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Trabalho sobre O Fim do Império Romano e a chegada dos Suevos à Península Ibérica, realizado no âmbito da disciplina de História (10º ano).
O FIM DO IMPÉRIO ROMANO
Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de História A, em compensação da matéria que ficou em falta. Escrevemos sobre o fim do maior império de sempre, o Romano, um irónico e trágico fim para o povo anunciador de tragédias. E também a vinda dos suevos, um povo nórdico que ocupou o norte espanhol e português nas invasões bárbaras do século III d. C.
Esperamos que com este trabalho consigamos demonstrar que somos capazes de aprender fora das aulas e que tenhamos uma melhoria na nossa nota final.
O Império Romano, o maior e mais longo, apenas o conseguiram ser devido às pequenas coisas que os tornavam todos iguais, todos romanos. Uma dessas coisas, talvez importante era a coesão religiosa que se fazia sentir através do culto ao imperador, iniciado com Octávio Augusto (séc. I a. C.), era de facto esta coesão religiosa que mantinha o império unido, de tal modo que começou a desmoronar – se com o aparecimento de uma nova religião, o Cristianismo. Uma religião dos pobres que se recusava a reconhecer o Imperador como Deus, pois tinha o seu próprio Deus e o seu representante terreno, Cristo.
Desde que os bárbaros começaram a entrar em território romano que representaram um problema para os imperadores no poder resolverem. E assim o fizeram durante uns tempos reorganizando o modo como defendiam as principais cidades. Criaram fortes e muralhas em redor das cidades e confiaram nos soldados locais para as defender. Esta estratégia começou com Diocleciano que apesar de os repelir também permitiu a entrada de alguns com o intuito de os romanizar e ao mesmo tempo de os usar para melhor se proteger, incluindo os nos seus exércitos, já que eram óptimos mercenários, e ao mesmo tempo compensava a crescente fuga dos romanos ao serviço militar. Uma feliz ideia que retardou em muito as invasões bárbaras, tendo em conta que estes novos ‘romanos’ se apaixonaram pela civilização romana e eram os mais empenhados em mantê-la afastada dos povos invasores, de tal modo que durante o domínio de Constantino Germanos e Francos chegaram a duques e tribunos e com Teodósio é a vez dos Godos. Anos mais tarde chegam a estar presentes no séquito imperial, no Consulado e até na família imperial, da qual faziam parte Germanos. Isto aconteceu porque as elites bárbaras adoravam Roma e a elite romana não tinha nada contra mas o mesmo não se passava com a plebe bárbara.
A inclusão que o Imperador permitiu aos bárbaros não ficou por aqui, tendo instalado povoações bárbaras inteiras dentro do território imperial do ocidente permitindo um aumento económico. Durante os séculos IV e V esta medida foi sendo mantida com acordos com os federados, mantendo sob controlo a crise bárbara, ou pelo menos permitiu que os dois povos se conhecessem melhor e criassem a civilização romano-bárbara, que está na origem da Europa.
No século V a história muda a quando das invasões que ditariam o fim do maior império que alguma vez existiu. Os Hunos e os Germanos invadem violentamente Itália, destruindo tudo à sua passagem, porém o império sobreviveu em 410 d. C. Roma foi pilhada pelos Visigodos liderados por Alarico I, esta invasão foi a primeira e 800 anos tendo feito com que a capital do Império fosse mudada para Ravenna pelo imperador Honório, foi também o início da queda do Império Romano do Ocidente. Mais tarde, em 452 os Hunos, liderados por Átila invadiram a Península Itálica, mas foram derrotados e Roma salva da destruição. Ao mesmo tempo vários povos bárbaros iam fazendo da Europa Romana a sua nova casa. Os Visigodos na Hispânia, os francos no Norte da Gália e os Vândalos no Norte africano, por esta altura os romanos perderam quase todo o controlo do seu território, situação que se vai agravando até que a 4 de Setembro de 476 o Império Romano do Ocidente chega ao fim, com o afastamento do Rómulo Augústulo, o último imperador ocidental por parte do chefe dos Hérulos. A partir desse dia começou o reinado de diversos povos bárbaros no ex-espaço romano, tendo existido muitos povos diferentes que lutavam pelo seu lugar, o reinado destes povos atingiu o seu auge no séc. VI, tendo sido ameaçado apenas uma vez, meio século após a queda de Roma, quando o Imperador do Oriente, Justiniano reconquistou Roma, contudo durou pouco tempo e foi de novo tomada pelos Ostrogodos que a mantiveram até ao fim.
Apesar da queda de Roma o Império Romano não caiu, manteve-se no Oriente, com Constantinopla como capital até 1453, altura em que os turcos invadiram e passou a chamar-se Istambul, até ai foi a sede de toda a cultura e religião cristã oriental na Idade Média.
Os suevos foram um dos povos bárbaros que invadiram o Império Romano e se instalaram na Península Ibérica. Estabeleceram o seu domínio de 409 a 585 d. C.
Origem: Região entre os rios Elba e Oder, na actual Alemanha.
Relação com Roma: Os Suevos são conhecidos dos romanos desde o séc. I a.C. da Guerra das Gálias, desde ai que coexistem numa relação militar e comercial
Etnia: Especulasse que tenham origens nórdicas e húngaras
Língua: De início falavam suevo, mas depressa se adaptaram à língua hispano-latina falada na zona ocupada.
Reinado: Ocuparam o actual Norte de Portugal e Galiza, desde 409 a 585 d. C., altura em que foram anexados pelos Visigodos
Herança: Restam poucos vestígios pois adoptaram a língua local muito depressa, sabe-se que deixaram o modo de vida nortenho e o uso do arado quadrado.
Chegaram à Península Ibérica em 409, juntamente com outros invasores germânicos, Vândalos e Alanos, afluem ao sul dos Pirenéus e fundam um reino, com capital em Bracara Augusta (Braga), o qual, na sua máxima extensão, englobava a província da Galécia e a parte norte da Lusitânia, até ao rio Tejo. De início instalaram se apenas na Lusitânia, apenas quando os Asdingos saíram da Galécia aumentaram o seu território.
Controlavam agora todo o Noroeste Hispânico. Os Suevos instalaram-se principalmente em torno de cidades como Bracara Augusta (Braga), Portus Cale (Porto), Lucus Augusta (Lugo) e Asturica (Astorga). Cidade onde deixaram um enorme legado cultural, de tal modo, que ainda hoje Braga é uma das mais importantes cidades de fé cristã da Península Ibérica, deve-se ao facto de os suevos a terem escolhido para capital e sede episcopal.
A estadia dos suevos no Noroeste da Península não foi pacífico, encontravam-se em constante guerra com os povos vizinhos. Em 438 o rei suevo Hermenerico negoceia a paz com os povos Galaicos e, cansado de uma vida de lutas, ele que já comandava os Suevos quando estes entraram na Península Ibérica, abdicou a favor de seu filho Réquila I. Em 448, o rei Réquila I morre, deixando ao seu filho, um reino em expansão, Requiário, já cristão, vai impor este credo à população sueva. A população urbana da Galécia era já predominantemente cristã, tendo aceitado facilmente.
O Porto foi uma cidade muito importante na história sueva. Por volta de 417, os Alanos invadiram o território dos Suevos, empurrando os até à margem direita do rio Douro, onde hoje se situa a cidade do Porto. Os Alanos não conseguiram, apesar de muitos esforços, conquistar a cidade, sendo posteriormente expulsos pelo povo suevo, com o apoio dos Romanos. Hermenerico I, o rei suevo, alargou os muros do castelo, que fundara no murro da Pena Ventosa (onde actualmente há a Sé), edificando à sua volta casas para as suas tropas. A esta cidade foi dado o nome de Cale Castrum Novum (castelo novo de Cale) adquirindo a denominação de civitas. Ao fundo desse morro existia o Portus Cale (porto de Cale, actual Ribeira do Porto), que deu origem ao nome Portucale, nome dado ao castelo novo, e que ficaria a designar a cidade do Porto a partir dos finais do século IV.
Em 456 o rei suevo, Requiário I e aparecem pretendentes ao trono vindos dos Quados e dos Marcomanos, que faziam parte da população sueva da península, isto causa grande instabilidade nestas terras. Mais tarde em 585 os Visigodos invadem o território suevo, vencem e capturam o seu rei Andeca. Com isto o reino suevo foi anexado ao Reino Visigodo de Toledo, porém mantendo alguma autonomia. Pelo que se sabe das crónicas de Afonso III (rei de Leão) o rei Vizita reinava sobre os visigodos reinava também sobre os suevos.
Apesar de os Suevos não tenham permanecido muito tempo na Península Ibérica deixaram uma enorme herança cultural, agrícola e religiosa no Noroeste Hispânico e é a este povo que se deve, em parte o facto de portugueses e galegos serem tão parecidos em aspectos culturais.
Germanos - Os germanos ou povos germânicos são um grupo de povos falantes de línguas indo-europeias, originários da Europa Setentrional (norte europeu) e identificados pelo uso comum das línguas germânicas.
Francos - Os francos formavam uma das tribos germânicas que entraram no espaço do império romano a partir da Frísia (desde os Países Baixos à Dinamarca) como federados e estabeleceram um reino duradouro na área que cobre a maior parte da França actual e na região da Francônia (região na Baviera) na Alemanha, formando a base histórica de ambos os países modernos.
Tribunos - magistrado que intervia pela plebe romana no Senado.
Federados - Populações bárbaras que se instalavam, com ordem do imperador, em território romano e mantinham relações com os romanos.
Bárbaros - Povos não romanos que tinham a sua própria cultura e costumes, portanto não eram iguais aos romanos. Eram assim chamados por não serem romanos.
Reino Visigodo de Toledo - Apesar de estar abarcar metade da França e toda a Península Ibérica, dá-se o nome de Reino de Toledo por ter sido ai a sua origem.
Visigodos - Os visigodos foram um de dois ramos em que se dividiram os godos, um povo germânico originário do leste europeu, sendo o outro os ostrogodos.
Godos - Povo originário dos Visigodos que habitou a Península Ibérica, daqui vem a palavra gótico.
Com este trabalho conseguimos consolidar a matéria do Império Romano, mais precisamente o fim do mesmo e a chegada dos povos bárbaros à Península Ibérica, bem como o seu legado cultural deixado por este povo, suevos, que apesar de diferentes eram bastante organizados e civilizados.
Esperemos que o professor tenha compreendido o nosso trabalho e esforço intelectual.