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Ficha de Leitura sobre a obra de Daniel Marques Ferreira, "Primavera Interrompida", realizado no âmbito da disciplina de Português (9º ano).
Nome: Daniel Marques Ferreira
Formado pela Escola de Artes Decorativas, especializou-se na área de design gráfico, mas a escrita acompanha-o. Aos dezassete anos colabora no Juvenil do Diário de Lisboa.
Na área infantil e jovem escreveu, entre outros: Micaela, uma amiga que veio de longe; A semente mágica; Pinta-Pinta na Terra do Amarela e Meu Cavalinho de Pau, Amigo do coração.
Estreia-se na Edinter Jovem com este romance, Primavera Interrompida, abordando temas muito sérios e actuais como a toxicodependência e a SIDA, de forma coloquial e tensiosa:
“No mínimo, a esperança veste-se de sorrisos.” Percebe-se onde está a fonte de amargura e quem a pode beber; sente-se o que significa interromper a Primavera de uma vida que devia ser de manhãs cinzentas e não de tardes cinzentas.
Esta história relata a vida de uma família constituída por três irmãos: Eugénio, Sara e Simão. Os dois irmãos mais novos, eram gémeos, Sara e Simão, mas eram completamente diferentes, começando logo porque um deles era um rapaz e outro uma rapariga. Além disso, tinham uma maneira de ser muito diferente: a rapariga era muito rebelde e não dava ouvidos a ninguém chegando mesmo a agredir alguns colegas, enquanto que o rapaz era sossegado, bem comportado e nunca se metia em conflitos.
Nos tempos livres Simão tocava guitarra e compunha música, sendo assim o orgulho de toda a família e também o seu passatempo favorito. A Sara também gostava muito de ouvir música, mas tinha de se das suas bandas preferidas e sempre com o som, a umas alturas a que os vizinhos se queixassem.
Numa manhã, em que o pai os levava à escola, reparou que Simão esperava por um colega, este amigo não lhe parecia ter um ar de um rapaz ajuizado. O colega por quem Simão esperava veio a saber-se que se chamava Joca e que era drogado. Como todas as pessoas chegam a estes poucos, tentou influenciar o amigo, mas este conseguiu resistir à tentação.
Anselmo, pai dos três irmãos, ao saber que amizades o filho tinha, decidiu intervir, tendo uma conversa muito séria com Simão, mas este convenceu o pai que não iria seguir o exemplo de Joca e que só o queria tentar ajudar.
No dia seguinte, Joca faltou às aulas, deixando Simão muito preocupado. Simão resolveu ir a casa de Joca para saber o que se passou para ele faltar à escola, mas também estava com um pouco de receio pois segundo conversas que se ouviam no corredor da escola, constava que a mãe de Joca tinha algo a esconder, que tinha muito mau aspecto e que era um pouco assustadora.
Joca e Simão estiveram algum tempo a conversar, e com este diálogo Simão conseguiu compreender que cada vez era mais forte o vício que Joca tinha pela droga. Na conversa também surgiu o assunto da paixão do Joca pela Eunice (uma das “peneirentas” do grupo da Sara).
Um dia, quando Simão saiu da escola, foi à cafetaria “Orion” comprar pastilhas. Neste estabelecimento, teve oportunidade de conhecer o Sr. Augusto que também tinha um vício, o álcool. O Sr. Augusto era alcoólico, não só porque perdeu a sua mãe quando ainda era muito pequeno, mas também porque se divorciou da mulher. Devido a esta experiência de vida deu vários conselhos a Simão para que ele pudesse ajudar o amigo.
Passado alguns dias, Simão, com o apoio dos pais, teve a excelente ideia de convidar o Joca para ir passar as férias da Páscoa, na quinta dos avós em Penela.
E assim foi, partiram todos em viagem. Esta viagem, mostrou a Joca que estava a tornar-se mesmo um toxicodependente, até foi hospitalizado devido à mistura de droga com álcool.
Passado alguns dias, voltaram, pois as férias tinham acabado e até já havia testes marcados.
Algum tempo depois, já se encontravam no final do ano e Joca tinha sido um dos alunos a transitar de ano.
Asa férias de Verão estavam quase a chegar, e cada vez mais, Joca estava frágil, chegando mesmo a ser hospitalizado, mais uma vez.
Quando Simão chegou de férias, já corria a trágica notícia de que Joca estava infectado com o vírus da SIDA, deixando-o desolado, mas nunca perdendo a esperança de que a doença pudesse ser ultrapassada.
A droga é cada vez um fenómeno de preocupação na nossa sociedade, quer queiramos, quer não a Droga esta cada vez mais presente no nosso dia-a-dia.
Considera-se importante que os jovens tenham conhecimentos que lhes permitam compreender esta tão complexa problemática, de forma a “facilitar a criação de mecanismos de defesa nas situações de risco de consumo.”
A curiosidade, a pressão do grupo e o gosto pelo risco são as principais causas que levam os jovens a experimentar a droga. A fuga a determinados problemas afectivos, de ordem pessoal ou familiar é uma razão comum, tanto nos jovens como nos adultos.
O percurso do consumo de droga está intimamente ligado à dependência que esta cria no consumidor.
O consumidor sente um intenso desejo de se drogar, ao qual podemos chamar de uma dependência psicológica. O organismo fica dependente da droga e a falta desta provoca um grande mal-estar físico, ou seja, uma dependência física. Para conseguir o efeito desejado, o consumidor tem necessidade de ir aumentando a quantidade de droga.
Cocaína, Ecstasy, Haxixe, Heroína, LSD, Heroína são algumas das Drogas que mais se ouve falar, talvez por serem as mais preocupantes.
Mas o importante, é que reconheça que esta doente, para que seja mais fácil o tratamento.
Hoje, em dia, infelizmente o álcool é uma simples bebida que se vende em qualquer estabelecimento público, podemos chamá-lo de droga, mas é uma droga legal, apesar de não poder ser vendida a menores de 16 anos.
O álcool, ou o alcoolismo afecta a saúde física, o bem-estar emocional e o comportamento de o indivíduo. O álcool é considerado um depressor do sistema nervoso central, pois afecta o estado de vigília. Após a sensação inicial de euforia e de desinibição, segue-se um estado de sonolência, turvação da visão, descoordenação muscular, diminuição da capacidade de reacção, de atenção e de compreensão, entre outros. Poucos minutos depois da ingestão, álcool passa para a corrente sanguínea, onde pode manter-se várias horas, a partir da qual a sua acção sobre diversos órgãos do organismo.
O consumo de bebidas alcoólicas pode estar relacionado com factores, tais como o contexto familiar, a predisposição genética, os padrões culturais e nível sociocultural.
A quantidade de álcool que um indivíduo pode consumir, sem perder os reflexos e a coordenação motora, depende da idade, do sexo e da constituição física.
Dependendo do grau e de lesões já instaladas, o tratamento médico da dependência do álcool deve ser apropriado a cada paciente. Mas, por isso, o passo fundamental é o reconhecimento da dependência por parte do alcoólico, o que não é uma tarefa fácil. Mas o importante é que a pessoa, reconheça que é alcoólica, e que tente curar-se, apesar de ser difícil, não é impossível!
A SIDA é outro dos problemas bastante preocupantes na nossa sociedade, já que não tem cura.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam a SIDA é uma doença com a qual se pode viver, já que é transmitida através de contacto sexual, partilha de seringas, por transmissão ao feto, pela mãe infectada, tatuagens com agulhas não esterilizadas, partilhas objectos pessoais: escovas de dentes, lâminas, entre outros objectos cortantes e não por um simples beijo, ou por partilhar os mesmos talheres ou lavados, como algumas pessoas pensam. É óbvio, que a SIDA é uma doença que deve ser cuidada com cuidado. Mas, estar bem informado é o primeiro de vários passos a seguir.
Normalmente, a SIDA manifesta-se vários anos após a contaminação. Mas, durante o período de ausência de sintomas, o vírus continua a multiplicar-se.
Um indivíduo seropositivo que não apresenta sintomas e ainda não desenvolveu a doença, é um potencial transmissor desta enfermidade a outras pessoas.
O mais importante é tentar animar os indivíduos seropositivos, porque estes podem ter uma vida perfeitamente normal mas, com alguns cuidados. Os mais pequenos devem estar também informados sobre a doença, mas não devem ser alarmados, pois os cientistas estão perto de descobrir uma cura, enquanto isso os seropositivos têm de aprender a lidar com a situação.
Este livro é um livro muito interessante, aborda problemáticas muito presentes no nosso dia-a-dia e na nossa sociedade, aborda temas como: a Droga, o alcoolismo e também a SIDA, doenças difíceis de ultrapassar.
É bom que os autores de hoje em dia se preocupem em tentar alertar principalmente os jovens, para a Droga e suas consequências, para o alcoolismo e também alertar os jovens da SIDA, que infelizmente, ainda não tem cura.
Este é mais um daqueles livros que nos ensinam a viver e que não se esquecem mal os arrumamos na prateleira. Porque afinal, se onde de nos “se meter no mundo da droga”, a escolha é dele, ou vive ou morre.
Este livro tem uma lição de moral, muito importante.
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