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Protalo - Relatório de Atividade Experimental - NotaPositiva

O teu país

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Mariana Martins

Escola

Escola Secundária Stuart de Carvalhais

Protalo – Relatório de Atividade Experimental

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Resumo do trabalho

Relatório de Actividade Experimental sobre a Observação microscópica de um protalo resultante da germinação de esporos de polipódio.


Introdução

O polipódio é um feto muito comum no nosso país, predominando em locais húmidos e sombrios, tais como zonas arborizadas, base da árvores e muros velhos, etc.

Esta planta está presa ao solo por raízes provenientes do rizome, de onde partem também as folhas desenvolvidas com um limbo muito recortado.

Na época de reprodução, surgem, na parte inferior dos folíolos, pequenas estruturas arredondadas e verdes (Fig. 1). Estas estruturas vão-se tornando amarelas à medida que vão amadurecendo, designando-se por soros ou esporângios (Fig.2). É nesta estruturas que vai ocorrer a germinação de esporos (Fig.2), considerando-se assim estruturas reprodutivas.

Os esporos são estruturas obtidas por meiose, e vão originar o protalo, aquando caídas na terra, devido ao rebentamento dos esporângios.

O protalo é uma estrutura verde, laminar, com cerca de 6mm a 1cm, que resulta da germinação dos esporos. O protalo, na sua face inferior, apresenta pêlos absorventes que lhe permitem a sua fixação ao solo e também a sua vida independente. É nestes pêlos absorventes e através dos anterídeos e dos arquegónios, que vão ser produzidos os gâmetas masculinos e femininos, respectivamente, os anterozóides e as oosferas, permitindo assim que, posteriormente, ocorra a fecundação, e se origine uma nova planta.

Pode se considerar que o polipódio é um ser haplodiplonte, uma vez que a duração da fase diplonte e da fase haplonte é a mesma, e a sua meiose é pré-espórica.

Assim o objectivo desta actividade experimental é a observação microscópica de um protalo resultante da germinação de esporos de polipódio.

Material

  • Lupa Binocular
  • Microscópio óptico
  • Placa de Petri
  • Papel de filtro
  • Bisturi
  • Tesoura
  • Lâminas
  • Lamelas
  • Vaso
  • Terra
  • Papel de Limpeza
  • Saco de Plástico
  • 4 Palhinhas
  • Placa de Vidro
  • Máquina para ferver água
  • Solução de Ringer
  • Água
  • Polipodium
  • Pinça
  • Etiquetas

Procedimento

  1. Destaca um soro de um folíolo da folha do feto com o auxílio da tesoura. Observa-o com a lupa binocular;
  2. Retira uma das estruturas arredondadas que constituem o soro e monta-a entre a lâmina e a lamela, utilizando como emio de montagem a solução de Ringer. Se os esporângios se encontrarem fechados, comprime levemente a preparação para libertar os esporos;
  3. Observa a preparação ao microscópio óptico, nas diversas ampliações;
  4. Forra uma placa de Petri com um disco de papel de filtro limpo e seco. Coloca vários folíolos com soros, com a parte posterior voltada para baixo e procede á libertação dos esporos agitando a caixa de petri.
  5. Num vaso coloca terra de mistura e adiciona-lhe água a ferver, para esterilizar, até a terra ficar ensopada. Tapa com uma placa de vidro.
  6. Quando a terra estiver fria, destapa o vaso, e com cuidado retira o papel de filtro que contem os esporos da placa de petri e deixa-os cair sobre a terra.
  7. Cobre o vaso com uma campânula de plástico com a ajuda de palhinhas.
  8. Coloca o vaso num local sombrio, sobre um recipiente com água que assegure um ambiente húmido. Rega com frequência.
  9. Após 3 a 4 semanas, observa o aparecimento de pequenas estruturas de cor verde com a forma de coração, os protalos.
  10. Monta entre a lâmina e a lamela um dessa estrutura, com a face inferior voltada para cima, utilizando como meio de montagem a solução de Ringer.
  11. Observa ao microscópio nas diversas ampliações.

Resultados

  • Observação à lupa binocular de esporângios
  • Observa-se a parte inferior do folíolo contendo esporângios maduros.
  • Observação Microscópica de esporângios
  • Observa-se um esporângio maduro, ja aberto, contendo esporos no seu interior. Este tem a forma de uma bolsa.
  • Observação de um protalo
Observa-se um protalo, em forma de coração, com pêlos na sua face inferior.

Discussão

O feto reproduz-se sexuadamente, através da germinação dos seus esporos, produzidos nos esporângios, que vao dar origem ao protalo. É no protalo que se encontram as estruturas de produção de gâmetas, ou seja, o anterídeo e o arquegónio.

Assim podemos classificar o protalo como uma estrutura vegetativa monóica, ou seja, o protalo possui os gametângios femininos e masculinos em simultâneo.

O protalo é também uma estrutura com uma forma aproximada a de um coração, laminar, verde e com pêlos absorventes. É a partir desses pêlos que se vão formar os gametângios, e posteriormente os gâmetas.

Os gametângios e os gâmetas masculinos e femininos apresentam diferenças entre si. Os gametângios femininos (arquegónio) aparecem mais junto da chanfradura e sao relativamente maiores que os gametângios masculinos (anterídio). Estes encontram-se mais junto aos pêlos absorventes do protalo e são mais pequenos que os gametângios femininos.

Quanto aos gâmetas produzidos nos gametângios, os masculinos (anterozóides) apresentam dimensões microscópicas, e possuem um tufo de cílios numa das suas extremidades. Estes organizam-se em aglomerado e com uma forma espiralda, e sao produzidos em grandes quantidades por gametângio. Em contrapartida, os gâmetas femininos (oosfera) tem uma forma arredondada, com dimensões superiores aos gametas masculinos. Estes são produzidos em um por gametângio, ao contrário do gâmetas masculinos.

Conclusão

A partir da realização desta actividade experimental podemos concluir que:

  • O feto reproduz-se sexuadamente;
  • O feto é um ser haplodiplonte, uma vez que possui meiose pré-espórica e a duração da sua fase haplonte e diplonte são idênticas;
  • Os esporos, que são produzidos nos esporângios, dão origem ao protalo;
  • É no protalo que se produz os gâmetas femininos e masculinos, respectivamente, os anterozóides e as oosferas;
  • O protalo é uma estrutura vegetativa monóica, uma vez que possuí os gametângios femininos e masculinos em simultâneo.

Bibliografia

  • MARQUES, E. SOARES, R. ALMEIDA, C. SERRA, L. Técnicas Laboratoriais de Biologia – Bloco III, Porto Editora, 2005
  • SILVA, A. , GRAMAXO, F. , SANTOS, M. , MESQUITA, A. , BALDAIA, L. , FÉLIX, J., Terra, Universo de Vida, Porto Editora, 2004
  • Caderno Diário
  • http://www.proumih2.com.br/br/infotec.asp
  • http://www.geocities.com/plantasperunn/web_bot/Sistematica.htm



254 Visualizações 04/01/2020