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Ficha de Leitura sobre a obra de Mónica Sintra, "A Um Passo do Abismo", realizado no âmbito da disciplina de Português (9º ano).
Mónica Sintra nasceu em Lisboa a 10 de Junho de 1978. Desde cedo que está ligada à música, tendo gravado o seu primeiro álbum aos 15 anos: Tu és o meu herói.
Durante quatro anos, pertenceu ao corpo de Bombeiros Voluntários de Sintra, onde desenvolveu a sua faceta solidária.
Em 1998 lançou o álbum Afinal havia outra, que viria a alcançar o disco de platina bem como o trabalho posterior Na minha cama com ela.
Em 2004 aventurou-se no teatro de revista com a peça Arre Potter que é demais, no Parque Mayer.
Foi em 2007 que decidiu apostar na formação teatral. Viajou até ao Rio de Janeiro para fazer dois workshops: “Mergulho Teatral” e “Máscara Neutra”, na CAL – Casa das Artes das Laranjeiras.
No mesmo ano, frequentou ainda três workshops ligados ao teatro musical e à dança: “The singing In Musical Theatre” e “Jazz Dance” na ArtesEd – The Arts Educacional Schools of London.
Mónica Sintra conta já com onze trabalhos discográficos de temas originais e dois que reúnem as suas melhores canções.
Aos trinta anos, Mónica Sintra tem um percurso notável que a torna um ícone da música ligeira portuguesa, chamada Música Pimba.
A Mónica Sintra na face da bulimia e da anorexia era uma pessoa frágil, sensível, preocupava-se muito com os seus familiares, não queria que eles sofressem por sua causa, era uma jovem normal, mas com um problema grave, ou melhor, dois: a anorexia e a bulimia.
Tudo começou, quando Mónica concorreu a um casting para entrar numa banda, chamada “Onda Choc” e não foi escolhida, porque era mais gordinha e mais alta do que as outras raparigas.
A partir daí, Mónica passou a dar-se melhor com os rapazes e depressa ficou apelidada como Maria-rapaz. Começou a ser uma espécie de ponte entre os casalinhos da turma.
Mónica reconfortava-se com as palavras da mãe, começou a ficar mais confiante e mais tarde telefonou a vários produtores de música e gravou o seu primeiro disco: Tu és o meu herói. Para Mónica, este disco foi uma grande realização tanto a nível profissional como a nível pessoal.
Seguidamente, Mónica gravou o seu grande êxito: Afinal havia outra. Quando começou a alcançar a fama, Mónica começou a pensar que devia estar sempre bonita e arranjada, começou a achar cada vez mais, que a sua silhueta não era a melhor, e teve medo de não ser aceite por isso.
Mónica confessou ao seu estilista que se sentia mal com o seu corpo e aconselhou-a a fazer uma lipospiração às pernas, e fê-lo, apesar da mãe achar que aquilo era um capricho, apoiou-a.
Fez a cirurgia que o médico dizia ser simples, mas que não correu da melhor forma, pois a Mónica ficou com uma perna mais magra do que outra.
A obsessão de querer ficar magra a todo custo fez com que a cantora experimentasse todos os tipos de dietas que estão disponíveis quer fossem ou não recomendadas por nutricionistas. Mónica evitava a todo o custo alimentos calóricos.
Quando ia para a faculdade era fácil dizer às colegas que já tinha almoçado, pois só tinham aulas à tarde, só havia uma colega na qual a relação ia para além da faculdade, colega essa que ia com ela as consultas no psiquiatra.
Experimentou todos os tipos de dieta, foi então que começou a Anorexia e a Bulimia.
Mais tarde, fez uma tabela com as calorias dos alimentos, para saber o que comer.
Mónica nunca lidou bem com a sua imagem e nunca se soube olhar ao espelho, recusava-se a assumir que estava doente. Esteve presa numa vida dupla e só se enganava a si própria.
Foi então que quando foi ao médico, este pediu que ela lhe escrevesse uma espécie de diário, e ela fez isso, escrevia um diário para o médico, um diário fictício.
Quando Mónica tinha 1,61 m e 47Kg a sua mãe pensou que isso se devia ao excesso de trabalho e ao desgosto amoroso, pois tinha terminado um namoro.
Quando ela ia ao supermercado esforçava-se para não comprar chocolates, batatas fritas entre outros alimentos calóricos, mas à noite quando ia às bombas de gasolina comprava os alimentos mais calóricos: amendoins, gelados, batatas fritas. Depois de comer tudo, ficava com remorsos e vomitava à força.
Mónica vivia com um enorme pavor pois podiam descobrir a sua fragilidade.
Foi com bastante determinação que Mónica aceitou a dieta equilibrada, proposta pela nutricionista e passava a semana inteira a pensar naquele dia da semana em que podia abusar um bocadinho da comida.
A partir do momento em que começou a fazer dieta, a cantora conta que não vomitava tantas vezes não tomava laxantes diuréticos.
O tratamento do distúrbio alimentar é extremamente doloroso, pode durar a vida inteira. O que deu e dá força a Mónica Sintra foi ela chegar à última fase do tratamento mas por vezes Mónica rendeu-se à tentação, abusou em jantares e quando chegou a casa vomitou, tinha pavor de voltar a ficar doente.
Mónica, hoje, tem plena consciência que não é fácil lidar com a comida, mas o importante é que aprendeu a subir um degrau de cada vez e agora pensa duas vezes antes de fazer a chamada asneira.
Mónica, diz que aprendeu muito com esta doença, ou melhor, com estas doenças, e que hoje sabe encarar a vida com um sorriso.
Este livro é o relato de oito anos de sofrimento devido a anorexia e bulimia nervosas, contado na primeira pessoa do singular. Mónica Sintra revela os seus pensamentos mais íntimos relacionados com a doença. Poderemos compreender melhor, com base neste testemunho, as pessoas afectadas com estes distúrbios alimentares. Uma confissão sincera que pretende servir de ajuda a tantas e tantas pessoas que continuam a sofrer longe dos pais, irmãos(ãs), amigos(as), namorados(as) e maridos/esposas. Um grito de alerta mas sobretudo uma mensagem de esperança sobre um problema que afecta solitariamente um número cada vez maior de pessoas, um livro impressionante!
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