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Micaela Oliveira

Escola

Externato Dom Fuas Roupinho

Atletismo

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Resumo do trabalho

Trabalho sobre três das modalidades de atletismo, realizado no âmbito da disciplina de Educação Física (11º ano).


Introdução

Devido à impossibilidade de avaliação prática do conteúdo programático, foi proposto que fosse realizado um trabalho acerca do Atletismo, nomeadamente das suas três modalidades, que seriam parâmetros de avaliação do desporto na disciplina. Essas três modalidades são particularmente a corrida de 60 metros, o salto em comprimento e o lançamento do peso, sendo que o trabalhado realizado vai incidir maioritariamente nas técnicas de execução de cada uma.

Posto isto, espero não só que o trabalho concretizado seja apelativo e informativo, como também que a matéria tratada seja bem explícita e tratada da melhor forma possível.

Conceito de Atletismo

O atletismo é considerado como um desporto base, pois a sua prática reflecte os movimentos essenciais do ser humano, na medida em que ele caminha, corre, salta e arremessa. Este apresenta-se dividido por três modalidades: corrida, lançamentos e saltos. De modo geral, o atletismo é praticado em estádios, com excepção de algumas corridas de longa distância, praticadas em vias públicas ou no campo, como a maratona.

Esta modalidade desportiva consiste numa variedade de desportos competitivos de corrida, marcha, saltos e lançamentos. As provas de corrida e de marcha realizam-se em pista, em estrada, ou em corta-mato. As provas de corrida disputadas no âmbito dos Jogos Olímpicos dividem-se em três grupos: provas de velocidade, das quais fazem parte as distâncias de 100, 200 e 400 m, e estafetas; e as provas de meio-fundo e fundo, compreendendo os 800, os 1500, os 5000 e os 10 000 m, os 3000 m obstáculos, a meia-maratona e a maratona, uma longa corrida realizada em estádio e estrada. As corridas com barreiras efectuam-se em 110, 200 e 400 m para homens, e 100 e 400 m para senhoras. As provas de saltos incluem o salto em altura, o salto em comprimento, o triplo salto e o salto à vara. Os lançamentos dividem-se em lançamento do dardo, do disco, do martelo e do peso. Existe ainda o decatlo, especialidade que abarca um conjunto de dez modalidades atléticas, compreendendo provas de corrida, lançamento e salto.

História do Atletismo

O atletismo é a forma organizada mais antiga de desporto e é celebrado há mais de mil anos. As primeiras reuniões organizadas da história foram os Jogos Olímpicos, iniciados pelos gregos no ano 776 a.C. Durante muitos anos, o principal evento olímpico foi o pentatlo, que compreendia lançamentos de disco, salto de longitude e luta livre. Outras provas, como as carreiras de homens com armaduras, fizeram parte mais tarde do programa. Os romanos continuaram a celebrar as provas olímpicas depois de conquistar a Grécia no 146 a.C. No ano 394 da nossa era o imperador romano Teodósio aboliu os jogos. Durante oito séculos não se celebraram competições organizadas de atletismo. Restauraram-se na Inglaterra em meados da metade do século XIX, e então as provas atléticas converteram-se gradualmente no desporto favorito dos ingleses. Em 1834, um grupo de entusiastas desta nacionalidade alcançou os mínimos exibíeis para competir em determinadas provas. Também no século XIX se realizaram as primeiras reuniões atléticas universitárias entre as universidades de Oxford e Cambridge (1864), seguido de Londres (1866) e também nos Estados Unidos (1868). O atletismo posteriormente adquiriu um grande seguimento na Europa e América. Em 1896 iniciaram-se em Atenas os Jogos Olímpicos, uma modificação restaurada dos antigos jogos que os gregos celebravam em Olímpia. Mais tarde, os jogos celebraram-se em vários países com intervalos de quatro anos, excepto em tempo de guerra. Em 1913 fundou-se a Associação Internacional de Federações de Atletismo. Com sede central de Londres, a associação é o organismo reitor das competições de atletismo a escala internacional, estabelecendo as regras e oficializando as melhores marcas mundiais obtidas pelos atletas.

Estádio de Atletismo

Um estádio é concebido de modo a que possam ocorrer ao mesmo tempo provas de corrida (ou pista), bem como de saltos e lançamentos (ou campo). As provas de pista e campo são disputadas em pista de atletismo e reúnem: corridas rasas, corridas com barreiras ou com obstáculos. Já as provas de campo englobam saltos, arremesso e lançamentos. A pista moderna é oval, mede 400 m  de perímetro, e possui seis a dez faixas. A superfície da pista é geralmente de plástico ou borracha, o que a torna tanto resistente ao tempo como ao atrito. As modalidades de campo realizam-se no centro da pista, área essa que se designa por centro do campo.

Corrida

  • Estafetas (4x100m; 4x400m)
  • Marcha (10000m; 20000m; 50000m)
  • Barreiras (100m; 110m; 400m)
  • Fundo (5000m; 10000m; Maratona 42km)
  • Meio-fundo (800m; 1500m; 3000m obstáculos)
  • Velocidade (60m; 100m; 200m; 400m)

As provas de velocidade caracterizam-se por serem provas de curta distância e têm por objectivo, percorrer essa distância no menor tempo possível. Nas corridas até 400 m inclusive, cada atleta terá de ter uma pista individual, com uma largura de 1,22 m, limitada por linhas com 5 cm de largura. Em todas as provas de velocidade, os blocos de partida terão de ser usados. Quando colocados na pista, nenhuma parte do bloco de partida poderá situar-se sobre a linha de partida ou prolongar-se para outra pista individual.

Técnicas determinantes na corrida de velocidade

Na corrida de velocidade podemos distinguir três fases importantes: a partida, o desenvolvimento da corrida e a chegada. Na fase da corrida propriamente dita, ainda podemos distinguir três fases distintas: a fase de aceleração, a de manutenção da velocidade máxima e a fase de desaceleração.

Partida

Em situação de competição a partida é indicada por um juiz através das seguintes vozes de comando:

“Aos seus lugares” – o atleta deve:

  • Colocar-se nos blocos numa posição de cinco apoios no solo (mãos, pés e joelho);
  • Colocar os pés nos blocos, normalmente com o membro inferior mais forte no bloco da frente;
  • Ter o joelho apoiado no solo do membro inferior que apoia o bloco de trás;
  • Ter os membros superiores apoiados no solo em extensão e as mãos ligeiramente mais afastadas que a largura dos ombros;
  • Ter o dedo polegar e o indicador afastados e apoiados imediatamente atrás da linha de partida;
  • Colocar a cabeça no prolongamento do corpo, com o olhar fixo para a frente da linha de partida.

“Prontos” – o atleta deve:

  • Colocar-se na posição de quatro apoios, elevando o joelho do membro inferior de trás;
  • Elevar a bacia e avançar ligeiramente os ombros para a frente;
  • Apoiar fortemente os pés nos blocos;
  • Manter os membros superiores em extensão e as mãos apoiadas no solo.

“Sinal de partida” – o atleta deve:

  • Retirar as mãos do solo;
  • Realizar uma extensão rápida dos membros inferiores;
  • Avançar rapidamente o joelho do membro inferior que está atrás (1ºpasso);
  • Coordenar o movimento dos membros superiores com o dos membros inferiores;
  • Manter o olhar dirigido para a frente.

Desenvolvimento da corrida

Fase de aceleração - fase durante a qual se pretende atingir a velocidade máxima num período de tempo o mais curto possível. Nesta fase é importante:

  • Primeiras passadas muito rápidas e curtas, com um movimento do pé rasante ao solo;
  • Redução gradual da inclinação do corpo à frente até atingir a vertical;
  • Aumento gradual da amplitude da passada para permitir um rápido aumento da frequência.
  • Fase de manutenção da velocidade máxima: período durante o qual o atleta consegue manter a sua velocidade máxima. Nesta fase é importante:
  • Manter elevada frequência da passada;
  • Realizar o contacto dos pés com o solo pela parte anterior (parte da frente do pé);
  • Passar o calcanhar do membro inferior livre junto da nádega, no balanço atrás;
  • Elevar a coxa à horizontal,  no balanço à frente;
  • Braços com movimentos enérgicos e descontraídos, deslocando-se com um ângulo braço/ antebraço próximo dos 90°;
  • Manter o olhar dirigido para a frente.

Fase de desaceleração: pode ocorrer nos últimos metros da corrida e deve-se principalmente à fadiga acumulada pelo atleta. Esta fase varia com a distância da corrida (correr 60 m é diferente de 400m, sendo ambas provas de velocidade) e o nível do atleta.

As componentes críticas são as mesmas da velocidade máxima, no entanto  deverá existir um aumento da amplitude da passada para compensar a perda de frequência.

Chegada

A chegada à meta é a última fase de uma corrida, sendo também importante pois dela pode depender a vitória numa prova. A chegada pode ser feita com a inclinação do tronco à frente ou avançando o ombro oposto à perna da frente e oscilando os braços para trás. É importante não diminuir a velocidade antes de passar a meta.

Lançamentos

  • Lançamento do Disco
  • Lançamento do Martelo
  • Lançamento do Dardo
  • Lançamento do Peso

O lançamento do peso é uma disciplina do atletismo cujo objectivo é lançar um “peso” (objecto esférico) o mais longe possível. Os lançamentos são realizados num espaço onde existe um círculo de lançamento e uma zona de queda. O diâmetro interno do círculo terá de medir 2,135 m.

Técnicas determinantes do lançamento do peso

Pega do engenho

  • Pegar o engenho com a mão, apoiado sobre os dedos abertos e sem tocar na palma da mão;
  • Os dedos polegares e mínimo servem de apoios laterais assegurando a estabilidade do engenho;
  • A mão que tem o peso deve ser colocada junto do pescoço;
  • O cotovelo é ligeiramente levantado e puxado para a frente;
  • A cabeça é mantida na sua posição normal.

Posição de Lançamento

  • Afastar os pés cerca de 60 cm. Segurar o peso debaixo do queixo, mantendo alto o cotovelo desse braço.
  • Juntar os pés enquanto se salta, ou deslizar para a esquerda.
  • Apoiar-se no pé direito, enquanto se aterra, e avançar com a perna esquerda. Flectir os joelhos e preparar-se para empurrar o peso a partir do ombro.
  • Fazer oscilar a anca direita, para lançar o corpo para a frente. Retirar o peso debaixo do queixo, como preparação para o largar.
  • Tentar impulsionar o peso para cima e em frente, a partir do queixo e tão depressa quanto possível. O peso irá tanto longe quanto mais alto e mais depressa for arremessado.
  • Para seguir o movimento do peso depois do arremesso, avançar com a perna direita e dobrá-la, para evitar passar sobre a barra de madeira em frente do círculo.

Saltos

  • Salto em Altura
  • Triplo Salto
  • Salto à Vara
  • Salto em Comprimento

O salto em comprimento é uma disciplina do atletismo cujo objectivo é atingir a maior distância possível entre a chamada e a queda. Os saltos são realizados num espaço onde existe pista de balanço, zona de chamada e zona de queda. A pista de balanço deverá ter um mínimo de 40 metros de comprimento e entre 1,22m a 1,25m de largura. A zona de chamada é marcada por uma tábua que deverá ter um comprimento igual ao da largura da pista de balanço e 20cm de largura. Deverá estar colocada entre 1 e 3 metros da área de queda. Na zona de chamada é também marcada uma linha de chamada que o atleta não pode pisar para realizar o salto e a partir da qual é medida a distância do salto. A zona de queda deverá ser uma caixa de areia, ao mesmo nível da pista, e medir entre os 2,75 e 3 metros de largura no mínimo de 10 metros de comprimento. Este salto e composto por 4 fases: corrida de balanço, chamada, voo e queda.

Corrida de Balanço

  • Realizar seis a dez passadas em aceleração progressiva;
  • Manter o corpo descontraído e a bacia elevada;
  • Olhar dirigido para a frente.

Chamada

  • Colocar o pé de chamada na tábua de chamada;
  • Manter o tronco na vertical;
  • Elevar o joelho contrário ao pé da chamada e, com a ajuda dos membros superiores, preparar a fase de voo.

Voo

  • Projectar o corpo bem para cima;
  • Lançar o membro inferior livre para a frente e para cima até à altura da bacia;
  • Rodar os membros superiores em extensão á retaguarda e projectar o corpo para a frente;
  • Puxar os membros superiores em extensão para a frente e iniciar a flexão do tronco á frente.

Queda

  • Puxar os membros inferiores para a frente com fecho do tronco sobre estes;
  • Fazer a recepção sobre os dois pés, flectindo os membros inferiores;
  • Equilibrar o corpo ou projectá-lo para a frente.

Curiosidades

  • James F. Fixx, o grande entusiasta da prática desportiva para a saúde e um dos "gurus" das corridas de rua nos Estados Unidos, faleceu no dia 21 de Julho de 1981, aos 52 anos, vítima de um enfarte fulminante quando praticava jogging.
  • Martin Barre, guitarrista da legendária banda de folk-rock Jethro Tull é maratonista amador, cujo recorde pessoal é 3:40:00.
  • No ano 2000, a Federação Internacional de Atletismo Amador, cuja sigla em inglês é IAAF, passou a chamar-se Federação Internacional das Associações de Atletismo mas manteve a mesma sigla. Sinais dos tempos, visto que o profissionalismo se sobrepôs ao amadorismo.
  • A actual distância da Maratona (42.195 metros) foi disputada pela primeira vez na Maratona dos Jogos Olímpicos de Londres em 1908, para possibilitar que a família real inglesa assistisse a prova – sem grandes “transtornos”, assim, a largada foi no Castelo de Windsor, fazendo com que a distância fosse de 42.195 metros, ou seja, a exacta distância do Castelo de Windsor e o White City Stadium onde aconteceu a chegada.
  • A japonesa Naoko Takahashi teve o mais curto reinado entre as maratonistas que estabeleceram as melhores marcas da história. O reinado durou apenas uma semana e espantou – no bom sentido – o mundo desportivo: A esplêndida marca de Takahashi (2:19:46) na Maratona de Berlim em 29 de Setembro de 2001 quando se tornou a primeira mulher a correr uma Maratona sub 2:20:00. Passados sete dias na Maratona de Chicago, a mais rápida da actualidade, a queniana Catherine Ndereba fechou a prova em 2:18:47 e, por sua vez, tornou-se a primeira mulher a correr uma Maratona sub 2:19:00.
  • O brasileiro Ronaldo da Costa, ao estabelecer em Setembro de 1998 a nova melhor marca da história da Maratona (2:06:05) em Berlim, foi o primeiro homem da história a correr a distância num ritmo sub 3 Km/min (2:59 Km /min).
  • Na final dos 200 metros rasos do Mundial de Atletismo de Edmonton três corredores cravaram o mesmo tempo: 20s20, o que levou os fiscais recorrerem a foto de chegada para proceder o desempate. Após análise, a prata ficou com o jamaicano Cristopher Williams e a medalha de bronze foi conquistada por dois corredores: Shawn Crawford (EUA) e Kim Collins (São Cristóvão).
  • A Maratona feminina estreou-se nos Jogos Olímpicos em 1984, em Los Angeles.
  • O maratonista Gezahegne Abera é o primeiro homem a deter o título olímpico e mundial de Maratona simultaneamente.
  • O maratonista etíope Abebe Bikila venceu a Maratona dos Jogos Olímpicos de Roma (1960), correndo descalço e estabeleceu a nova marca mundial para a modalidade: 2:15:16. Como prémio, ganhou um automóvel do governo etíope e, neste mesmo carro, veio a falecer num acidente anos depois.
  • O Maratonista Emil Zatopeck é o único homem a conquistar numa mesma Olimpíada a medalha de ouro nos 5.000m, 10.000m e na Maratona. No entanto, aquela era a primeira Maratona que disputava na sua vida.
  • O espanhol Diego Bardón participa em inúmeras provas ao redor do mundo, mas com um detalhe: todas as provas são feitas de costas. Começou a correr de costas, porque numa maratona de Nova Iorque em 1996 (quando ainda corria normalmente), recebeu de uma incentivadora da prova um copo de água e para agradecer à menina sem parar de correr, bebeu a água e correu de costas acenando para ela. Então, surgiu daí a ideia.
  • Em 1904, o norte-americano Fred Lorz terminou a maratona em primeiro lugar, mas não levou a medalha porque foi descoberto que o atleta tinha percorrido metade do caminho de carro. Lorz negou, dizendo que estava apenas a brincar, mas foi banido por toda a vida de competições.
  • A norte-americana Roberta Gibb, no ano de 1966, correu a Maratona de Boston vestida de homem. Até então, a participação feminina nesta Maratona era proibida. A alegação dos organizadores era que o sexo feminino não teria “capacidade psicológica de correr uma maratona”. Assim, Roberta Gibb correu a prova e concluiu no tempo extra-oficial de 3:21:40, ficando mundialmente conhecida e, assim, abriu o caminho para a inclusão da categoria feminina na prova cinco anos depois (1971).

Conclusão

Este trabalho foi realizado com empenho e cumpriu as expectativas propostas à partida. Ao concretizá-lo, percebi que o Atletismo é uma modalidade na qual se atingem os momentos mais altos e mediáticos do História do desporto. É talvez a modalidade desportiva onde o ideal olímpico corresponde perfeitamente aos objectivos da própria modalidade: mais rápido, mais alto, mais forte. De facto, o que se procura é chegar em primeiro, ser mais veloz, chegar mais alto e mais longe e ainda aguentar melhor as dificuldades das provas, ser o mais forte.

Posto isto, foi de tamanho interesse elaborar este trabalho, devido à pesquisa feita e ao nível de conhecimento adquirido.

Referências Bibliográficas

  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Atletismo
  • http://www.smartkids.com.br/especiais/esportes-atletismo.html
  • http://efapoio.blogspot.com/2007/05/atletismo-salto-em-comprimento.html
  • http://www.oestedacolina.pt/ef/desportos_individuais/atl_velocidade.htm
  • http://www.infopedia.pt/$lancamento-do-peso
  • http://www.infopedia.pt/pesquisa-global/atletismo



254 Visualizações 21/09/2019