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Trabalho escolar sobre a Tribo Zulu, um povo do sul da África, realizado no âmbito da disciplina de Geografia (9º ano)...
Os Zulus são um povo do sul da África, vivem num território atualmente correspondente à África do Sul, Lesoto, Suazilândia, Zimbábue e Moçambique. Embora hoje tenham expansão e poder político restritos, os Zulus foram, no passado, uma nação guerreira que resistiu à invasão imperialista britânica e Bóeres no século XX.
A população de Zulus na África do Sul foi estimada em 44,3 milhões, em 1998, correspondendo a 23,4% da população total do país. Nos países restantes é estimado em cerca de 400 mil. Das nove etnias que formam a população original da África do Sul, os Zulus são o grupo hegemónico. A sua língua, denominada isiZulu, é uma língua original do povo Zulu, é também a mais praticada no país depois do inglês.
Vários costumes Zulus ainda se mantêm. Por exemplo, o homem pode ter várias mulheres, mas quantas mais mulheres maior é a despesa e o homem zulu só pode ter quantas mulheres puder sustentar. A riqueza dos homens zulus vê-se pela quantidade de vacas que possui.
Quando Chaka se tornou, em 1816, o chefe do pequeno clã dos zulus, propôs-se impor a sua autoridade a todos os outros clãs e tribos circundantes e fundar o seu grande império: o “Império Zulu”. Mas, para isso, precisava de um exército poderoso.
Chaka modificou o armamento dos seus guerreiros: lanças de cabo curto para combates corpo-a-corpo; grandes escudos feitos de duas camadas de pela de vaca (que protegiam completamente um homem de pé). Chaka exige que os seus guerreiros marchem descalços. Extremamente duro… Também têm de dançar durante horas sobre espinhos: ao fim de um mês, a planta dos seus pés estava tão dura como couro! A sua marcha era rápida e silenciosa…
A tática de guerra, renovada, torna o assalto dos zulus irresistível! Atacavam o inimigo de surpresa e circundavam-no adotando uma formação chamada “em corno”: os melhores guerreiros situam-se no centro, enquanto os mais jovens se colocam nos lados para cortar toda a retirada ao adversário...
Os zulus envolveram-se em sangrentos combates com os colonos holandeses ( os boers) e depois com os ingleses. Mas as armas de fogo dos ingleses dominaram os zulus e a Zululândia tornou-se protetorado britânico em 1887.
Sim, desde os 14 anos de idade que os zulus faziam parte do seu exército ou eram submetidos a um treino muito intensivo que fazia deles guerreiros audazes e disciplinados. Os zulus batiam-se com tanta coragem que se tornaram, no séc. XIV, o exército mais irredutível da África do Sul. E deram bastante que fazer aos ingleses que invadiram o seu território, a Zululândia.
As crianças Zulus aprendem desde cedo a arte de trabalhar com missangas e são sempre ensinadas pelas mães e irmãs mais velhas.
As mulheres trabalham bastante: fazem cerveja, artesanato, comida, etc. As virgens andam de peito nu coberto apenas com colares de missangas. As comprometidas usam um top de missangas. As casadas usam um top maior, de missangas ou tecido, saia até o joelho e, sempre, chapéu.
As mulheres zulu, têm também um ritual em torno da roupa. As mulheres usam braceletes grossos, geralmente cobertos de missanga, no pescoço, nos braços e nas pernas. Também de missangas é o avental usado pelas casadas sob um cobertor que elas cruzam na frente do corpo – sem mais nada por baixo.
Além desse incrível artesanato de missangas, faz parte do ritual de iniciação feminina para a vida adulta aprender a pintar as paredes das casas com figuras geométricas e gráficas.
A nação Zulu é a maior tribo da África do Sul e, para esse povo, os trabalhos feitos com missanga “falam”. Cada cor tem um significado especial. Na linguagem das missangas, o branco representa amor, vermelho é inspiração e a cor amarela significa saudade. Além disso, os Zulus são mestres na arte de escrever pequenas mensagens com missangas.
Povo guerreiro, procuram preservar os seus costumes e tradições. Uma rapariga, por exemplo, não pode falar alto perto da sua sogra. Antes de se casarem, os casais Zulus comunicam apenas através de um colar de missangas chamado “Lover Letter”. Cada desenho e cada cor usada no colar indica uma mensagem. Os Zulus não têm o hábito de se beijar.
As mulheres Zulus, costumam usar uma grande argola no lóbulo da orelha.
É numa cerimónia tradicional na qual milhares de mulheres Zulus testemunham a sua virgindade, é a chamada “dança dos juncos”. O chefe tribal, rei dos Zulus, Goodwell Zwelthini, não aboliu os testes de virgindade para as mulheres, sobretudo, num momento no qual a África do Sul registra as maiores taxas de contaminação pelo HIV no mundo.
Mas Zwelthini, aboliu os testes da virgindade dos homens. A realização desses testes entre os homens é uma velha prática na tribo, em que a virgindade masculina pode ser comprovada não apenas por sinais anatómicos, como também pela altura alcançada pela urina.
Os testes de virgindade entre os Zulus têm mais de 200 anos, mas foram interrompidos em 1879 pela colonização britânica. O rei atual recuperou o costume em 1984, e agora quer impedir que a nova lei ponha fim à tradição abolindo o costume, contra a vontade de Zwelthini.
A dança é uma das preciosidades culturais da África do Sul. Ela integra o sistema de vida africano, especialmente nas comunidades mais tradicionais que mantêm essa manifestação presente na caça, guerra, casamentos, trabalho e em simples comemorações. Com a chegada dos colonizadores, novos estilos passaram a fazer parte dessa expressão artística. Apesar do leque de variações, a dança tradicional (das tribos sul-africanas) ainda faz muito sucesso, especialmente com os turistas. O ritmo está no sangue dos negros
Para os Zulus, a dança é um rito essencial que faz parte das comemorações de conquista, alegrias, vitórias e também está presente nos rituais fúnebres e nos exorcismos. Todos os acontecimentos na tribo, vêm seguidos de uma dança especial.