trabalho permitiu-nos também observar a sabedoria de muitos povos antigos que, sem a tecnologia que possuímos nos tempos actuais, conseguiam identificar elementos da natureza que ajudariam a evitar gravidezes como o extracto de acácia e outras plantas e frutos que, através de estudos feitos nos nossos tempos, têm efectivamente efeitos contraceptivos.

NOTA: Este trabalho, não está escrito de acordo com o Acordo Ortográfico em vigor. Porém, poderão surgir algumas palavras escritas de acordo com o mesmo.



247 Visualizações 28/01/2020